Lesa-humanidade: UnoAmérica denuncia Evo Morales
Mídia Sem Máscara
| 23 Junho 2009
Internacional - América Latina
"Primeiro, a agressão foi planejada; segundo, a incursão foi noturna; terceiro, os agressores eram forasteiros; quarto, usou-se táticas militares; quinto, o objetivo era assassinar, lesionar, seqüestrar, torturar e encarcerar um setor da população por sua forma de pensar (opositores ao governo); sexto, violou-se o direito ao julgamento justo e ao devido processo; sétimo, negou-se o direito à informação (Habeas Data); e oitavo, em alguns casos, os corpos de segurança do Estado usaram armas de guerra para agredir cidadãos civis desarmados, e em outros, houve omissão cúmplice por parte dos funcionários militares e policiais".
Washington, 23 de junho - Representantes de várias Organizações Não-Governamentais (ONGs) latino-americanas acorreram esta manhã à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), localizada nesta capital, para acusar o governo boliviano por delitos de lesa-humanidade. Tais ONGs estão filiadas à União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica.
No passado mês de março, ativistas de direitos humanos provenientes da Argentina, Colômbia, Venezuela e Uruguai, realizaram um informe exaustivo sobre os atos de violência suscitados em setembro de 2008 no estado de Pando, e concluíram que os massacres perpetrados
UnoAmérica publicou ontem em sua página eletrônica um resumo da acusação, onde afirma que: "Primeiro, a agressão foi planejada; segundo, a incursão foi noturna; terceiro, os agressores eram forasteiros; quarto, usou-se táticas militares; quinto, o objetivo era assassinar, lesionar, seqüestrar, torturar e encarcerar um setor da população por sua forma de pensar (opositores ao governo); sexto, violou-se o direito ao julgamento justo e ao devido processo; sétimo, negou-se o direito à informação (Habeas Data); e oitavo, em alguns casos, os corpos de segurança do Estado usaram armas de guerra para agredir cidadãos civis desarmados, e em outros, houve omissão cúmplice por parte dos funcionários militares e policiais".
Nessa ocasião, o governo boliviano culpou a oposição pela violência, particularmente o governador de Pando, Leopoldo Fernández, que ainda permanece encarcerado injustamente até a presente data.
UnoAmérica assegura que "planejar enfrentamentos violentos e posteriormente culpar a oposição - para assim criminalizá-la e persegui-la - converteu-se em um modus operandi do governo de Evo Morales. Fatos similares aos de Pando ocorreram anteriormente em Cochabamba e em Sucre", diz o Informe.
A acusação foi entregue na sede da CIDH pelo deputado Wálter Arrázola Mendivil (Bolívia), pelo advogado e defensor de direitos humanos Jaime Arturo Restrepo (Colômbia), o ativista de direitos humanos Iván Restrepo (Colômbia) e o presidente de UnoAmérica, Alejandro Peña Esclusa, em representação das ONGs que elaboraram o Informe.
O documento foi redigido pelo Dr. Jaime Arturo Restrepo e está subscrito por: Asociación de Familiares Víctimas del Terrorismo (Perú), Asociación de Víctimas Civiles de
* Presidente de UnoAmérica
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