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domingo, 9 de agosto de 2009

Canalhas e bandidos não se importam com a opinião pública

Brasil acima de tudo

09 de agosto de 2009

Por Geraldo Almendra (*)

Somente uma sociedade covarde, e em avançado estado de decomposição moral, pode não sair às ruas e exigir, de uma forma ou de outra, a destituição de um Congresso que se transformou em um covil de canalhas e bandidos, cujos componentes – autoridades constituídas pelos votos dos que são tratados como idiotas e imbecis – estão dando demonstrações de absoluta falta de respeito a quem paga seus salários e mordomias, e sem qualquer receio de transitarem no espaço público, pois já se convenceram que somos todos idiotas, imbecis e frouxos, incapazes de insultar de forma justa os canalhas, quanto mais cobrir-lhes de bordoadas, que é o que fazem diariamente por merecer.

O que esses patifes esquecem é que a origem principal das revoluções sangrentas é a perda dos limites do desrespeito dos canalhas da corrupção ao tratarem os cidadãos, sistematicamente, como idiotas, imbecis e palhaços. Um dia a casa cai... E depois que o asfalto for ocupado não tem mais volta...

Estamos assistindo o “estado da arte” da canalhice das “autoridades constituídas” que apesar de tudo devem ser respeitados conforme alguns que já chegaram ao fundo do poço da idiotice e da covardia.

Uma sociedade do nada: é nisso que estamos nos transformando com a ajuda de um Poder Judiciário, um Poder de Polícia e uma Promotoria Pública que se apresentam incapazes para por fim aos descalabros dos sistemáticos desrespeitos que são cometidos diariamente contra os cidadãos que pagam impostos para sustentar esse covil de bandidos chamado de poder público.

“Não temo a opinião pública”, diz um senador ao arquivar processos que deram entrada no “Conselho de Ética”, representante do novo Brasil que o petismo está construindo. Enquanto isso no Ceará um túnel está sendo preparado para evitar contatos dos eleitores com seus representantes; se a moda pegar, teremos em Brasília, em breve, um sistema de transporte subterrâneo altamente sofisticado e seguro somente para a canalha dos políticos ficarem longe dos seus desafetos eleitores.

O que falam sobre isso as comunidades dos patifes esclarecidos de uma sociedade amestrada pelo suborno, pela corrupção, pela prevaricação e pelo assistencialismo sórdido?

- Nada! O silêncio da pandemia da covardia e da cumplicidade com a perversão da sociedade pelo petismo toma conta do país.

Aproveito para enviar uma mensagem ao presidente do Clube Militar que não existe grosseria nem falta de respeito com a figura do presidente nos meus escritos, pois tudo o que escrevo reflete rigorosamente o comportamento público desse desqualificado devidamente publicado pela mídia seja amestrada ou não. Nada tem sido retratado sem um fato documentado e de conhecimento público e o direito do juízo de valor sempre será nosso.

Falta de respeito é dos canalhas e bandidos que não se importam com a opinião pública nos atos e nas palavras, e que nos fazem de imbecis, idiotas, palhaços do circo do Retirante Pinóquio todos os dias.

Não é um título ou um cargo que impõe respeito a alguém. São suas atitudes, honradez, honestidade e dignidade, qualidades que não fazem absolutamente parte da escala de valores desse desqualificado etílico com fotos publicadas na Internet que nos envergonham perante o mundo.

Como cidadão e patriota lamento profundamente que os protestos das Forças Armadas se situem na conveniência da Reserva, enquanto a Ativa admite – com seu silêncio cúmplice e com suas atitudes ou falta de atitudes – continuar subordinando-se a quem desrespeita a Constituição e aplica de forma descarada os princípios do leninismo na sua luta pelo poder perpétuo; a quem estabeleceu no país o maior mercado do mundo de compra de votos para fabricar uma falsa democracia, a quem não para de subornar os menos favorecidos ou ignorantes através do assistencialismo mais grotesco de nossa história; a quem comanda o mundo e o submundo do poder público pelos instrumentos do corporativismo, do suborno disfarçado, da prostituição da política e da prevaricação como normas de conduta.

Não tenho o dever nem a obrigação de respeitar os canalhas e bandidos que tomaram o poder público de assalto. Não tenho dever nem obrigação de respeitar um deficiente físico – não ouve, não sabe e não vê somente aquilo que não lhe interessa associar à sua cumplicidade. Respeito se consegue com atitudes e não com a transformação de canalhas em autoridades constituídas por qualquer medida ou meio que seja.

Tenho sim o dever cívico e patriota de não me acovardar diante desses meliantes que já deveriam ter sido presos e estarem cumprindo pena se tivéssemos um Poder Judiciário, um Poder de Polícia e uma Promotoria Pública dignos desse nome na finalização dos seus atos, e não apenas no circo do prende de depois solta, do arquivamento de processos nas gavetas dos togados, da postergação dos julgamentos por todos os instrumentos de fraudes na aplicação dos códigos legais. Onde estão os componentes das ”gangs dos quarentas” e seu chefe? Livres, leves e soltos rindo de nossa parlemice.

Quem vai preso ou é eliminado no nosso país é empresário que não reza na cartilha da corrupção dos donos do poder, ou são as vítimas das atrocidades morais praticadas nas relações públicas e privadas pelos patifes esclarecidos, condutores da maior fraude política de nossa história, a abertura democrática, que colocou os ovos da serpente para germinarem o petismo, movimento meliante e sórdido que está transformando o Brasil em um modelo do neocomunismo mais sujo que se pode imaginar.

Enquanto o poder público oferece aos seus representantes das cúpulas da corrupção, do corporativismo sórdido e da prevaricação, e a todos os seus cúmplices, as maiores benesses do mundo civilizado, o resto da sociedade trabalha mais de cinco meses por ano para ter direito apenas ao assistencialismo calhorda, a morrer nas filas e nos corredores e quartos imundos de um sistema de saúde falido, a ter um subemprego e um salário de fome, a correr diariamente o risco de sair de suas casas e não voltar mais para a companhia de suas famílias, a não ter condições de saneamento digno, e a não ter mais um processo educacional e cultural que liberte a sociedade das malhas da dependência de um poder público bandoleiro, o verdadeiro corruptor das relações públicas e privadas.

O negócio agora no país é fazer concurso público ou ser apadrinhado da política prostituída-assistencialista comandada pelo petismo. Corra! Mas se preocupe, pois no poder público tem lugar para qualquer um que despreze a moralidade, a ética, a honra, a dignidade, a honestidade, o patriotismo e a vergonha na cara; ou, simplesmente, seja um covarde omisso ou incapaz de dizer não para seus corrupto-superiores.


(*) Geraldo Almendra, Economista e Professor de Matemática, Petrópolis

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