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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Estadão: camaleão comunista

Mídia Sem Máscara

Ao analisar mentirosamente o maiúsculo fato político o Estadão contribui para desarmar o espírito combatente dos prejudicados e dos democratas, que pugnam pela democracia representativa. É uma nota soporífera, que serve perfeitamente aos revolucionários ocupantes do Palácio do Planalto. Digo-lhe, caro leitor: é uma nota irresponsável, que minimiza o impacto psicossocial dessa decisão de Estado. Lembremos que a mudança de índices é feita de maneira administrativa, prescindindo de trâmite legislativo.

Caro leitor, a mim me impressiona o cinismo e a capacidade de camuflagem dos editorialistas do Estadão, que, a pretexto de analisar objetivamente os fatos, escondem o que na realidade política brasileira acontece de relevante. Refiro-me aqui ao editorial da edição de hoje (Golpe eleitoral contra a agricultura), no qual, mais uma vez, uma informação verdadeira é usada mentirosamente para ocultar a realidade que se passa, em prol da causa revolucionária.

A notícia da semana foi a determinação do presidente Lula de mudar subitamente os índices de produtividade para definir o que é e o que não é uma terra produtiva, para efeitos de desapropriação a fim de fazer a Reforma Agrária, essa coisa fora do tempo e de lugar que tem sido alimentada com bilhões de dinheiro público. Pois bem, o Estadão, que é lido pelos fazendeiros e pelas ditas classes conservadoras, tinha que opinar sobre a matéria e o fez aqui neste editorial. Mentirosamente.

A atitude de Lula nada tem a ver com o interesse eleitoreiro, visto que a tropa da reforma agrária votaria nele de qualquer maneira. O MST, toda gente sabe, é um braço do PT. Essa é a primeira grande mentira, que está no título do editorial. A segunda mentira é o que não foi dito, que a medida governamental na verdade sempre esteve na agenda revolucionária, pois tumultuar a economia agrária é uma das frentes de batalha dos que querem fazer a revolução comunista, na linha chinesa e vietnamita.

Essa medida entrou em pauta agora porque está mais do que claro que o PT dificilmente fará o sucessor de Lula, sobretudo agora que a Dona Dilma foi flagrada mentindo novamente, no episódio envolvendo doutora Lina Vieira. E da derrota no caso do Sarney. O lançamento do nome da senadora Marina Silva também embolou o meio de campo eleitoral, sempre em prejuízo das pretensões do PT. Que restou? Acelerar a formatação do sistema jurídico no rumo da revolução socialista.

Essa não é uma medida meramente tática, mas estratégica, e por isso foi deixada para fim de governo. Vejam a malícia: atribuir a decisão à necessidade eleitoral é esconder a obviedade de que o PT é a face legal de um Partido (com P maiúsculo, como sugere Fernando Henrique Cardoso) revolucionário leninista, o mesmo que atua na Venezuela, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Honduras e em todo o Hemisfério americano. É o Foro de São Paulo em ação.

Ao analisar mentirosamente o maiúsculo fato político o Estadão contribui para desarmar o espírito combatente dos prejudicados e dos democratas, que pugnam pela democracia representativa. É uma nota soporífera, que serve perfeitamente aos revolucionários ocupantes do Palácio do Planalto. Digo-lhe, caro leitor: é uma nota irresponsável, que minimiza o impacto psicossocial dessa decisão de Estado. Lembremos que a mudança de índices é feita de maneira administrativa, prescindindo de trâmite legislativo. Em resumo, Lula fará o que quiser e deixará a herança maldita para o sucessor. A força guerrilheira do MST poderá ser mobilizada imediatamente após (ou até antes) a decisão nas urnas. Haverá incêndio nos campos do Brasil.

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