Condições para aceitar racionamentos
Mídia Sem Máscara
| 10 Março 2010
Internacional - América Latina
É inaceitável a designação do general cubano Ramiro Valdez como gestor da crise. Chávez deve romper de imediato suas relações com grupos terroristas e com o fundamentalismo islâmico, dedicando o que resta de seu governo a resolver os problemas nacionais, e não a exportar sua revolução.
A crise elétrica vivida pela Venezuela é responsabilidade unicamente do governo, que dilapidou nossos recursos em sua absurda revolução socialista, em vez de intervir em plantas termoelétricas. Não nos resta outro remédio que colaborar para evitar o colapso do sistema elétrico nacional, porque, se se materializar, trará conseqüências similares a um terremoto, afetando-nos a todos por igual.
Entretanto, não devemos aceitar racionamentos mansamente, como se não existisse um culpado. Por isso, cada vez que possamos, devemos expressar nosso descontentamento exigindo em voz alta algumas condições, como as seguintes:
Primeiro: O governo deve deixar de mentir e deve assumir sua responsabilidade. A crise elétrica não é culpa do El Niño mas da corrupção, da inaptidão e da falta de investimento.
Segundo: O esquema de multas e de penalidades para os que não reduzam o consumo elétrico é cínico e imoral. O governo pune os inocentes, que não tiveram nada a ver com a crise, enquanto foge de sua própria culpa.
Terceiro: Esta crise demonstra que o oficialismo não tem autoridade moral para continuar governando. A emenda constitucional que permite a reeleição de Chávez é inaceitável. Não pode continuar governando quem nos afundou na barbárie.
Quarto: Se o governo quer a colaboração dos venezuelanos na crise, deve abandonar seu projeto socialista, soltar os presos políticos e deixar de perseguir os meios de comunicação e aos que pensam diferente.
Quinto: Para resolver esta crise, o governo deve abandonar sua soberba, pedindo ajuda aos experts venezuelanos que conhecem o tema, e solicitando apoio aos países civilizados, em vez de acudir aos governos comunistas ou foragidos. Nesse sentido, é inaceitável a designação do general cubano Ramiro Valdez como gestor da crise.
Sexto: Chávez deve romper de imediato suas relações com grupos terroristas e com o fundamentalismo islâmico, dedicando o que resta de seu governo a resolver os problemas nacionais, e não a exportar sua revolução.
Estas simples recomendações a meus compatriotas não procuram uma resposta razoável por parte do governo. É óbvio que não interessa a Chávez nossa opinião. Contudo, é absurdo que nos obriguem a viver como na época das cavernas, sem que haja um reclamo de nossa parte.
Cedo ou tarde o descontentamento coletivo expressado abertamente e de viva voz, obrigará o governo a retroceder em seu projeto. O silêncio é a pior opção.
Tradução: Graça Salgueiro
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