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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cristianismo: "obrigação enfadonha" para a BBC

Mídia Sem Máscara

Hilary White | 30 Junho 2010
Media Watch - Outros

A inclinação anticristã e anticonservadora da mídia britânica vem cada vez mais sendo comentada em anos recentes.

O Cristianismo é considerado como assunto "enfadonho" para os executivos da BBC, diz um veterano apresentador da televisão BBC que pediu para a empresa, sustentada por impostos, que revise o modo como apresenta questões religiosas.

Roger Bolton, editor de longa data de programação de notícias e atualmente apresentador do programa Feedback da Rádio 4, disse: "A televisão BBC (diferente da rádio BBC) parece estar nas mãos de secularistas e céticos, que enxergam a cobertura de assuntos cristãos como uma obrigação um tanto enfadonha a ser minimizada em vez de uma área rica e promissora para explorar".

Bolton, falando no Sandford St Martin Trust Awards, que reconhece excelência na programação religiosa, disse que a BBC precisa empregar um bem instruído editor de religião e trazer uma perspectiva mais espiritual para as notícias gerais.

O emprego de tal editor religioso, disse ele, seria "trazer uma perspectiva religiosa à vasta variedade de áreas tais como assuntos estrangeiros e dilemas médicos em que essa perspectiva é tantas vezes, e de forma tão desconcertante, ausente, tanto no ar quanto nos bastidores em discussões editoriais internas".

Bolton elogiou o novo editor de religião da BBC, Aaqil Ahmed, um muçulmano, por seu "comprovado histórico de sucesso em seu antigo emprego no Canal 4" mas disse que a extensão da experiência dele com programação religiosa é limitada.

A porta-voz da BBC respondeu aos comentários de Bolton, chamando o compromisso da empresa para com a programação religiosa de "inequívoco".

"Não há nenhuma deterioração na produção de nossa programação religiosa e ética de televisão, com mais de 164 horas transmitidas no ano passado, e neste ano nosso investimento em programação de dias festivos na BBC1 - que marca os festivais religiosos mais importantes - aumentou", disse ela.

Mas a inclinação anticristã e anti-conservadora da mídia britânica vem cada vez mais sendo comentada em anos recentes. No ano passado, o apresentador da rádio BBC Jeremy Vine, um anglicano praticante, disse para a revista Reform que se tornou "quase socialmente inaceitável dizer que você crê em Deus".

"Você não pode expressar opiniões que eram costumes comuns 30 ou 40 anos atrás", disse ele, acrescentando que ele não consegue falar sobre sua fé no ar. "Uma das coisas em que penso, que podem parecer bizarras, é que Cristo é quem ele disse que era", disse ele. "Não penso que removerei isso do meu programa; suponho que haja um firewall entre pensar isso e fazer o trabalho que faço".

A nomeação de Ahmed como diretor de programação religiosa na BBC no ano passado provocou críticas de alguns líderes religiosos, que disseram que a BBC, a mais importante rede de televisão num país de maioria cristã, tem uma propensão sistemática contra o Cristianismo.

Don Maclean, um dos apresentadores religiosos mais populares da Rádio 2, disse que os diretores executivos de programação da BBC adotam um "ângulo negativo sempre que podem" contra o Cristianismo, dando atenção apenas ao clero homossexual e ao abuso sexual no clero, um tratamento que não se estende a outras religiões, como o islamismo.

Ele chamou a nomeação de Ahmed de "preocupante" e disse que a empresa trata a religião como um 'programa desmazelado'". Maclean disse: "Eles se sentem atraídos ao islamismo, eles se sentem atraídos a programas que atacam a igreja cristã".

"Penso que há um movimento laicista neste país que quer se livrar do Cristianismo. Algo tem de ser feito", acrescentou ele.

Peter Hitchens, escritor e colunista do jornal Daily Mail em assuntos religiosos e sociais, considerado pela mídia britânica como um "conservador", na semana passada escreveu sobre a inclinação anti-conservadora nas editoras britânicas. Hitchens, irmão do ativista ateu radical Christopher Hitchens, relatou o episódio de ser aconselhado por um executivo elevado da BBC a "abandonar qualquer esperança de obter apresentações mais do que ocasionais como um tolerado direitista".

"Na BBC, sou a pessoa mais improvável de receber a oportunidade de apresentar um programa de novo... Numa fase, eu era considerado como possível membro efetivo para o programa 'The Moral Maze' na Rádio 4, mas isso foi vetado num nível bem elevado. As pessoas que fazem essas decisões não prestam contas a ninguém pelas decisões que tomam, até onde sei", disse ele.

Tradução: Julio Severo

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com

Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10052701

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