Karl Marx, Hugo Chávez e Lula

Movimento Endireitar

Escrito por Wellington Moraes

Qua, 18 de Março de 2009 10:00

"O socialismo é totalitário não apenas na prática, mas na teoria: é a teoria do poder sintético, do poder total, da total escravização do homem pelo homem." (Olavo de Carvaho em A verdadeira direita)

Karl Marx e Hugo Chávez...

A imprensa tem noticiado nos últimos dias os “grandes avanços” do “socialismo do século XXI” na Venezuela. Hugo Chávez segue fielmente a fórmula marxista para a implantação de um regime totalitário: a concentração do poder político e econômico nas mãos do estado.

Na Mensagem da Direção Central à Liga dos Comunistas de 1850, Karl Marx e Engels prescreveram um plano estratégico de ação e os principais pontos do programa e das táticas marxistas para a implantação do “outro mundo possível”, o maravilhoso mundo socialista.

"Embora pouco conhecido e raramente estudada," diz o historiador inglês Robert Payne (Marx, Londres, 1968, p.239), a Mensagem da Direcção Central à Liga dos Comunistas é "um dos documentos mais importantes e seminais do século XIX", ela "agiu como uma bomba com um fusível atrasado, explodindo só no século XX". Este documento é, como afirmou Marx numa carta a Engels (13 julho, 1851), "no fundo nada mais que um plano de guerra contra a democracia".

Na recente notícia “Chávez promulga lei para controlar portos e aeroportos” vemos a doutrina marxista em plena execução. Num só golpe Hugo Chávez atinge dois dos seus principais objetivos: a destruição da República federativa ("o poder público regional, estadual e municipal jamais poderá estar acima do poder público nacional") e a centralização do poder nas mãos do estado (“Hugo Chávez, promulgou nesta terça-feira a lei que lhe permite assumir o controle dos portos e aeroportos do país, até agora administrados pelas autoridades locais”).

Passamos a citar a Mensagem de Marx e Engels:

“... os democratas ou trabalharão diretamente para uma República federativa ou, pelo menos, se não puderem evitar uma República una e indivisível, procurarão paralisar o governo central mediante o máximo possível de autonomia e independência para as comunas [municípios] e províncias [estados]. Frente a este plano, os operários têm não só de tentar realizar a República alemã una e indivisível, mas também a mais decidida centralização, nela, do poder nas mãos do Estado. Eles não se devem deixar induzir em erro pelo palavreado sobre a liberdade das comunas, o autogoverno, etc.”

Os comunistas devem: “Obrigar os democratas a intervir em tantos lados quanto possível da organização social até hoje existente, a perturbar o curso regular desta, a comprometerem-se a concentrar nas mãos do Estado o mais possível de forças produtivas, de meios de transporte, de fábricas, de caminhos-de-ferro, etc.”

Lula...

O sr. presidente da República deve estar muito contente com progresso do “socialismo do século XXI” na Venezuela, pois foi graças a ele, através do Foro de São Paulo, que Hugo Rafael Chávez Frías está metendo o povo venezuelano... numa fria.

"Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela.

E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política." (Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no ato político de celebração aos 15 anos do Foro de São Paulo São Paulo-SP, 02 de julho de 2005, disponível em: http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/pr812a.doc ).

Para uma análise mais detalhada do discurso do sr. presidente da República e do Foro de São Paulo confiram a publicação Mundo Real do Diário do Comércio, especialmente o artigo Lula, réu confesso.