Casa Civil da Mãe Joana
Mídia Sem Máscara
Ubiratan Iorio | 23 Setembro 2010
Artigos - Governo do PT
Joana I (1326-1382), rainha da bela Nápoles e condessa de Provença, levava uma vida, digamos, desregrada e permissiva, chegada a fortes emoções. Por isso - já que naqueles tempos ainda havia respeito a valores morais - acabou sendo exilada para Avignon, na França.
Em 1347, aos 21 anos, a moça regulamentou os bordéis daquela cidadezinha, estabelecendo como norma que "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Em Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. No Brasil, o termo casa-da-mãe-Joana indica um lugar em que cada um faz o que quer.
Tal como na Casa Civil da Presidência da República, desde que seja parente, contraparente, militante, aliado ou protegido do rufião ou da alcoviteira da ocasião. E quem ousar denunciar a corrupção que lá campeia ainda tem que ouvir o chefão da Joana vociferar contra a liberdade de expressão e de imprensa.
Desejaria escrever mais, mas o sentimento de repulsa está bloqueando o meu teclado. A consciência? Esta já está indignada há muito tempo. Pobre Brasil.
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