ENTREVISTA COM MINXIN PEI NO EL PAÍS
Sábado, Dezembro 20, 2008
Movimento da Ordem Vigília Contra Corrupção
Um dos mais reconhecidos sinólogos nos EUA. Ele afirma que milhões de trabalhadores desempregados estão sendo forçados a voltarem para suas aldeias, e que o Governo chinês deveria investir em programas sociais que acalmem a inquietude reinante entre os 1.350 milhões de habitantes do país. A imensa maioria da população não tem seguridade social, nem atenção médica, nem educação gratuita.
Faço aqui, um aparte, trazendo à lembrança um dos episódios mais chocantes do comunismo e que, seguramente, explica a inquietação dos chineses: foram 65 milhões de mortos, em meados dos anos
Voltando à entrevista: Questionado sobre se haveria fome na China, Pei afirmou que não, mas disse que haverá um perigoso aumento da delinqüência, sobretudo nas zonas rurais, para onde retornarão milhares de camponeses desempregados na cidade, e sequer terão terra para cultivar, pois elas foram confiscadas.
Pei acredita que o prolongamento da crise na China poderá dividir a elite governante do país, que só se mantêm unida porque tem dádivas a repartir entre si, mas, que essa união se romperá caso a economia siga caindo, pois começarão a buscar culpados entre si, e a depurar responsabilidades. O estudioso chinês comenta que boa parte dos ricos são membros do Partido Comunista, e que não permitirão nenhuma atitude que venha a mexer com suas riquezas.
O repórter lembrou sobre a predição de Pei feita em 2006, que o futuro de China não é a democracia senão a desintegração, e ele respondeu:
A desintegração do regime. Este sistema corrupto e cheio de contradições não pode continuar. Uma pequena elite não pode apropriar-se de todos os benefícios nas costas dos cidadãos. Não creio que o êxito econômico se estenda por muito tempo sob um regime autoritário. Leia matéria completa: El Partido Comunista se romperá si sigue cayendo la economía"
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