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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

UnoAmérica denuncia fraude eleitoral na Bolívia

Mídia Sem Máscara

A UnoAmérica denuncia a perseguição, o cerceamento de direitos e o uso da violência contra membros da oposição, dentre outras ocorrências. Já os observadores eleitorais da União Européia afirmam que a reeleição do cocalero Juan Evo Morales Ayma, ocorreu dentro dos "padrões internacionais de eleições democráticas", parecer farsesco já amplamente divulgado pela imprensa submissa aos desmandos do Foro de São Paulo e da elite globalista.

Bogotá, 8 de dezembro - A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, denunciou hoje que na Bolívia ocorreu uma massiva fraude eleitoral, cujo propósito é legitimar nesse país um modelo totalitário, planejado em Cuba e financiado pela Venezuela.

Já em 6 de novembro, UnoAmérica havia assinalado as inconstâncias no padrão eleitoral e a feroz perseguição à oposição (UnoAmérica: as eleições bolivianas estão viciadas), o qual invalidava de antemão as eleições. Entretanto, antes e durante a jornada eleitoral do domingo passado, nossos temores foram reconfirmados, encontrando as seguintes irregularidades:

1. Uma intensa perseguição contra o principal candidato opositor, Manfred Reyes Villa, induzida desde o governo;

2. Impedimento de o principal candidato a Vice-Presidente, Leopoldo Fernández, que se encontra encarcerado desde há mais de um ano sem julgamento e sem condenação, de fazer campanha;

3. Violação sistemática do marco normativo eleitoral por parte da administração de Evo Morales;

4. Violência política exercida pelos grupos de choque do partido oficial;

5. Violações ao voto secreto sob a figura de "voto comunitário";

6. Financiamento pouco transparente da campanha oficial;

7. Crescimento suspeito do padrão eleitoral, que em várias localidades ultrapassou 300% de inscritos;

8. Participação na elaboração do novo padrão de uma empresa venezuelana acusada de colaborar na fraude de Hugo Chávez;

9. Denúncias de notários eleitorais sobre 175 máquinas de registro biométrico carregadas com 3.000 inscritos adicionais, cada uma por técnicos da Corte Nacional Eleitoral (CNE);

10. Pressões do governo à CNE, como ameaças de julgamento e de investigação por parte da Controladoria, com a finalidade de manipular esse organismo;

11. Habilitação irregular de ao redor de 100.000 inscritos observados, em razão das pressões do governo sobre a CNE;

12. A CNE não entregou o padrão com impressões digitais e fotografias aos partidos políticos;

13. Em várias mesas de votação constatou-se a existência de papeletas sem fotografias dos candidatos opositores;

14. Em vários pontos do país, o partido do governo transportou votantes em caminhões e outros veículos no dia do sufrágio, contrariando as disposições legais.

Estas irregularidades e delitos eleitorais põem em dúvida não só a validade dos resultados, senão os supostos 63 por cento de respaldo popular a Evo Morales, cifra que está sendo manipulada pelo oficialismo para justificar mudanças drásticas e permanentes no sistema político boliviano.

UnoAmérica faz um chamado às missões de observadores eleitorais ainda presentes na Bolívia, para cumprir seu trabalho com responsabilidade e a não se tornar cúmplices da fraude, recolhendo em seus respectivos informes as denúncias sobre as evidente irregularidades existentes nas eleições. Ademais, faz um chamado às lideranças democráticas da América Latina para rechaçar o modelo totalitário que Evo Morales pretende implantar na Bolívia, com o apoio de seus aliados do Foro de São Paulo.

* Presidente de UnoAmérica

Tradução: Graça Salgueiro

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