"Folha" incorrigível
Mídia Sem Máscara
| 07 Julho 2010
Media Watch - Folha de S. Paulo
A Folha de São Paulo mais uma vez se omite. O PT só retirou sua versão carbonária do programa porque perdeu votos e mais perderia se a mantivesse. A troca de programa é apenas para enganar o eleitorado e confortar os partidos não revolucionários da base de apoio.
Qual deveria ser a principal manchete dos jornais de hoje (6)? A súbita troca do programa oficial da candidatura da Dilma Rousseff, que recuou de suas propostas radicais em face da péssima repercussão da primeira. Qual é a verdadeira? Volto a esse ponto abaixo, mas antes quero apontar a covardia malfazeja dos nossos grandes jornais, especialmente da Folha de São Paulo.
Esse fato deveria ser a manchete principal, mas a Folha sequer lhe deu chamada de capa, relegando-a às linhas finais da matéria posta no Caderno de Política. Compare-se com o que fez o Estadão, que ao menos deu uma chamada de capa, em destaque, mas não como manchete principal. O jornal que foi dos Mesquita ainda guarda um elemento de honestidade. Já a Folha é puro partidarismo, puro cabo eleitoral. Uma vergonha jornalística.
Claro que o PT só retirou sua versão carbonária do programa porque perdeu votos e mais perderia se a mantivesse. Importava à imprensa analisar os fatos, mostrando aos leitores que o PT é isso mesmo, um partido revolucionário marxista-leninista. A concessão feita pela troca de programa é apenas para enganar o eleitorado e confortar os partidos não revolucionários da base de apoio. O programa real é o original que foi trocado.
E quais foram os pontos suprimidos? 1- A legalização e legitimação das invasões de terra pelo MST, inclusive modificando os índices de produtividade para efeito de desapropriação para a reforma agrária; 2- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários; 3- Liberação incondicional do aborto, apoiada por meios estatais; 4- Censura dos meios de comunicação, pela criação de um suspeito "controle externo" da mídia.
Todas essas propostas estão contidas no famigerado Plano Nacional de Direito Humanos e também nas "propostas" emanadas da Confecom. É a chamada "transversalidade" dos supostos direitos humanos, essa mentira jurídica que foi transformada em plataforma de ação revolucionária.
O que Dilma Rousseff fará, se eleita, é precisamente isso, que é a velha cartilha revolucionária do PT, sempre revalidada e atualizada. Os jornais deveriam estampar em letras grandes esse fato perigosíssimo, que pode determinar o desfecho trágico da nossa Nação. Mas, cúmplices, limitaram-se a registrar o evento como uma banalidade digna de um acidente de trânsito.
De qualquer forma, devo registrar que o PT cometeu um erro tático, na afoiteza de seus militantes radicais de explicitar suas reais intenções. Essa gente do PT está à vontade para fazer sua pregação revolucionária e perdeu o senso de perigo. Este foi perdido porque não existe mais oposição real ao plano revolucionário. Só restou mesmo o senso de oportunismo eleitoral. A substituição do programa não engana ninguém.
Quem viver verá.
Nota do editor:
Nivaldo Cordeiro também comenta em vídeo a troca de última hora do programa de governo de Dilma Roussef apresentado à Justiça Eleitoral, por uma versão mais branda, por motivos meramente eleitoreiros.
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário