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quinta-feira, 11 de março de 2010

A impostora "Teodora Bolívar" e o informe sobre as FARC

Mídia Sem Máscara

É isto que o governo brasileiro apóia e ainda tem o descaramento de dizer que "as FARC não são terroristas" mas sim, "vítimas do terrorismo de Estado".

O Notalatina hoje volta a falar das FARC, conforme eu havia prometido. Antes, porém, quero agradecer de coração à generosidade dos leitores e amigos que têm feito contribuições voluntárias à manutenção deste blog. Que Deus os cumule de bênçãos e os faça abundatemente prósperos, não só material como espiritualmente. Ainda a respeito das doações, quero avisar que já foi acrescentado o nome do banco, no banner ao lado, e que em breve também terei PayPal, atendendo solicitações.

Mas vamos ao que interessa. Desde o início do ano passado as FARC, querendo parecer magnânimas aos olhos do mundo, informaram que iriam libertar o cabo Pablo Emilio Moncayo, que depois se estendeu ao soldado Daniel Calvo, o primeiro seqüestrado há 12 anos, além dos restos mortais do capitão Julián Guevara, morto por maus tratos e falta de assistência médica enquanto estava em cativeiro. A respeito deste capitão, podemos acusar, seguramente, que ele foi torturado lentamente e assassinado pelas "humaníssimas" FARC, pois nos relatos contidos nos livros "Lejos del Infierno", escrito pelos três norte-americanos libertados na "Operação Xeque", e "Operación Jaque", do Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido, todos coincidem em revelar com detalhes o sofrimento deste militar que padecia de tuberculose e uma enfermidade na perna mas, mesmo assim, tinha de fazer longas caminhadas pela selva carregando um pesado fardo nas costas. Sem repouso, tratamento médico e alimentação adequada, morreu à míngua em 2006, depois de estar cativo há 8 anos. O mais cruel nisso tudo é que sua mãe só soube que ele havia morrido quando os militares libertados informaram do ocorrido, pois as "humaníssimas" FARC apenas o enterraram em uma vala comum, livrando-se assim de um peso a mais para carregar.

Na ocasião em que as FARC fizeram este anúncio dizia-se que, até abril de 2009, o ato seria consumado. Já era por demais sabido do Governo e Militares da Colômbia, tanto daqueles estudiosos do tema, que isto era apenas uma modalidade de chamar novamente a atenção da mídia sobre si, além de jogar uma cortina de fumaça que lhes permitisse continuar com suas ações criminosas e jogar a culpa pela demora na entrega - que já estava planejada - no presidente Uribe. Dito e feito.

O ano inteiro passou-se e as FARC seguiram com seus atos terroristas, seus seqüestros, sua venda de drogas que lhe rendeu só no ano passado 8 bilhões de dólares. Nada mudou, nem uma só vírgula nesta prática abominável, apenas alguns novos atores entraram na cena patética, também buscando protagonismo e dividendos pessoais. Recorrendo apenas à memória, para não alongar muito o texto, só em dezembro as FARC seqüestraram e assassinaram brutalmente os líderes afro-descendentes Manuel Moya e Graciano Blandón, em 17 de dezembro, e em 22 do mesmo mês, o governador do Caquetá, Luis Francisco Cuéllar Carvajal, foi seqüestrado em sua casa em trajes de dormir, torturado, degolado e abandonado em uma estrada no mesmo dia do seqüestro. Tudo isto foi feito pela "Coluna Teofilo Forero".

E enquanto "agiam", estes monstros inventavam mil e uma desculpas para não cumprir a promessa, sempre alegando que a culpa era do presidente Uribe e suas Forças Militares; depois, vieram com exigências não só da participação do Bispo de Bogotá, como de uma força mediadora externa, além de sua porta-voz "Teodora Bolívar", alcunha da senadora Piedad Córdoba e da Cruz Vermelha Internacional. Aceitaram a participação - muito providencial - do Brasil mas até hoje não entregaram o documento autorizando a chancelaria brasileira. O presidente Uribe denunciou que a demora na entrega não era responsabilidade do Governo que havia aceitado todas as exigências feitas, e alegou que estava havendo uma manipulação eleitoral por parte das FARC e da própria Teodora, uma vez que as eleições estavam próximas.

No próximo domingo, 14 de março, haverá eleições na Colômbia para o Parlamento. Então Teodora, em nome de sua ONG "Colombianos pela Paz", decidiu suspender a entrega dos seqüestrados e adiar para a segunda quinzena de março (entre 15 e 20), demonstrando com uma clareza meridiana que tanto para esta comunista ordinária, quanto para seus patrões das FARC, a liberdade dos seqüestrados, a dor das famílias e sobretudo o respeito pela vida humana, não passam de um jogo de palavras para iludir incautos, e que para atingir suas metas, vale a combinação de todas as formas de luta. Essas pessoas que se danem, pois enquanto estiverem em seu poder, não passarão de mercadoria de troca e uso pessoal!

Vejam no fim desta edição o vídeo que mostra esta impostora explicando os motivos de sua proposta, onde ela diz textualmente: "Queremos evitar esse tipo de suspeitas e para que no governo, também utilizando isto, deixem de torpedear a liberação". Quer dizer, apenas por denunciar seus planos macabros, o governo está impedindo que eles cumpram com a promessa feita, não é uma maravilha, isso? Pois bem, vejam que está "torpedeando" a liberação.

As FARC declararam em um "Memorando", escrito para não sei quem, o seguinte:

"Segundo: Nós não somos guerreiristas, nem lutamos por vinganças pessoais, não temos patrimônios materiais nem privilégios que defender, somos revolucionários comprometidos em consciência e até sempre, com a busca de uma sociedade justa e soberana; profundamente humanistas, desprovidos de qualquer interesse pessoal mesquinho, que amamos nossa pátria acima de tudo e obrigados a desenvolver a guerra contra uma classe dirigente ajoelhada ao império, que tem utilizado de maneira sistemática a violência e o atentado pessoal como arma política para se sustentar no poder, desde 25 de setembro de 1828 quando pretendeu assassinar o Libertador Simón Bolívar, até hoje, em que pratica o Terrorismo de Estado para manter o status quo".

Clicando sobre "Memorando" acima, pode-se ler o delírio completo e depois propor a santificação em vida de tão doces criaturas. E são estes anjos de candura e "profundos humanistas" que estão planejando o que traduzo abaixo, não sem antes indicar três notas publicadas no jornal "El Tiempo", só deste fim de semana: "Exército resgatou um padre de 70 anos, seqüestrado pelas FARC"; "O presidente Uribe denunciou plano das FARC para assassinar o Governador do Huila"; "Exército frustrou atentado que seria dirigido contra o ex-seqüestrado Orlando Beltrán Cuéllar".

Segue abaixo, então, um Informe de Inteligência que recebi de um oficial do Exército da Colômbia, detalhando os planos para este ano destes monstros narco-terroristas. E é isto que o governo brasileiro apóia e ainda tem o descaramento de dizer que "as FARC não são terroristas" mas sim, "vítimas do terrorismo de Estado", negando-se a colaborar com o presidente Uribe mas lutando para que tornem-se um partido político. Tenho muito, mas muito mais coisas sobre este bando do que minha disponibilidade de tempo permite publicar. Mas, aos poucos, vou contando e denunciando a cumplicidade do governo brasileiro nesta patifaria criminosa que está ajudando a matar 50 mil brasileiros por ano. O que vocês vão ler agora não vai sair em nenhuma mídia brasileira mas, daqui há algum tempo, alguém vai copiar, divulgar pela rede inteira como "grande novidade" e me mandar, para que eu fique "bem informada". Brasileiro é assim... Fiquem com Deus e até a próxima!

*****

Informes de Inteligência

Campanhas: "Raúl Reyes"e "Admirável Ano Bicentenário"

De acordo com informações de inteligência sem confirmar, tem-se conhecimento de que o Secretariado das FARC iniciou uma ofensiva terrorista e "diplomática" denominada "Campanha Raúl Reyes", cujo objetivo é devolver a importância da figura da permuta e retomar a iniciativa política. A intenção é igualmente procurar que durante as campanhas, especialmente a presidencial, o cidadão comum perca a credibilidade ante a Segurança Democrática e se questione sobre os avanços em segurança que o atual Governo apregoa.

Esta campanha está sob a responsabilidade direta de Alfonso Cano e Joaquín Gómez; o fator econômico dependerá do Bloco Oriental. Para o anterior, determinou-se:

- Reativar 6 colunas móveis estratégicas que estavam sem operar, já que só estavam ativas a Arturo Ruiz e a Teófilo Forero, assim:

- Colina Marcos Sánchez para o Bloco Caribe, nos estados de Bolívar e Sucre;

- Coluna Oliverio Rincón e Juan José Rondon para o Bloco Oriental, com a finalidade de apoiar as Frentes 1, 16, 39 e 44 em Vaupés, Vichada e sul-oriente de Meta;

- Coluna Daniel Aldana Restrepo para o comando Conjunto do Ocidente, Sul do estado de Tolima e reforço às Frentes 29 e 60 em Cauca e Nariño;

- Coluna Alvear Restrelo para o Bloco José Maria Córdoba em Antioquia, Choco e Córdoba.

Levar a cabo atividades de inteligência para cumprir missões tais como:

- Procurar vulnerabilidade da tropa e sustentar combates com o fim primordial de seqüestrar soldados;

- Propiciar o maior número de baixas na Força Pública;

- Restabelecer os denominados "postos de vigilância ilegais"sobre os principais entroncamentos do pais, especialmente na via Bogotá-Medellín, Costa Atlântica, Buenaventura-Cali e Cali-Ipiales;

- Seqüestrar no mínimo 5 generais da reserva e/ou um alto comando da ativa, e/ou um empresário;

- Cada bloco deve procurar seqüestrar dois candidatos ao Congresso, durante os deslocamentos de campanha;

- Reativar campanhas móveis para Bogotá e seus arredores, encabeçadas pelo terrorista cognominado "El Zarco" ou Aldinever e "Romaña";

- Efetuar presença novamente em corregimentos onde os postos de polícia estejam diminuídos em seu pessoal.

- Em nível internacional, começa a campanha "Admirável Ano Bicentenário", onde:

- Dão-se as diretrizes para todos os membros, grupo, comandos, apoios em todo o mundo, para relançar a plataforma de luta das FARC, promover campanhas novamente contra as bases militares, promover o recebimento do maior número de Governos possíveis a esta ação diplomática. Anteriormente, programaram participar em todos os foros latino-americanos do ano bicentenário, demonstrando que o único país que não se tornou independente é a Colômbia. Exporão livros, vídeos, propaganda, etc. No encontro do Movimento Continental Bolivariano (MCB), enviou-se material a vários países.

- Abandona-se a Venezuela como centro de direção estratégico para evitar incidentes e ficam dependendo de um segundo e terceiro país para dar vida ao MCB.

- Abrem-se dois escritórios na Europa que serão administrados por pessoas no exílio, com uma nova política de trabalho.

- Buscam a possibilidade de obter salvo-condutos em vários países para IVÁN MÁRQUEZ e 10 guerrilheiros mais, que serão a direção geral da Frente Internacional.

- Incrementa-se o orçamento para esta Frente a 8.5 milhões de dólares ao ano.

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