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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Exército de gays

Mídia Sem Máscara

Se eles mesmos afirmam que um dos motivos para entrar no Exército é a presença maciça de homens sarados que podem ser vistos nus no banheiro, quem sou eu para discordar.

Uma juíza americana bloqueou o "Don't Ask, Don't Tell". Já havia acontecido o mesmo com a lei contra a imigração ilegal no Arizona, e com a determinação contrária ao casamento gay na Califórnia, muito embora esta última tenha sido colocada na lei estadual justamente devido ao voto popular. Em uma virada preocupante, cada vez mais juízes se advogam o direito de decidir quais leis valem e quais não, normalmente por motivos políticos.

O que é o "Don't Ask, Don't Tell"? É uma lei que permite a presença de gays no exército americano, desde que eles não sejam declaradamente gays. Ninguém vai perguntar sua preferência sexual, e você tampouco pode sair cantando ela aos quatro ventos. Se declarar abertamente sua homossexualidade, pode ser expulso.

Curiosamente, o "Don't Ask, Don't Tell" (ou DADT) foi um compromisso entre conservadores e liberais: afinal, anteriormente os gays eram simplesmente expulsos do exército sem apelo. Agora os liberais não acham a medida suficiente, e querem que todos aqueles que são assumidamente homossexuais possam entrar nas Forças Armadas, sem sofrer qualquer preconceito.

Anos atrás, lembro de uma polêmica do movimento gay devido a certa política do Vaticano para tentar impedir que homossexuais entrassem no seminário. Nunca entendi a razão da polêmica. Claramente, se você gosta de dar o rabo, com o perdão da expressão, seu lugar não é na sacristia. Da mesma forma, se você se excita vendo homens musculosos de uniforme, provavelmente seu lugar não é no exército.

Ou será que é? No Brasil, há alguns anos, houve um caso de dois sargentos homossexuais que assumiram publicamente sua relação, para grande escândalo midiático. Vejam algumas das declarações da dupla:

* "Para um gay as Forças Armadas são um paraíso".
* "Existe coisa melhor para um homossexual do que tomar banho com um monte de homem pelado e sarado?"
* "Há muito mais homossexual no Exército do que se imagina. O problema é que muitos são enrustidos. Eu mesmo já fui assediado várias vezes, até por um general."

Se eles mesmos afirmam que um dos motivos para entrar no Exército é a presença maciça de homens sarados que podem ser vistos nus no banheiro, quem sou eu para discordar. Agora, imagine o outro lado, o dos os soldados heterossexuais que precisam se abaixar para pegar o sabonete sob o olhar ávido de seus colegas. É, no mínimo, algo constrangedor. Mulheres e homens no exército utilizam vestiários separados, justamente para evitar tais problemas. Homossexuais não podem ser igualmente isolados.

Gays podem ser bons soldados? Sim, que o diga o exército de Esparta. E as temidas SA de Hitler lideradas por Ernst Rohm, antes da "noite dos longos punhais". Mas também há problemas com a presença de gays assumidos no exército, como por exemplo a reação dos soldados cristãos, aliás mais numerosos do que os gays. Além disso, não vejo por que os gays gostariam de entrar para o Exército, fora os motivos de desejo sexual declarados acima e que, aliás, são os mesmos que induzem pedófilos a se tornar líderes escoteiros. Mas é claro, faço a ressalva que para mim a guerra é uma coisa terrível e violenta, da qual prefiro distância. Para ser sincero, tampouco vejo utilidade na presença de mulheres nas Forças Armadas, acho que não deveriam estar em posições de combate, simplesmente porque são mais valiosas vivas do que mortas. Talvez o mesmo argumento poderia ser utilizado para os soldados gays, como sugere esta reportagem da The Onion.

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