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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A última da Marta Suplicy

Mídia Sem Máscara

São os amigos ideológicos de Marta Suplicy que trabalham para gerar esse estado de coisas, subvertendo a moral, recompensando com ajuda estatal a dissolução da família, minando toda noção de autoridade, incluindo a dos pais sobre os filhos.

Se alguém incendiasse a casa de Marta Suplicy e espancasse seus filhos, ela diria que o criminoso “exigia o direito de ser ouvido por um sistema que o ignora”. É o que se conclui do comentário da senadora petista sobre os incêndios, saques e espancamentos na Inglaterra.

Em artigo na Folha de S. Paulo do último sábado, “Juventude e rebelião”, Marta brinca com a nossa cara e diz: aqueles jovens explodiram porque o governo cortou gastos públicos. Os vândalos agiram porque “a apatia social, gerada pela falta de oportunidade e de cultura, e o desinteresse pelo mundo, propiciado pela impossibilidade de acesso ao consumo, geraram raiva e rebeldia contra um sistema que os ignora”.

E a petista continua: “A Londres de hoje, com reduções draconianas nas despesas públicas e nos investimentos sociais, atinge o desemprego de jovens não qualificados. Um sistema que desemprega, oprime e humilha nos faz entender o porquê de uma multidão obedecer a um tuíte desses: ‘Largue o que você estiver fazendo e vá badernar e roubar tudo em volta‘. A tecnologia fez diferença”.

Antes de seguir faço duas observações. Primeiro, eu também não sei o que significa “atingir o desemprego”. Segundo, a pobreza e a opressão em que vivem os jovens ingleses causam inveja: eles têm equipamentos eletrônicos com acesso à Internet para desabafar suas humilhações e seguir ordens criminosas.

E seguiram com gosto, incendiando e depenando lojas, atacando pedestres, derrubando motoqueiros, aterrorizando a vizinhança. Vimos na televisão os detidos. Nenhum tinha cara de miserável, de esfomeado. Eram ingleses bem alimentados pelo estado de bem-estar social, impregnados de jargões esquerdistas contra
o sistema.


Questionados pela BBC sobre a razão daquilo, os selvagens respondiam que era “culpa dos ricos” e desdenhavam da repressão declarando que receberiam da polícia, no máximo, uma notificação por mau comportamento. No meio deles havia crianças de nove anos. Os pais? Não se sabe onde estavam.

São os amigos ideológicos de Marta Suplicy que trabalham para gerar esse estado de coisas, subvertendo a moral, recompensando com ajuda estatal a dissolução da família, minando toda noção de autoridade, incluindo a dos pais sobre os filhos, e garantindo aos criminosos o direito humano de cometer crimes sem punição – especialmente se forem jovens, essa classe tão mimada.

E, no início, os delinqüentes não encontraram resistência. Pois o nefelibatismo politicamente correto já fez na Inglaterra o que vem fazendo aqui: a polícia praticamente não usa arma. Alguns tiros pra cima, e a baderna teria acabado em cinco minutos.

Publicado no jornal O Estado.

Bruno Pontes é jornalista – http://brunopontes.blogspot.com

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