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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Intenções de Lula e omissões de Obama

Mídia Sem Máscara

Não obstante a catarata de agressões verbais da UNASUL, criada por Lula da Silva, com o duplo propósito de torpedear a presença política, militar e econômica dos Estados Unidos na América do Sul e ao mesmo tempo projetar a legitimação das FARC para derrocar o governo colombiano, o presidente Obama e a senhora Clinton mantêm um silêncio suspeito frente aos fatos e uma evidente deslealdade frente ao único aliado fiel que lhes resta na América Latina.

As abusivas declarações do chanceler brasileiro, Celso Amorim, segundo as quais os lança-foguetes suecos apreendidos das FARC são um assunto menor comparado com o legítimo direito que a Colômbia tem de fazer convênios internacionais para combater o terrorismo, visto como um pecado pelos conspiradores contra o país, deixou claro que o presidente Lula da Silva e muitos dos integrantes de seu gabinete citados nos computadores de Raúl Reyes são sim, cúmplices das FARC. Porém, em contraste o presidente Obama e sua leviana Secretária de Estado, Hillary Clinton, seguem o jogo da dupla moral, característica de muitos dirigentes democratas norte-americanos ao longo da história dos Estados Unidos.

Nenhuma pessoa sensata ou com suficiente clareza mental pode entender a atitude silenciosa e trânsfuga da atual administração da Casa Branca para com a Colômbia.

Resulta incrível que a administração Obama tenha ficado calada como se este não fosse também um problema seu, enquanto os comunistas do hemisfério, em bandos como hordas, arremeteram contra a Colômbia por permitir a instalação de pessoal militar norte-americano em bases estratégicas da Força Aérea Colombiana, com a finalidade de combater desde a fonte de origem o flagelo do narco-terrorismo que, por triplo conjunto de ações, afeta a segurança nacional dos Estados Unidos, a estabilidade hemisférica e a continuidade da liberdade e independência colombianas.

Não obstante a catarata de agressões verbais da UNASUL, criada por Lula da Silva, com o duplo propósito de torpedear a presença política, militar e econômica dos Estados Unidos na América do Sul e ao mesmo tempo projetar a legitimação das FARC para derrocar o governo colombiano, o presidente Obama e a senhora Clinton mantêm um silêncio suspeito frente aos fatos e uma evidente deslealdade frente ao único aliado fiel que lhes resta na América Latina.

Parece que eles não entenderam que a atual ordem continental é designada pela futilidade chavista, o nacionalismo mexicano e o oportunismo populista dos governantes intermediários. É como se Hillary e Obama se somassem aos que duvidam (por estupidez ou por identidade ideológica) que Lula é um dos padrinhos das FARC, quiçá o principal.

Porém, para todos eles há um sério alerta. As peçonhentas declarações do chanceler Amorim e a frustrada emboscada que os cúmplices das FARC planejavam contra Uribe na UNASUL, corroboram a conduta acanalhada e velhaca do governante brasileiro em relação ao conflito colombiano e a projeção continental, atitude que foi secundada pela presidenta chilena, outra furibunda idólatra do ditador cubano e inimiga soterrada dos Estados Unidos.

Muitos analistas da geopolítica e da geoestratégia perguntam com evidente preocupação: qual é a verdadeira posição de Barack Obama em torno do ocorrido em Honduras e com o que sucede agora com a Colômbia?

Por mais que se dê voltas no assunto, tudo enfoca a demonstrar que o chamado "pragmatismo da política exterior gringa" consistente em não ter política exterior para deixar "os aliados pendurados na brocha", parece ser um traço cultural da bancada democrata, como por exemplo, o intencional esquecimento para com os combatentes cambojanos no Vietnã, ou a dupla moral de Carter frente aos terroristas islâmicos, ou ainda a inexplicável repugnância da administração Clinton para qualificar as FARC como narco-traficantes e terroristas, apesar de ter provas suficientes.

Esta acusação ocorreu na era Bush, porém, só depois de ocorridos os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, devido a que Raúl Reyes tenha dito que esse havia sido o dia mais feliz de sua vida, e Mono Jojoy declarou objetivo militar todas as empresas e os cidadãos norte-americanos que estivessem na Colômbia.

Ao mesmo tempo em que os democratas gringos navegam indiferentes acerca do calculado abandono aos aliados leais ao povo e aos princípios libertários que regem a nação mais livre e poderosa do planeta, todos os peões de Fidel Castro, incitados por Lula e financiados por Chávez, se dedicam a promover a queda da Colômbia, o auge das FARC como grupo político e a saída dos Estados Unidos da região.

É evidente que a emboscada contra a Colômbia que os membros do Foro de São Paulo auspiciados por Lula da Silva planejavam, tinha como propósito insistir com Uribe no "acordo humanitário" com as FARC nas condições impostas pelos terroristas e seus cúmplices - que no fundo procura legitimar os terroristas com embaixadas incluídas -, converter a ópera bufa da UNASUL em um juiz de fato às decisões autônomas e autárquicas da Colômbia soberana, e suplantar a cada vez mais desgastada OEA.

Porém, nem os gringos nem os meios de comunicação, nem os sisudos analistas que sabem mais do conflito do que aqueles que sacrificam até suas vidas em defesa da institucionalidade, questionam Lula e Bachelet: por que em lugar de se opor a que a Colômbia combata o terrorismo, antes não colaboram na captura dos terroristas que se movem por seus países como peixes na água, ou por que não questionam na UNASUL as arbitrariedades de Chávez ao fechar emissoras ou entregar armas às FARC? Ou por que não põem no pelourinho público o delinqüente de colarinho branco que mal-governa o Equador?

Essa sim, seria uma UNASUL com critério e objetivos válidos. No momento, tal e como funciona, a UNASUL é uma organização tipo miscelânea de países que têm mais de UNAFARC e de servilismo ao ditador cubano, que de projeto geopolítico benéfico à sociedade de países que acudiram ao chamado embusteiro de Lula da Silva.

Em síntese: Lula, Chávez e Correa estão mais preocupados em proteger às FARC de qualquer operação similar à "Fênix" ou "Cheque" e tirar Álvaro Uribe do caminho, do que em colaborar no desenvolvimento harmônico da Colômbia dentro do contexto do mundo moderno, ou da suposta paz que dizem querer para o país.

Não obstante, na Colômbia os embusteiros e os desfocados andam imersos na estupidez funcional de sempre. Coqueteiam com Noemí, sem entender que com esta nova candidatura presidencial a vaidosa mulher só procura figuração eleitoral, para garantir um ministério ou outra embaixada no próximo período presidencial.

Outros estão impregnados dos conchavos de Cesar Gaviria, ou das trapaças de Carlos Gaviria, etc., etc. Nenhum deles pensa na Colômbia. Navegam no mar do egoísmo e da possibilidade de ter à sua disposição o fisco nacional para desocupá-lo com as duas mãos.

Nessa ordem de idéias, os acontecimentos externos e internos corroboram com fatos que o reconhecido trabalho do presidente Uribe requer indiscutível continuidade e que, para rematar, com exceção do ex-ministro Arias não há outro dirigente com a disposição pessoal, a inteligência e a visão integral do problema para acabar a obra iniciada, e para pôr os vândalos da UNASUL em seu devido lugar.

Porém, claro, também se necessita que o atual presidente dos Estados Unidos diga com franqueza qual é sua posição a respeito, ou se sua visão geopolítica do hemisfério é tão míope que se limita a torpedear o necessário TLC entre os países, para servir de caixa de ressonância às trapaças dos comunistas no hemisfério, a tirar a brasa com a mão alheia para que a Colômbia ponha os mortos e a juventude norte-americana os consumidores das drogas, enquanto que com esses dinheiros se financiam os terroristas que agradam igualmente aos povos colombiano e norte-americano.

Em todo este imbróglio, cai como o anel no dedo a frase do general Mc Arthur: "A história do fracasso das guerras pode-se resumir em duas palavras: demasiado tarde"...

Oxalá que não seja tarde para a Colômbia e o hemisfério, pois embora a Guerra Fria tenha passado de moda, em outros cenários geopolíticos os cavernosos comunistas latino-americanos crêem que o totalitarismo marxista-leninista ainda está vigente, idolatram o ditador cubano e impulsionam as FARC para que assassinem a vida em primavera dos colombianos, com a finalidade de integrar todo o continente ao etéreo Socialismo do Século XXI.

* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarín.co.nr

Título original: Lula peló el cobre mientras Obama saca La brasa com mano ajena

Fonte: http://www.eltiempo.com/blogs/analisis_del_conflicto_colombiano/2009/08/lula-pelo-el-cobre-mientras-ob.php

Tradução: Graça Salgueiro

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