Jobim na AMAN
Mídia Sem Máscara
Félix Maier | 17 Dezembro 2010
Artigos - Governo do PT
O coronel Ustra, certa vez, me pediu para modificar um texto no qual eu fazia críticas ao ministro Jobim, por ser a única autoridade do governo federal que estava a seu favor nos processos em que foi acusado de "torturador".
No dia 4 de dezembro do corrente ano, o ministro da Defesa Nelson Jobim participou da solenidade dos formandos da AMAN/2010, em que os aspirantes-a-oficial escolheram como patrono o eminente presidente Emílio Garrastazu Médici.
Desde então, muito se escreveu sobre o discurso proferido pelo ministro na ocasião, de que teria omitido de propósito o nome de Médici e dado a entender que o Exército deve "esquecer o passado", como se houvesse um Exército de ontem, de hoje e de amanhã. Eu também cheguei a pegar algumas pedras para jogar contra Jobim, porém, fui alertado por um coronel que havia muita desinformação sendo veiculada por e-mails, especialmente entre o pessoal militar de "pijama".
E se escreveu muita besteira, provavelmente baseada numa nota da coluna de Claudio Humberto. Jornalistas e escritores virtuais caíram na arapuca por um simples motivo: não foram consultar a fonte (Cfr. https://www.defesa.gov.br/index.php/noticias-do-md/2454034-07122010-defesa-discurso-do-ministro-nelson-jobim-em-cerimonia-na-.html). A nota de Cláudio Humberto não informa, apenas desinforma. Faz bem o Centro de Comunicação Social do Exército, há anos, em não resenhar a coluna desse antigo porta-voz de Collor, porque ele não merece crédito.
A web é como um lixão a céu aberto, infestado por muitos ratos e urubus. Assim, é preciso ficar atento a tudo que se recebe na caixa postal do computador e fazer rigorosa "reciclagem". A Wikipédia também merece atenção, por ter fervorosos esquerdistas e gayzistas dispostos a impor sua ideologia nos verbetes lá inseridos. Já existe até a WikiGay... Todos já fomos enganados por alguns "mitos" da internet, como aquele falso mapa dos livros escolares dos EUA, que "provava" a futura internacionalização de extensa região amazônica. Ou aquela fabulosa fazenda do filho de Lula, cuja "casa-sede" é apenas o prédio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de Piracicaba, SP. Recentemente, o general Andrade Nery foi linchado na web, por ter supostamente carregado uma bolsa de Dilma Rousseff e apoiado Fidel Castro em uma palestra (o tal apoio ao Abutre do Caribe foi desmentido pelo mesmo em longa carta distribuída por e-mail). Algo semelhante ocorreu com os generais Guilherme e Catão, que foram reformados por terem doenças graves, que não convém aqui especificar, porém foram difamados por obterem vantagens financeiras, que são estipuladas em lei para esses casos.
A propósito, corre na web uma outra versão do discurso de Jobim, que teria sido publicada na Revista da AMAN, onde há elogios a Médici, ainda que seu nome não seja citado. Mais desinformação? Ou teria o Ministério da Defesa lipoaspirado o verdadeiro discurso de Jobim em seu site, extraindo os trechos polêmicos que teriam ocasionado a saída de um filho de Médici, Roberto, do palanque oficial da AMAN, acompanhado do coronel Paulo Dartagnan, que posteriomente teria sido exonerado da ECEME? Seria o fim da picada!
O ministro Jobim pode ter muitos defeitos. Pode até ter cometido ilegalidade no passado, como uma suposta fraude inserida na Constituição de 1988 (Cfr. http://jus.uol.com.br/revista/texto/8857/anatomia-de-uma-fraude-a-constituicao). No entanto, Jobim merece o nosso respeito, por ser um dos poucos políticos que efetivamente defendeu a caserna durante o governo Lula, especialmente no que toca à questão do revanchismo feito por esquerdistas contra os militares que combateram os terroristas nas décadas de 1960 e 70. Alguns escrevinhadores, não tendo argumentos consistentes, criticam Jobim por, eventualmente, vestir uma farda. Não consta que Jobim vá à Esplanada dos Ministérios vestindo uniforme militar, nem ostentando patente de marechal. Se alguma vez vestiu farda, foi somente quando assistiu a alguma instrução militar ou em visita à Amazônia - o que é corriqueiro, também, entre jornalistas e convidados VIP.
O coronel Ustra, certa vez, me pediu para modificar um texto no qual eu fazia críticas ao ministro Jobim, por ser a única autoridade do governo federal que estava a seu favor nos processos em que foi acusado de "torturador" (Cfr. http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=3010&Itemid=98). Como todos sabem, Ustra teve que se defender de vários processos na Justiça, por conta do ódio promovido pelas esquerdas, com apoio irrestrito do pas-de-deux terrorista Tarso-Vannuchi. No final de 2009, Jobim foi um dos poucos ministros que se posicionaram contra o famigerado PNDH-3, que pretendia abolir a propriedade privada, a liberdade de expressão, incentivar o aborto livre, promover o casamento gay e punir apenas militares "torturadores", deixando de fora os companheiros "terroristas". Na ocasião, Jobim ameaçou entregar o cargo, ameaça que também teria sido feita pelos três comandantes militares.
Sobre a recente condenação do Brasil na OEA, a respeito dos 62 guerrilheiros "desaparecidos" do Araguaia, Jobim se posicionou com firmeza: "... a decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil pelo desaparecimento dos guerrilheiros no Araguaia, é meramente política e não produz efeitos jurídicos no Brasil" (Correio Braziliense, 16/12/2010).
Foi, pois, com satisfação que recebi a notícia de que a presidente eleita Dilma Rousseff irá manter Jobim na pasta da Defesa. Espero que os comandantes militares também sejam mantidos em seus cargos.
Quanto a Médici... Ele faz parte da História do Brasil e, para desespero dos terroristas de ontem, foi um dos melhores presidentes que o País já teve, junto com Getúlio, Juscelino e Castelo Branco. Lula, ao lado desse magnífico trio, não passa de um embusteiro, de um Tiririca de Garanhuns. Basta lembrar que Médici era ovacionado no Maracanã quando seu nome era anunciado nos alto-falantes. Quanto a Lula, recebeu fenomenal vaia na abertura dos Jogos Panamericanos, no Rio, em 2007 (Cfr. http://www.youtube.com/watch?v=jTga44QpIFQ).
Os governos militares irão passar à História por pelo menos três grandes feitos: acabaram com a baderna Jango-Brizola, derrotaram os grupos terroristas marxistas que queriam transformar o País em uma Cuba continental (objetivo de Dilma Rousseff na VAR-Palmares) e levaram o Brasil a ser a 8ª economia mundial em apenas uma década (antes, era a 46ª). Se o Brasil hoje faz parte dos países emergentes, junto com a China, a Índia e a Rússia - o BRIC -, isso se deve aos militares e, um pouco, também a FHC, não à desastrada Nova República de Sarney e Color, nem ao governo fascistoide de Lula.
Para conferir a monumental obra do presidente Médici, basta ler o que foi postado em www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/ (link acessado em 21/07/2003), cujo texto pode ser conferido em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=3568&cat=Ensaios&vinda=S.
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