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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A ARMA DA PSEUDOCIÊNCIA

30/12/2008

Farol da Democracia Representativa


Olavo de Carvalho
Jornalista, ensaista e professor de Filosofia. Fundador e Consultor do FDR

Experimente negar o aquecimento global ou a superioridade moral do socialismo, e veja seu emprego ir diretamente para o beleléu.

A quase totalidade das pessoas que conheço nas classes opinantes jamais dedicou um só minuto a examinar os meios e critérios da busca da verdade – seja no sentido mais geral e filosófico da coisa, seja no que se refere à veracidade dos meros fatos que se alegam, na mídia e nas conversas do dia a dia, como provas disto ou daquilo.

Mesmo estudantes de filosofia, quando a obrigação curricular os força a um contato epidérmico com o assunto, não absorvem dele senão as crenças da moda – marxista, desconstrucionista, neopragmatista -, não as usando jamais como pontos de partida para uma investigação moralmente responsável, mas como travesseiros fofos onde podem acomodar-se, sem nenhum problema de consciência, nas reconfortantes certezas usuais do seu meio social.

Não por coincidência, são esses mesmos os que com maior freqüência apelam ao chavão da incerteza geral e da inexistência da verdade, não porque tenham algum dia buscado essa verdade sem encontrá-la, mas precisamente para dispensar-se de buscá-la.

Outro dia, em debate num blog, uma senhorita formada nessa mentalidade despejava sobre os interlocutores seu olímpico desprezo pelas "teorias conspiratórias que buscam um verniz de 'cientificidade', ao mesmo tempo que não se submetem às regras do discurso científico, como peer-reviewing, "revisão pelos colegas", uma regra da publicação de trabalhos científicos em revistas especializadas, não uma regra do discurso científico.

A confusão entre o discurso científico e as condições sociológicas da sua aceitação por esta ou aquela comunidade acadêmica reflete uma visão infantil, concretista, misticóide, fetichista do que seja a ciência. Essa visão é a base sobre a qual se erigem não só alguns dos mitos mais queridos do ativismo acadêmico contemporâneo - como o aquecimento global, o holismo ecológico, as teorias da "exclusão social", a superpopulação ou as eternas causas econômicas da criminalidade - como também o simulacro de autoridade com que os grupos interessados impõem, sob a alegação desses mitos, as políticas que bem lhes interessam. Essas políticas podem ter os resultados sociais mais variados – quase sempre nefastos -, mas pelo menos um desses resultados é constante e infalível: o acréscimo do poder social da classe acadêmica.

Como a opinião da mídia, formada nas mesmas fontes, segue de perto a da comunidade acadêmica, a conjugação de poderes dá a esses dois pilares da ortodoxia contemporânea uma autoridade controladora mais vasta que a do alto clero católico na Idade Média.

Se acompanharmos a história da formação da doutrina cristã ao longo da sucessão dos concílios, veremos que é uma história marcada por polêmicas apaixonadas, violentas até, que se estendiam por décadas e por séculos antes que uma decisão papal lhes pusesse fim. Nada de semelhante existe na universidade atual, onde a condenação das heresias não vem ao término de um longo processo de discussão, como na Igreja, mas já vem pronta desde o começo, proibindo e impossibilitando a discussão e expelindo do meio social os discordes e recalcitrantes. E a repressão totalitária não se exerce só sobre teorias científicas, mas até sobre meras opiniões políticas. Experimente negar abertamente o evolucionismo, o aquecimento global, a superioridade moral do socialismo ou as virtudes salvíficas de Barack Hussein Obama – e veja quantos minutos transcorrem antes que suas verbas de pesquisa sequem ou seu emprego vá diretamente para o beleléu. Isso não significa, é claro, que sempre a força repressiva se esteie na opinião da maioria. Um grupo relativamente pequeno pode controlar facilmente os mecanismos de publicação e, justamente através da peer-review, impor ou vetar o que bem entenda.

Recentemente, um grupo de 52 cientistas subscreveu um apelo urgente da ONU em favor de medidas drásticas para controlar o aquecimento global. O documento foi contestado por nada menos de 650 cientistas, para os quais o aquecimento global é apenas uma farsa montada para juntar dinheiro e poder político.

Adivinhem qual das duas correntes tem mais fácil acesso às publicações acadêmicas? A ex-pesquisadora da Nasa, dra. Dr. Joanne Simpson, signatária do manifesto dos 650, até explicou que agora podia falar a verdade porque já não estava ligada a nenhuma organização científica nem dependia de verbas de pesquisa (v. http://epw.senate.gov/public/index.cfm?FuseAction=Minority.Blogs&ContentRecord_id=2158072e-802a-23ad-45f0-274616db87e6).

Olavo de Carvalho é jornalista, ensaista e professor de Filosofia

Publicado no Diário de Comércio, 28/12/2008

http://www.faroldademocracia.org/

Quanto vale a vida de um judeu???

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Blog do Clausewitz

Israel quer esconder o que fez em Gaza

"Confirma-se no Oriente Médio a velha constatação de que, numa guerra, a primeira vítima é a verdade. Há dois meses que Israel não permite o ingresso de jornalistas em Gaza, onde teve início, anteontem, um dos piores massacres dos últimos 40 anos. Num esforço para quebrar a proibição, os jornalistas bateram às portas da Suprema Corte do país e aguardam um veredito para amanhã.

Essa proibição é um absurdo e obedece a uma razão perversa. Não se teme a revelação de segredos militares estratégicos, que poderiam beneficiar o inimigo, razão normalmente empregada para controlar o trabalho da imprensa numa ação de guerra. O que se quer é impedir a revelação de atos brutais e moralmente condenáveis na cidade, esconder o massacre de civis, a destruição de famílias e a morte de crianças — apenas porque o governo de Israel concluiu que precisa conseguir votos na eleição de 10 de fevereiro. O cenário dos bombardeiros é de pavor e vergonha.

Ninguém precisa iludir-se com a boa vontade do outro lado. Organizações terroristas, como o Hamas, que governa Gaza depois de ter sido eleita pelo voto popular, não tem a mais leve simpatia pelo serviço de uma imprensa livre e fuçadora, capaz de revelar a verdade e mostrar os fatos como eles são — e não como se gostaria que fossem. Mas o mundo precisa saber o que acontece em Gaza, hoje. É uma questão de dignidade e um dever em relação às vítimas."

Fonte: Paulo Moreira Leite / Época

Um único comentário meu:

► Apesar do título do artigo do jornalista Paulo Moreira Leite ser "Israel quer esconder o que fez em Gaza", a chamada no site da revista Época é "Quanto vale a vida de um palestino?"... eu, por minha vez pergunto: quanto a vale a vida de um judeu? ou no mercado de valores da esquerda tupiniquim não tem cotação? ou será que o terrorismo do hamass é algo tão sublime que nossa esquerda fedorenta não sabe entender que as destruições que os corajosos jornalistas de combate veriam também são facilmente identificáveis após as truculentas explosões dos muslim human bombers? ou será que os pedaços dos referidos suicidas deixados do lado judeu não são atrativos para as propagandas socialóides da mídia ávida por apenas ver fotografadas as procissões rumo aos cemitérios de alah? quanto vale a vida de um judeu se não a mesma moeda que paga a vida do palestino supervalorizado pela imprensa excessivamente interessada em só fotografar os pedaços do lado de a(lá)... para refletirmos...

Clausewitz

Exigimos educação sem cor e com dignidade para mestres e alunos...

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Blog do Clausewitz

Concordo em gênero, número, grau e espécie com a tese apresentada com um romantismo sem igual pela professora Sandra Cavalcanti... não altero nenhum sinal, vírgula ou me atrevo a comentar um enfileiramento de idéias que por si próprias explicam a obscuridade dessa criminosa ferida social chamada política de cotas raciais (desisti de escrever quotas)... inseri o texto na íntegra porque além de muito cativante, por se tratar de uma experiência de vida, sua fundamentação é digna de ser ampliada e jogada num aviãozão de papel nas não menos obscuras salas dos entes decisores da república...

Que possamos logo entender como democracia ainda não totalmente destruída, que o mestiço de cor negra, visto que negros não os há mais, não chega com a dignidade escolar que o faça concursar-se a um nível superior ou nível tecnológico porque ele não tem condições financeiras para participar de um páreo desigual... então, que se invista numa educação qualitativa e sem ideologias político-partidárias ou se decrete com urgência a falência deste desorientado desgoverno petista... e para finalizar, quando falo educação qualitativa, refiro-me a docente e discente satisfeitos, pois muito pouco adiantará investimento no aluno, se a indignidade que se oferece ao mestre continuar a não alimentar o ciclo educacional...

Pobres alunos, brancos e pobres

"Entre as lembranças de minha vida, destaco a alegria de lecionar Português e Literatura no Instituto de Educação, no Rio. Começávamos nossa lida, pontualmente, às 7h15. Sala cheia, as alunas de blusa branca engomada, saia azul, cabelos arrumados. Eram jovens de todas as camadas. Filhas de profissionais liberais, de militares, de professores, de empresários, de modestíssimos comerciários e bancários.

Elas compunham um quadro muito equilibrado. Negras, mulatas, bem escuras ou claras, judias, filhas de libaneses e turcos, algumas com ascendência japonesa e várias nortistas com a inconfundível mistura de sangue indígena. As brancas também eram diferentes. Umas tinham ares lusos, outras pareciam italianas. Enfim, um pequeno Brasil em cada sala.

Todas estavam ali por mérito! O concurso para entrar no Instituto de Educação era famoso pelo rigor e pelo alto nível de exigências. Na verdade, era um concurso para a carreira de magistério do primeiro grau, com nomeação garantida ao fim dos sete anos.

Nunca, jamais, em qualquer tempo, alguma delas teve esse direito, conseguido por mérito, contestado por conta da cor de sua pele! Essa estapafúrdia discriminação nunca passou pela cabeça de nenhum político, nem mesmo quando o País viveu os difíceis tempos do governo autoritário.

Estes dias compareci aos festejos de uma de minhas turmas, numa linda missa na antiga Sé, já completamente restaurada e deslumbrante. Eram os 50 anos da formatura delas! Lá estavam as minhas normalistas, agora alegres senhoras, muitas vovós, algumas aposentadas, outras ainda não. Lá estavam elas, muito felizes. Lindas mulatas de olhos verdes. Brancas de cabelos pintados de louro. Negras elegantérrimas, esguias e belas. Judias com aquele ruivo típico. E as nortistas, com seu jeito de índias. Na minha opinião, as mais bem conservadas. Lá pelas tantas, a conversa recaiu sobre essa escandalosa mania de cotas raciais. Todas contra! Como experimentadas professoras, fizeram a análise certa. Estabelecer igualdade com base na cor da pele? A raiz do problema é bem outra. Onde é que já se viu isso? Se melhorassem de fato as condições de trabalho do ensino de primeiro e segundo graus na rede pública, ninguém estaria pleiteando esse absurdo.

Uma das minhas alunas hoje é titular na Uerj. Outra é desembargadora. Várias são ainda diretoras de escola. Duas promotoras. As cores, muitas. As brancas não parecem arianas. Nem se pode dizer que todas as mulatas são negras. Afinal, o Brasil é assim. A nossa mestiçagem aconteceu. O País não tem dialetos, falamos todos a mesma língua. Não há repressão religiosa. A Constituição determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de nenhuma natureza! Portanto, é inconstitucional querer separar brasileiros pela cor da pele. Isso é racismo! E racismo é crime inafiançável e imprescritível. Perguntei: qual é o problema, então? É simples, mas é difícil.

A população pobre do País não está tendo governos capazes de diminuir a distância econômica entre ela e os mais ricos. Com isso se instala a desigualdade na hora da largada. Os mais ricos estudam em colégios particulares caros. Fazem cursinhos caros. Passam nos vestibulares para as universidades públicas e estudam de graça, isto é, à custa dos impostos pagos pelos brasileiros, ricos e pobres. Os mais pobres estudam em escolas públicas, sempre tratadas como investimentos secundários, mal instaladas, mal equipadas, malcuidadas, com magistério mal pago e sem estímulos.

Quem viveu no governo Carlos Lacerda se lembra ainda de como o magistério público do ensino básico era bem considerado, respeitado e remunerado. Hoje, com a cidade do Rio de Janeiro devastada após a administração de Leonel Brizola, com suas favelas e seus moradores entregues ao tráfico e à corrupção, e com a visão equivocada de que um sistema de ensino depende de prédios e de arquitetos, nunca a educação dos mais pobres caiu a um nível tão baixo.

Achar que os únicos prejudicados por esta visão populista do processo educativo são os negros é uma farsa. Não é verdade. Todos os pobres são prejudicados: os brancos pobres, os negros pobres, os mulatos pobres, os judeus pobres, os índios pobres!

Quem quiser sanar esta injustiça deve pensar na população pobre do País, não na cor da pele dos alunos. Tratem de investir de verdade no ensino público básico. Melhorar o nível do magistério. Retornar aos cursos normais. Acabar com essa história de exigir diploma de curso de Pedagogia para ensinar no primeiro grau. Pagar de forma justa aos professores, de acordo com o grau de dificuldades reais que eles têm de enfrentar para dar as suas aulas. Nada pode ser sovieticamente uniformizado. Não dá.

Para aflição nossa, o projeto que o Senado vai discutir é um barbaridade do ponto de vista constitucional, além de errar o alvo. Se desejam que os alunos pobres, de todos os matizes, disputem em condições de igualdade com os ricos, melhorem a qualidade do ensino público. Economizem os gastos em propaganda. Cortem as mordomias federais, as estaduais e as municipais. Impeçam a corrupção. Invistam nos professores e nas escolas públicas de ensino básico.

O exemplo do esporte está aí: já viram algum jovem atleta, corredor, negro ou não, bem alimentado, bem treinado e bem qualificado, precisar que lhe dêem distâncias menores e coloquem a fita de chegada mais perto? É claro que não. É na largada que se consagra a igualdade. Os pobres precisam de igualdade de condições na largada. Foi isso o que as minhas normalistas me disseram na festa dos seus 50 anos de magistério! Com elas foi assim."

Sandra Cavalcanti, professora, jornalista, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Carlos Lacerda, fundou e presidiu o BNH no governo Castelo Branco. E-mail: sandra_c@ig.com.br

Fonte: Estadão

Clausewitz

Palestina, a farsa

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Resistência militar

Yoshiro Shagamori

Uma interessante visão japonesa

Os japoneses têm olhos oblíquos, mas vêem as coisas com muita direção. Um cidadão japonês de Tóquio enviou esta carta a um jornal local:

Se vocês estão tão seguros de que a Palestina, o país, foi fundado há muitos séculos, ou gerações, e está registrada através da História escrita, espero que estejam capacitados a responder às perguntas abaixo:

- Quando foi fundada e por quem?

- Quais eram as suas fronteiras?

- Qual a sua capital?

- Quais eram as suas grandes cidades?

- Qual era a base de sua economia?

- Qual a sua forma de governo?

- Você pode citar pelo menos um líder palestino antes de Arafat?

- A Palestina foi reconhecida por algum país cuja existência, naquele tempo ou agora, não deixa margem a interpretações?

- Qual era a língua falada no país Palestina?

- Qual a religião que prevalecia no país Palestina?

- Qual o nome de sua moeda?

- Escolha uma data no passado e responda qual era a taxa de câmbio da moeda palestina frente ao dólar, yen, franco, marco, etc.

- Desde que tal país não existe hoje, explique porque deixou de existir?

- Se você lamenta o destino da pobre Palestina, responda em que época este país foi orgulhoso e independente?

- Se o povo que você, por engano, chama de palestino é algo mais do que uma coleção de gente saída de países árabes e se eles têm realmente uma identidade étnica definida que lhes assegure o direito da autodeterminação, por que eles não trataram de ser um país árabe independente até a devastadora derrota na Guerra dos Seis Dias?

- Espero que você não venha a confundir Palestinos com filisteus. Trocar etimologia por história não funciona.

Félix Maier

Limpeza demográfica

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Resistência militar

Félix Maier

8/2/2001

Nos últimos anos, tornou-se comum o uso da expressão “limpeza étnica” para designar a perseguição contra muçulmanos promovida pelo então Presidente Milosevic, da Iugoslávia, especialmente contra os muçulmanos da Bósnia-Herzegovina e, mais recentemente, do Kosovo.

Na verdade, não foi propriamente uma perseguição do tipo nazista contra um determinado povo, contra uma determinada etnia. Milosevic, após a guerra fria, pretendia manter unida toda a antiga Iugoslávia, composta por seis nações e duas províncias, federação reunida e mantida a mão de ferro pelo regime comunista do Marechal Tito, que se manteve independente de Moscou com seu peculiar sistema de “co-gestão” instituído nas unidades produtoras do país.

Quando a União Soviética se desintegrou, acarretando inicialmente a independência dos países bálticos, em seguida a da Ucrânia e de outros estados da antiga União, alguns Estados federados da Iugoslávia seguiram a mesma tendência desse efeito dominó, começando pela Eslovênia, depois a Croácia, e prosseguindo com a Bósnia-Herzegovina e, mais recentemente, a província do Kosovo. Como na Bósnia e no Kosovo as populações são de maioria muçulmana, e como a Iugoslávia empreendeu campanhas contra estes países, perseguindo e matando a população que lutava pela independência, como ocorre em qualquer guerra desse tipo, começou-se a falar em “limpeza étnica”.

Seria então também uma “limpeza étnica”, se o Governo brasileiro empreendesse, por exemplo, uma campanha militar contra um hipotético Rio Grande do Sul revolucionário, que lutasse pela sua independência, somente pelo fato de a maior parte de sua população ser de origem italiana e alemã?

Leia texto completo em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=625&cat=Ensaios&vinda=S

Félix Maier

Nacionalismo e esquerdismo nas Forças Armadas

Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

Félix Maier

26/10/2003

1 - Introdução

Como outras instituições da sociedade brasileira, as Forças Armadas também têm sofrido a influência da ideologia comunista desde que foi criado no Brasil, em 25 de março de 1922, o Partido Comunista-Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC), que depois de 1934 passou a denominar-se Partido Comunista do Brasil e, em 1960, Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Desde então, os comunistas já tentaram tomar o poder no Brasil em três ocasiões: com a Intentona Comunista (1935); durante o Governo João Goulart (1961-64); e durante os "anos da matraca", que teve início em 1968, no auge da "Revolução Estudantil" que agitou todo o mundo Ocidental, e terminou em 1974, depois de um bem-sucedido trabalho repressivo das Forças de Segurança, com o desbaratamento dos grupos terroristas, atuantes principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, e o fim da Guerrilha do Araguaia, ocorrida no Sul do Pará.

O nacionalismo nas Forças Armadas - mormente o do Exército -, por sua vez, confunde-se com os primeiros movimentos nativistas surgidos ainda na época do Brasil colônia, como a invasão holandesa em Pernambuco. Quanto à influência comunista nas Forças Armadas, pode-se acrescentar que sempre houve uma pregação do nacionalismo por parte das correntes esquerdistas, de modo a cooptar o sentimento patriótico dos militares. Foi assim em todas as ocasiões em que a esquerda tentou tomar o poder, sempre colocando o sentimento nacionalista do militar brasileiro - um sentimento, em si, justo e digno - contra a influência do "imperialismo" capitalista mundial, especialmente o norte-americano, tido pelas esquerdas como o maior entrave à soberania e ao desenvolvimento nacionais.

Leia o ensaio completo em http://www.rberga.kit.net/hp64/hp64/felix-3.html.

Félix Maier

Leviatã estatal: Homeschooling criminalizado no Brasil

Portal Usina das Palavras - Félix Maier


Apesar de evidência de sucesso, tribunal condena família que educa filhos em casa

Tribunal recusa examinar notas dos testes e relatórios psicológicos que provam a eficácia da educação escolar em casa

Matthew Cullinan Hoffman

26 Dezembro 2008

MINAS GERAIS, BRASIL, 23 de dezembro de 2008 (LifeSiteNews.com) — Cleber e Bernadeth Nunes foram condenados por um segundo tribunal civil por educarem seus filhos em casa, apesar de eles terem passado em testes impostos pelo governo que os professores confessaram que eles mesmos não conseguiriam passar.

Uma turma de três juízes no tribunal de segunda instância recusou até mesmo examinar os resultados dos testes, onde os dois filhos de Cleber foram aprovados. Essa série de testes foi muito rigorosa, abrangendo várias matérias, inclusive matemática, geografia, ciência, história, português, inglês, arte e educação física.

“Não podemos permitir a análise aqui da qualidade da educação que está sendo dada em casa, pois a educação escolar em casa jamais poderá substituir a instrução normal”, disse o juiz Almeida Diniz, que fez parte da turma. Os testes foram feitos por ordem de um juiz criminal que está julgando o mesmo caso em seu próprio tribunal.

O tribunal civil também recusou receber como evidência uma avaliação que mostrava que os filhos são psicologicamente saudáveis, têm um bom relacionamento com seus pais e têm amizades fora do lar. Ambos os testes foram feitos por ordem de um tribunal criminal que está também julgando o caso dos Nunes.

Apesar de os testes nacionais mostrarem resultados horríveis do sistema brasileiro de educação pública, um dos três juízes afirmou em seu veredicto escrito que “a qualidade de nossa educação é inegável. Se compararmos, por exemplo, os cidadãos brasileiros normais com os cidadãos norte-americanos normais, a conclusão é devastadora. Os norte-americanos sabem pouco… em comparação com os brasileiros. Nosso sistema escolar é, ao contrário, muito bom em comparação com outros países”.

João Senna dos Reis, colunista do jornal Diário do Aço, fez pouco caso da declaração, observando que “uma simples verificação oficial de que 70% dos brasileiros não sabem ler e interpretar cinco linhas de texto banal representa uma confissão chocante de como está indo nosso sistema educacional”.

“Em algum ponto os magistrados tiveram de agir em má consciência antes de invocarem absurdos como vender a imagem falsa de que temos um sistema educacional no mesmo nível dos países do primeiro mundo”, acrescentou ele. “Como estamos em dezembro e todo tipo de lista de eventos notáveis começa a aparecer, não será surpresa se este tribunal for colocado na categoria da melhor piada do ano”.

Cleber Nunes disse para LifeSiteNews que ele planeja apelar o caso para o Superior Tribunal de Justiça, e se necessário ele apelará o caso para o Supremo Tribunal de Justiça.

“Penso que o tribunal não quis nem mesmo examinar o caso porque não quer mais famílias educando os filhos em casa”, disse Nunes para LifeSiteNews.

“Estava claro que os meninos estão indo bem, que não há abandono intelectual, mas as autoridades continuam defendendo sua posição, defendendo a lei e esquecendo que o foco da lei é as crianças”, disse ele.

Para ler mais sobre o caso da família Nunes em LifeSiteNews, veja:

Adolescentes que estudam em casa alcançam vitória surpresa em confronto com o governo

Casal que ensina em casa poderá ser preso se seus filhos falharem em duros testes governamentais

Confronto contra a educação escolar em casa: crianças deverão ser testadas por tribunal em batalha sobre os direitos educacionais dos pais

Governo brasileiro entra com ações criminais contra família que educa em casa e ameaça tomar os filhos

Tradução e adaptação de Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: LifeSiteNews

http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=82602

As mentiras e a crueldade de Cuba

30 de dezembro de 2008 | N° 15834

Zero Hora

Lendo ZH (hábito diário em minha vida há vários anos), deparei com a reportagem sobre Cuba (28/12/08) e não me contive: comecei a reviver o que vi e ouvi em Cuba. Estive naquele país há cerca de nove anos. Foram 30 dias que mudaram minha concepção de mundo e de vida! Ao ler que existem políticos brasileiros que defendem o regime cubano e, ainda, falam em “certo exemplo de democracia”, me pergunto: estiveram em Cuba? Conhecem o que existe lá? Onde está o discernimento dessas pessoas? Dizem que Cuba tem boa educação: mais de 99% de alfabetizados?

Apenas quero relatar um fato ocorrido comigo. Fiz amizade com uma professora cubana, quando lá estive. Levei-a até uma livraria, pois desejava lhe dar de presente um livro. Na frente da livraria, ela me falou que não podia entrar, pois os cubanos eram proibidos! Por quê? Os livros que podiam e deveriam ler recebiam do governo! – respondeu-me ela. Isso mesmo: o que poderiam ler lhes era ofertado e o restante, proibido! Como resultado, ela não aceitou o livro por medo. Isso é ser alfabetizado? O pior analfabetismo é o das idéias! O que aprendem a ler os cubanos? Apenas o que lhes é permitido! O que escrevem? O que lhes é permitido! Se alguém escrever algo contra o regime, vai preso! Depois querem me dizer que a educação cubana é exemplo. De quê? De absoluta falta de liberdade, de crueldade, de domínio intelectual, de disseminação do medo! Essa alfabetização é a mais perigosa de todas: a que domina as mentes e as tinge de medo (ou o melhor seria dizer: pânico). E tem pessoas que dizem ser isso exemplo para algum país? A ditadura vivida pelo povo cubano é absolutamente cruel.

E a saúde? Estive em Cuba para tratamento médico de meus filhos. Pergunto: se os cubanos têm o tratamento e a cura de algumas doenças, por que não ensinam ao mundo? A cura de doenças deveria ser de direito de todos os cidadãos planetários. Mas não! Eles escondem o tratamento para alguns poucos que tenham os dólares para o tratamento. Isso é exemplo de avanço na saúde? Isso é a mais cruel das atitudes humanas! Ainda há brasileiros que dizem ser a medicina cubana exemplo? Exemplo de uso da medicina para chamar estrangeiros que paguem fortunas por tratamentos que só existem lá, pois, supostamente, somente eles conhecem esses tratamentos.

Que medicina é essa que esconde as descobertas para aplicá-las apenas a quem tem o dinheiro (e que é muitíssimo) que a pague? Bem fazem os médicos brasileiros que condenam tal situação. Eu os aplaudo pela atitude corajosa de criticarem. (O que alguns políticos não conseguem fazer.) Um deputado diz na reportagem que Cuba ainda pode ser exemplo, pois elege representantes de bairro. Nossa! Eleger num país com partido único e que onde alguém que fale contra o regime cubano vai preso é liberdade? Elegem sim, sem antes não deixar de colocar uma mordaça (nos olhos, na boca e na consciência!). Elegem pessoas que são proibidas de falar qualquer coisa que seja contra o governo ditatorial de Fidel! Isso é exemplo de democracia?

O que vi em Cuba é um povo com medo. Medo de falar, de agir e de pensar... Talvez essa seja a maior crueldade de que falo. Tudo é absolutamente controlado pela censura! O medo que penetra nas pessoas que têm consciência – e que não têm nenhum interesse em falar de Cuba o que ela não é – é imenso. Sente-se na alma como se alguém pudesse entrar em nossa mente e ver o que se passa nela. Liberdade? Essa palavra é proibida em Cuba e não deve estar, com certeza, na cartilha de alfabetização do povo cubano. Eu amo o meu país, com todas as suas desigualdades e suas próprias crueldades. Sou leitora assídua e vejo com os olhos da consciência o que corrói nosso povo e suas misérias. Sonho com um país melhor e mais justo, com certeza, mas... que seja distante das idéias da dita “igualdade cubana”.

O povo cubano é escravo (ou está escravo) de uma das piores ditaduras que já vi! Se o povo gostasse dessa situação, não se jogaria ao mar, sujeito aos tubarões e a tempestades, para fugir! Meu respeito aos cubanos que ainda têm forças para resistir. Eu mesma não sei se conseguiria!

*Pedagoga e supervisora educacional, presidente da Associação Nacional de Supervisores Educacionais do Brasil

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2351344.xml&template=3898.dwt&edition=11402&section=1012

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Que é o Foro de São Paulo?

Por Alejandro Peña Esclusa - 16 outubro 2002
Alejandro Peña Esclusa, presidente da Força Solidária - que organizou as passeatas-monstro contra Hugo Chávez - denuncia: o Foro de São Paulo vive de narcotráfico, seqüestro, assalto a banco e roubo de gado. Interrogado pelos jornalistas, Raúl Reyes, líder guerrilheiro colombiano, admitiu em sua recente visita à Venezuela que as FARC formam parte do chamado Foro de São Paulo. Vejamos a que se referia. Depois da queda do Muro de Berlim em 1989 e da derrubada do comunismo na ex-União Soviética, Fidel Castro decidiu substituir o apoio que recebia do Bloco Oriental pelo de uma transnacional latino-americana.

Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro convocou em 1990, junto com Luis Inácio “Lula” da Silva, todos os grupos guerrilheiros da América Latina a uma reunião na cidade de São Paulo. Além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, acudiram ao chamado o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México; e várias dezenas mais de grupos guerrilheiros e partidos de esquerda da região que iam se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México. Alí decidiram formar uma organização que se auto-denominou Foro de São Paulo.

Para dirigi-lo centralizadamente, criaram um Estado Maior civil, dirigido por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros, e um Estado Maior militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, o líder sandinista Daniel Ortega, e no qual tem um papel importante o argentino Enrique Gorriarán Merlo. Gorriarán Merlo foi fundador do Exército Revolucionário do Povo (ERP) e posteriormente do Movimento Todos pela Pátria (MTP). Gorriarán Merlo é o autor do ataque terrorista de janeiro de 1989 ao regimento de infantaria La Tablada, em Buenos Aires, no qual morreram 39 pessoas, e foi quem encabeçou a esquadra que assassinou Anastasio Somoza em Assunção, Paraguai, em setembro de 1980. Gorriarán Merlo também organizou a maquinaria militar do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), o mesmo que há três anos e meio tomou a residência do embaixador japonês em Lima.

O Foro de São Paulo tem um sistema de comunicação permanente, e até produz uma revista trimestral própria, denominada América Livre. Estabeleceu uma forma sólida e permanente de financiamento, baseada em sequestro, roubo de gado, cobrança de impostos, assaltos a bancos, pirataria, narcotráfico e demais atividades ilegais que rotineiramente praticam os grupos guerrilheiros na América Latina.

Tendo em vista que o marxismo dos anos sessenta já estava caduco e desprestigiado, os diretores do Foro de São Paulo decidiram adotar formalmente diversos disfarces: um foi o do indigenismo, ou a suposta luta pelos direitos dos indígenas, para encobrir a formação de grupos guerrilheiros (Exército Zapatista de Libertação Nacional), e também a promoção do separatismo, argumentando que os territórios ocupados pelas tribos indígenas são próprios e não do Estado nacional. Outro foi o do ecologismo radical que, alegando a proteção do meio ambiente, justificou a ação de terroristas que obstaculizaram o avanço do Estado em obras públicas de infraestrutura como rodovias e tensão elétrica. E finalmente, o de uma versão extremista da chamada Teologia da Libertação (Frei Betto, Leonardo Boff, Paulo Evaristo Arns), com o objetivo de dividir a Igreja Católica e justificar a violência com argumentos supostamente cristãos.

Segundo um informe da AP, datado em Montevidéo, Hugo Chávez se inscreveu no Foro de São Paulo em 30 de maio de 1995. Isto foi confirmado por Pablo Beltrán, líder do ELN, em uma entrevista realizada pela Globovisión em 17 de novembro de 1999.

Financiamento do narcotráfico

Há quatro anos o investigador colombiano Jesús E. La Rotta publicou um livro intitulado As Finanças da Subversão Colombiana, no qual revela os resultados de suas investigações sobre as fontes de financiamento das FARC, do ELN e do EPL.

Fazendo uso de numerosos gráficos e tabelas, La Rotta identifica seis formas ou modos gerais por meio dos quais os guerrilheiros colombianos obtêm entrada de dinheiro, a saber: a extorsão em menor escala, como os impostos, o bilhete e a cobrança de pedágios, de onde obtêm um total de 1.030 milhões de dólares ao ano; a extorsão em grande escala a empresas nacionais e multinacionais nos diversos setores como o petroleiro, agrícola, pecuário, industrial, comercial e financeiro, de onde arrecadam 5.270 milhões de dólares anuais; o abigeato ou roubo de gado, de onde recolhem 270 milhões de dólares anualmente; os assaltos, por meio dos quais conseguem 400 milhões de dólares ao ano; a pirataria, seja terrestre, fluvial, marítima ou aérea, que lhes rende 150 milhões de dólares em depósitos anuais e, finalmente, o narcotráfico, de onde obtêm 1.130 milhões de dólares ao ano. Tudo isso soma oito mil duzentos e cinquenta (8.250) milhões de dólares ao ano, cifra muito superior aos orçamentos de todas as Forças Armadas Nacionais de todos os países andinos.

Todavia, La Rotta admite que se tratam de cifras de 1994, e explica que “os grupos subversivos, em particular as FARC e o ELN, entraram em franco processo de substituição dos cartéis da droga desmantelados e que, cumprido tal processo, se fechará o círculo do enriquecimento quando incorporarem em plenitude o produto global do narcotráfico, que pode representar-lhes depósitos de dinheiro superiores”.

Poucos meses depois de haver-se publicado o livro de La Rotta, saiu o livro O Cartel das FARC, elaborado por major colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, o qual alega que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia constituem o terceiro e mais poderoso cartel das drogas.

Embora já existissem provas da vinculação do ELN e das FARC com o narcotráfico, os documentos retidos em 31 de janeiro de 1996 das quadrilhas 14 e 15 das FARC, por tropas da Brigada 12 em Paujil (Caquetá), comprometem ainda mais os guerrilheiros com o tráfico de drogas: aparecem as frequências de VHF e inúmeros telefonemas dos capos do Cartel de Cali, assim como atas de reuniões entre as FARC e os narco-traficantes.

O livro está cheio de afirmações impressionantes, como esta: “A infraestrutura do cartel das FARC tem todos os elementos de organização e controle próprios dos bandos de mafiosos que inundam o mundo civilizado com o tráfico ilícito de cocaína, com o agravante de que ameaçam camponeses, envolvendo-os com as milícias bolivarianas e o partido comunista clandestino. A ação dos delinquentes do cartel das FARC ultrapassa as fronteiras nacionais”.

Notas:

Alejandro Peña Esclusa é o presidente da Fuerza Solidaria, a ONG que organiza os protestos populares contra o governo Hugo Chávez na Velezuela.

Do tenentismo ao capitanismo, um só interesse

Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

Por Fabiano Azevêdo (*)

"Li ontem com preocupação a entrevista que um capitão do Exército concedeu ao jornal Folha de São Paulo. Seu interesse de lançar seu nome nacionalmente em uma plataforma política considerando a necessidade de democratizar as forças armadas, persi já estaria vazia, visto que não há instituição nacional permanente mais democrática que a de defesa, nesta incluíndo a Marinha, o EB e a FAB. Conheço particularmente o EB, instituição a que faço parte com muito orgulho há quase trinta anos e que me serviu de esteio cultural desde os dez anos de idade, no saudoso colégio militar de Fortaleza.

Julgo que o referido capitão entrevistado foi mais além em sua retórica e diz-se interessado em que haja um revisionismo na estrutura disciplinar castrense. Ora, as duas colunas de sustentação da vida militar são a hierarquia e a disciplina, conceito esse pacificado em lei datada de 1980.
Antes de qualquer crítica às minhas palavras, quero estabelecer que não estou na condição de advogado do exército, nem quero desfigurar o que pretende o capitão em tela. Apenas acho que não deve esse episódio passar de maneira vazia por parte das mentes pensantes das instituições militares, principalmente por parte dos profissionais da ativa.

Todos os preceitos que regem a vida militar têm uma destinação e têm uma fundamentação. O que propõe o oficial candidato que concedeu a entrevista à Folha? ele pede um abrandamento das punições disciplinares, num contexto de apoio de sua plataforma política, segundo ele já consolidada, aos candidatos propostos pela agremiação a que pertence o presidente da república. Pede também a não criminalização de movimentos sociais, uma América Latina integrada e outras coisas, através de respostas evasivas em que dificilmente respondeu o que a jornalista questionou na realidade.

Segundo o entrevistado, o regulamento disciplinar é inconstitucional, mas pelo visto não leu o que a constituição atribui como especificidades da vida militar nos incisos do parágrafo 3º do Art 142, principalmente o inciso X, que fala: "X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra..."

Como vemos, ao leigo é permitido tergiversar. Lembro, não estou advogando as causas do exército, até porque há doutos pagos para isso. O leitor poderá questionar se há falhas na instituição. Há e são próprias do julgamento humano. Não há, porém, extrapolação, pois o mesmo regulamento e os códigos que regem a fiel observância da hierarquia e disciplina, também caracterizam e enquadram o mau julgador, o mau árbitro das falhas humanas. Há outras falhas que são compensadas pelo que de principal temos em nossa profissão sacerdócio: o amor à Pátria. Não que o capitão tenha deixado seu patriotismo de lado. Está, a meu ver, iludido.

Vejo que o revisionismo disciplinar por ele pretendido é só um pano de fundo, interessando ao capitão e seu grupo, creio eu, o estabelecimento de um apoio irrestrito à causa partidária do chefe do executivo. Esse viés ficou bem elucidado em suas afirmações categóricas de solidariedade ao que ele chamou de Lula desenvolvimentista. Entendo que ao ser humano é lícito politizar-se, até porque a política está nos entremeios da rotina do ser humano que vive num regime de liberdade democrática. E a democracia pressupõe a alternância no poder, coisa que vejo como não ser do interesse do atual status dominante.

E sustento esta tese do apoio incondicional à causa petista, nas afirmações feitas por ele no sentido da não criminalização de movimentos sociais, integração continental e decisão do grupo em apoiar o candidato do desenvolvimentista Lula. Ora, o que há de convergência entre a disciplina militar prestante, a bandalheira promovida pelos movimentos ideologicamente e financeiramente patrocinados pelo PT, a apologia do bolivarianismo e a solidariedade à coisa petista? tudo. Tudo, amigo. E quanto mais a opinião pública leiga e inocente for bombardeada por lavagens cerebrais como a que veio à mídia neste domingo passado, mais convergiremos para a socialização do querer, do achar e do pensar.

Ora, se um capitão do exército julga lícita a bolivarianização continental, por que eu, bancário, comerciante, professora, arquiteto, contribuinte e vacinado não julgarei lícita também e passarei também a achar que o presidente é um sujeito desenvolvimentista?! acordai, ó zumbis. Nossa capacidade de ver e entender os contraditórios cada vez mais está sendo dominada pelos ditames do politicamente correto e do politicamente publicado.

E minha indignação se transforma em repúdio quando vejo que um indivíduo que foi formado sabendo dos desmantelos promovidos pela esquerda mundial, da qual o presidente da república é um dos promotores, se abster de criticar a histórica desestabilização que a ideologia de esquerda promoveu no mundo, mas pelo contrário silencia e elogia os podres ventos que a trazem ao nosso continente e ao nosso país, em escambos morais de submarinos nucleares e tecnologias que todos sabemos inviáveis pela pouca priorização orcamentária da indústria de defesa, principalmente em tempos de fundo soberano.

Outra matéria que merece análise, até em tom de finalização de meus pensamentos, é a desvinculação ao passado que o jovem oficial faz questão de demonstrar. Diz ele "A gente não tem nada a ver com a ditadura militar. Eu não quero entrar no mérito [e dizer] se foi certo ou errado. Cabe a nós pensar para frente, somos capitães, tenentes. Nosso pensamento é desenvolver o Brasil, um lugar para a gente crescer, com a não-criminalização dos movimentos sociais.". Ora, o que o capitão chama de ditadura foi um período em que os 3 poderes funcionaram e todas as instituições cumpriram suas missões constitucionais, promovendo um país feliz, que talvez ele não recorde por não ter vivenciado a paz que os movimentos sociais que ele defende hoje, e que não existiam naquela época, não deixariam que tivesse, caso existissem.

Eu, que sou mais velho que o capitão entrevistado, sei que eu tenho muito a ver com o período dos governos militares, esse sim desenvolvimentista , onde apenas o presidente era general e todo seu staff, que era bem reduzido em relação aos milhares de assessores hoje existentes, era composto de civis. Eu, por minha vez, entro no mérito e tiro meu chapéu pela democracia que eu aprendi a respeitar e que me fez um brasileiro vocacionado a gostar da vida militar pelos seus desafios, pelas suas normas, pela sua atividade fim. Trabalhei de sol a sol na construção e recuperação de inúmeras rodovias, numa época em que se fazia por gosto e se estufava o peito pelo sentimento de missão cumprida.

Logicamente vejo que minha profissão reconhece pouco. Muito do que eu ajudei a fazer não me rendeu nem um obrigado, quanto mais reconhecimentos que hoje vejo galardoando peitos e pescoços de pessoas que dantes foram apedrejadores da vida em sociedade. Mas tenho valores familiares que me fizeram entender que a noção de solidariedade social está num patamar muito mais importante do que o vil metal ou que títulos não merecidos que mofam pelos cantos dos vazios em que se transformam as vidas dos espertalhões, dos futriqueiros, dos bajuladores, das candinhas e dos vilões.

Falei muito pouco ao capitão petista do que realmente precisava falar. Muito pouco mesmo. Mas quero destinar a ele momentos de reflexão e oro a Deus, que faz suplantar todas as injustiças do mundo, que este oficial possa usar toda a coragem que o fez desafiar a única instituição ainda não tomada de assalto pelos objetivos trazidos pelos adoradores de Marx, Lénin, Guevara e outros humanóides, em prol de uma renovação moral da sociedade nacional.

Sei que é pedir demais a alguém que já está embriagado pelo canto da sereia que acolheu aqui em nossos mares o tirano Rául Castro, responsável por uma ditadura fratricida que ceifou mais de cinquenta mil cubanos. Mas nunca é tarde para visualizar a razão e dela extrair o voto necessário que irá não só bafejar os injustiçados pelos regulamentos militares, mas a toda Nação Brasileira, refém que está de leis que são editadas, publicadas e no mesmo DOU, remendadas, de um modo bem mais inconstitucional que o jovem capitão imagina ser o Regulamento Disciplinar do Exército.

(*) Major da ativa da arma de Engenharia."

Fonte: Resistência Militar

Estamos realmente no mundo da lua... ou da lula???

Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

Blog do Clausewitz

Análise semanal do Coronel Fregapani

"...Ainda que alguns irmãos de armas, pelos quais tenho a maior consideração, tenham me manifestado desconfiança que o Plano Nacional de Segurança não seja para valer, eu me mantenho confiante; é um bom plano, o primeiro que vi, de âmbito nacional em toda minha vida militar, e um acordo como o feito com a França não pode ser desmanchado sem mais nem menos.

Saudações patrióticas"

Fonte: Resistência Militar

Um único comentário meu:

► Ontem eu me deparei com um câncer em formação nas palavras e ações de um capitão do exército pregando livremente a luta de classes e o apoio incondicional à política de luta de classes e raças do "desenvolvimentista" Lula da Silva... e o caso é tão específico que analisando os comentários de um blog que também desdobrou a entrevista dada pelo capitão comunista à comunista Folha de SP, um comentarista que se intitulou Sargento de Engenharia dizia que no território dele o capitão não entrava com suas idéias... logicamente o sargento de engenharia estava em defesa de sua instituição e em defesa de seu território... para refletir... hoje eu me deparo com as palavras de confiança de um velho guerreiro na estratégia nacional de defesa lulista... vou transcrever um e-mail que recebi alertando para o que o coronel Fregapani afirmou em seu release, logicamente sem identificar o remetente: "Caro, sei lá, eu recebi esse e-mail (abaixo) de um mailing list de milicos da reserva - não sei se tu és da reserva, pareces militar... Tô achando um papo de entreguista, desses milicos que cairam no conto do vigário e acreditam no plano de defesa do Lula e da tchurma dele...É de ficar preocupado, eu pensava que esse GF (gélio fregani) era um cara patriota, sei lá, tá tudo dominado ou é paranóia minha? Abraço..." respondo ao amigo agora: está quase tudo dominado sim...

Clausewitz

O Blog do Clausewitz não apóia o capitanismo... Parte III...

Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

Blog do Clausewitz

"PEÇO AOS LEITORES PRUDENTES QUE LEIAM O TRECHO ABAIXO, SOBRE O GOLPE DE ESTADO DE 1964 E O PROBLEMA DA HIERARQUIA MILITAR. NAQUELES IDOS, GRUPOS DE SARGENTOS E DEMAIS PATENTES MENORES, IMAGINANDO OBTER O APOIO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, OU DE FATO SOB TAL APOIO, DESAFIARAM A HIERARQUIA MILITAR DE MODO PROVOCATIVO, TENDO EM VISTA ABALAR OS FRÁGEIS FUNDAMENTOS DO REGIME DEMOCRÁTICO INSTITUIDO EM 1946. HOJE, CONFORME A ENTREVISTA QUE RETOMO ABAIXO, DE UM CAPITÃO DO EXÉRCITO, FICAMOS SABENDO QUE EXISTE UM MOVIMENTO SIMILAR AO DE 1964, COM EXPLÍCITO INTENTO DE APOIAR O PRESIDENTE LULA. SE TAL PROCESSO NÃO FOR GOLPISMO, NÃO SEI O QUE SIGNIFICA A PALAVRA (E A COISA) QUE DESIGNA O GOLPE. SE ELES FOSSEM DE FATO DEMOCRÁTICOS, SUAS PALAVRAS DE ORDEM SEGUIRIAM RUMOS DIVERSOS, DO QUE O APOIO AO "BENEFACTOR"DE PLANTÃO, OU "NOSSO GUIA". COM A CRISE ECONÔMICA, PARECE QUE O PETISMO GOLPISTA NÃO CONSEGUIRÁ EMPLACAR DILMA ROUSSEF (O PRESIDENTE JÁ SE AFASTA DO APOIO EXPLÍCITO, PRATICADO MESES ATRÁS, À CHEFE DA CASA CIVIL).OS OFICIAIS DIZEM QUE IRÃO APOIAR O CANDIDATO DO PRESIDENTE LULA. COMO TAL CANDIDATO SERÁ INVIÁVEL, E COMO TODOS SABEM QUE O CANDIDATO PERENE DO PRESIDENTE LULA É O PRESIDENTE LULA, E COMO A ALTERNÂNCIA NO PODER É A HIPÓTESE MAIS TEMIDA PELOS SEGUIDORES DE LULA, RESTA O TERCEITO MANDATO. SE ESTE ÚLTIMO NÃO FOR ASSUMIDO PELO CONGRESSO, RESTA O APOIO DA BAIXA OFICIALIDADE, QUE AGORA SE ORGANIZA EM NOVO NINHO DE SERPENTE. IMPORTA SEGUIR COM MUITA ATENÇÃO OS PASSOS DO MOVIMENTO, PARA QUE A CIDADANIA DEMOCRÁTICA NÃO SEJA TOMADA DE SURPRESA.

QUANDO DENUNCIO TENTATIVAS GOLPISTAS COMO A QUE ESTÁ EM CONSTRUÇÃO, SEMPRE EXISTE UM DOGMÁTICO PARA ASSEGURAR QUE 1964 "JAMAIS"VOLTARÁ A OCORRER. É COMO SE TAIS DOGMÁTICOS VISSEM A HISTÓRIA COM LENTES DIVINAS.NÃO, CAROS SENHORES DAS CERTEZAS ETERNAS! GOLPES SÃO PROCEDIMENTOS POLÍTICOS, USADOS PELOS QUE SE INSTALAM NOS PALÁCIOS E DELES NÃO QUEREM SAIR.E PARA APLICAR TAIS GOLPES, ATORES MENORES SÃO MOBILIZADOS. SE FRACASSAM, OS ATORES MAIORES SAEM INDENES. SE CONSEGUEM SUCESSO, OS MESMOS ATORES MENORES SÃO MORTOS, EXILADOS, PRESOS... LEIAM, POR FAVOR, O INSTRUTIVO VOLUME DE GABRIEL NAUDÉ, "CONSIDERATIONS POLITIQUES SUR LES COUPS D'ÉTAT" (NA GALLICA, BNF, PODE SER BAIXADO O LIVRO INTEIRO). POR FAVOR, LEIAM O TRECHO DO ARTIGO (FRUTO DE CONFERÊNCIA SOBRE O GOLPE DE 1964, INTITULADO "A MISSA NEGRA DE 1964") E DEPOIS CONFIRAM COM A ENTREVISTA DO REFERIDO CAPITÃO NA FOLHA DE SÃO PAULO. ATENÇÃO AO QUE ESTÁ SUBLINHADO EM VERMELHO.
BOM 2009...
ROBERTO ROMANO"

Fonte: Contra a Raison D'Etat

Um único comentário meu:

► Cansei de esperar o capitão e deixo os comentários de Roberto Romano a respeito da entrevista que eu critiquei... vou me aprofundar no assunto para tentar desbaratar o fio da meada... já li em alguns blogs que o referido oficial usa das artimanhas da claque petista, usando e abusando do ministério público e da justiça, não sendo nada difícil que a rede de apoio narrada nas afirmações contidas nos blogs de apoio a ele, tenha nos subterrâneos os jurisconsultos que conduziram o PT ao estado de dominação nacional...

Clausewitz

Parque o quê?

Segunda-feira, Dezembro 29, 2008

Coturno Noturno

Amanhã Lula inaugura um lindo parque na bonita praia de Boa Viagem que fica na bela Recife. Projeto de Oscar Niemeyer. O complexo inclui quadra esportiva, rampa de skate, parque infantil, ciclovia e pista de cooper, além de áreas para atividades físicas e convivência de adultos e crianças, um pavilhão para exposições, teatro e restaurante. Para conhecer, assista aqui ao vídeo estrelado por ninguém mais, ninguém menos do que Alceu Valença. A área de 33.000 m2 foi doada pela Aeronáutica. Esperava-se, assim, que o nome do parque homenageasse grandes nomes da aviação brasileira como Santos Dumont, Ricardo Kirk, João Ribeiro de Barros, Newton Braga ou o brigadeiro Eduardo Gomes. Ou que pelo menos reverenciasse um grande pernambucano como José Lins do Rego, Manoel Bandeira, Gilberto Freire ou Luiz Gonzaga. Não, o nome do parque será Dona Lindu, que não fez absolutamente nada pela aviação do país e tampouco pela história de Pernambuco. Dona Lindu era uma senhora analfabeta, pobre, retirante, que junto com os sete filhos, num pau-de-arara, veio embora para São Paulo. Nunca mais voltou ao estado natal. Só que tem um pequeno detalhe: um dos sete filhos chamava-se Luiz Inácio Lula da Silva. De um estado dominado pelo PT e de um presidente como Lula não se poderia exigir lá muitos pruridos éticos no trato de um tema que envolve a coisa pública, dinheiro do povo e respeito à história. Da Aeronáutica, que doou o terreno, desta sim, o Brasil poderia e deveria esperar que não partilhasse de um projeto meramente politiqueiro e que tivesse exigido, na cessão da área, que o parque homenageasse um grande vulto da aviação ou de Pernambuco. Só que esta mesma Aeronáutica concedeu a Medalha de Honra ao Mérito Santos Dumont para a primeira dama Dona Marisa Letícia, pois a considerou uma cidadã brasileira que prestou relevantes serviços à Força Aérea Brasileira, quando todos sabemos que esta senhora jamais mexeu um dedo por nada neste país. Fiquemos, pois, com o Parque Dona Lindu. Já pensou se fosse Parque Dona Marisa Letícia?

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