Obama não pode, não vai, nem quer "criar empregos"
Mídia Sem Máscara
Andrew Melon | 13 Julho 2010
Internacional - Estados Unidos
Isto tudo é basicamente uma estratégia do tipo Cloward-Piven.Até eu ver alguma prova em contrário, depois do pesadelo que foi o primeiro ano e meio desta administração, eu vou sustentar confiantemente que Obama e seu bando estão intencionalmente quebrando nossa economia.
Por mais arrepios que ele possa dar na perna de Chris Matthews e apesar de seu poder de andar sobre as águas, Barack Obama, como todos os legisladores, não pode criar empregos. Tudo o que qualquer político pode fazer é tirar recursos do setor privado e alocá-los de acordo com seus próprios caprichos, muitas vezes para um eleitorado favorecido, a um custo proibitivo e perdulário.
Ao invés de deixar os indivíduos decidirem como melhor alocar sua propriedade, trabalho e capital com base em seus próprios valores e aspirações pessoais, o governo, em sua auto-atribuída sabedoria divina, acredita que é moralmente correto desperdiçar o dinheiro dos outros. Pelo visto, não somos capazes de decidir como dispor de nosso dinheiro nós mesmos e lidar com as conseqüências de tais ações, boas ou más.
Aí, mais uma vez, em nossa democracia "social"ista, nós sentimos que é conveniente que o governo tome conta de nossa saúde e nossa aposentadoria, sob os auspícios do "bem comum." Então, que tal um pouco mais de paternalismo estatal? Em relação a isto eu digo, o assim chamado bem comum é um mal comum, porque, quando o coletivo suplanta o individual, a sociedade entra em colapso. Ao invés de querer que o governo tome conta destas coisas, as pessoas deveriam tomar conta delas elas mesmas, bastando apenas que o governo não monopolize estes bens e serviços, mas permita a competição privada, livre e desimpedida.
De qualquer modo, atribuir a palavra "setor" ao ilimitado, inconstitucional e desnecessário "negócio" público é um simples subterfúgio. O "setor do saque" é o único nome exato para o que o governo faz fora de seu estrito âmbito constitucional.
Todo e qualquer "estímulo" governamental retarda o crescimento, porque remove a riqueza atual e futura de seus produtores e a dá a planejadores centrais que não estão sujeitos ao mercado, mas aos eleitores, uma significativa parcela dos quais não paga pelo pão e circo que exigem, barganhando tristemente sua liberdade por uma falsa segurança econômica que termina no colapso do estado de bem-estar social, ao mesmo tempo em que despojam os verdadeiros geradores de empregos de sua propriedade e do incentivo para criar. Caso o argumento moral e este breve comentário econômico não sirvam, na sua opinião, eu sugiro que você leia e mande para quantas pessoas você possa o clássico elementar de Henry Hazlitt Economia em Uma Lição, e em particular este capítulo sobre obras públicas, que explica a miríade de falácias econômicas difundidas nesta nação em relação às obras públicas.
Na verdade, os únicos empregos que Barack Obama vai "criar" não vão ser empregos no sentido tradicional, mas cabides de emprego nos quais o setor privado, ou seja, indivíduos soberana e voluntariamente atuantes, nunca poriam dinheiro. E você pode apostar que eles serão empregos da União, pagando acima dos salários de mercado e certamente fazendo um uso ineficiente da propriedade, trabalho e capital de que os negócios de verdade fariam o melhor uso, se toda nossa economia não estivesse sendo hiper-regularizada ou socializada.
Um político não pode criar empregos, mas apenas remover os obstáculos à sua criação, permitindo a inovação, empreendedorismo e investimentos através da criação de uma estrutura legal estável, aplicada igualitariamente e a todos, e alicerçada na máxima liberdade individual, na santidade dos contratos e na proteção aos direitos de propriedade.
O trecho acima se refere às partes do "não pode" e "não vai" do título. Mas e a última parte? Um presidente americano sabotaria intencionalmente uma recuperação econômica?
Se alguém olhar objetivamente para as ações desta administração, não poderá chegar a outra conclusão. Embora seja nauseante de passar em revista, esta administração revogou contratos privados, transferiu perdas privadas para o público, socializou de direito ou de fato segmentos vitais da economia, hiper-regularizou as outras partes da economia, vilipendiou os indivíduos e empreendimentos privados (e, ao fazê-lo, acrescentou impostos escorchantes, tanto diretos quanto indiretos, pilhando o Tesouro e imprimindo dinheiro), designou certos grupos como "protegidos" em relação a outros (o que parece ser liberdade e justiça, para alguns), atacou nosso judiciário e, acima de tudo, criou um ambiente avesso a tudo que um político interessado em garantir uma economia próspera e florescente tentaria assegurar.
Barack Obama é o anti-fertilizante para nosso rico solo econômico. E ao contrário de FDR, por mais terrível e tirânico que tenha sido em relação à economia durante sua gestão, este presidente vê o mal do mundo como o bem e o bem como o mal. Sua única qualidade que se salva é sua arrogância sem precedentes, que pode ser, como para com tantos antes dele, sua desgraça.
Mas, voltando ao ponto: Se você fosse Barack Obama, por que você quereria garantir que a economia continuasse mal das pernas? Antes de mais nada, isto gera crise. Obama pode culpar o setor privado por não criar empregos e argumentar que o setor público deve dar uma mão ainda maior. Isto vai significar para ele mais gente com fome para exigir seguridade social ou empregos no governo, de modo que qualquer um que deseje possa ser vantajosamente empregado pelo estado e receber benefícios da união.
A falência da atividade privada também significa arrecadações mais baixas de impostos, que esta administração vai usar para defender aumentos de impostos sobre os ricos, atacando ainda mais os que produzem riqueza e criando déficits cada vez maiores.
Isto tudo é basicamente uma estratégia do tipo Cloward-Piven. O que não está claro, entretanto, são os fins Barack Obama, dados os fins horríveis de todos os estados socialistas.
Um observador objetivo sabe que mesmo que tivéssemos a administração mais intransigentemente pró-mercado no poder hoje, com um congresso e um judiciário amistosos, seria difícil por em ordem a bagunça fiscal em que está o nosso estado de bem-estar social e seria traumático reestruturar nossa economia privada. As pessoas em geral simplesmente não parecem conseguir aguentar ver o fim de todos os seus "benefícios", um termo equivocado como nunca vi; elas não conseguem ligar as coisas e ver que é o "bem-estar" em si que é o problema, como eu sustentei anteriormente. Elas também não parecem perceber a lição da história de que o setor privado retornaria relativamente rápido à prosperidade, como fizemos durante a recessão de 1920, e que, em todas as anteriores, o governo teve que sair do caminho.
Mas se Barack Obama está tentando implodir o sistema, e ele está tendo sucesso em fazê-lo, como ele sabe que as pessoas nesta nação não vão se rebelar? Será que ele supõe que as pessoas vão simplesmente demandar um governo que tome todas as suas decisões por elas? Talvez ele saiba que esta é uma batalha perdida, mas ele percebe que se nós pudermos nos manter no limite extremo, pelo menos ele terá acelerado o declínio rumo à transformação fundamental, inchando as contas e a folha de pagamento públicas, debilitando o setor privado o suficiente, enfraquecendo nossa moral e tornando as pessoas exponencialmente mais dependentes do governo. Mesmo que ele não consiga forçar o caminho até chegar a um coletivismo totalitário, ele ainda pode nos levar até perto o bastante para que se torne quase impossível revogar um estatismo maciço.
Até eu ver alguma prova em contrário, depois do pesadelo que foi o primeiro ano e meio desta administração, eu vou sustentar confiantemente que Obama e seu bando estão intencionalmente quebrando nossa economia. Vou sustentar confiantemente que esta administração não pode, não vai e não tem nenhum desejo de criar as condições necessárias para a criação de empregos. Tudo que podemos fazer em tempos como estes é ser a pior oposição leal que esta nação já viu.
Tradução: Larry Martins, editor do blog Dextra.
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