Conseqüências político-estratégicas da eleição de Petro
Mídia Sem Máscara
Escrito por Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 04 Novembro 2011
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
É curioso, tragicômico e contraditório que Petro agora pose de conciliador e boa pessoa, em que pese ter encabeçado hordas terroristas.
Da mesma forma que em todas as eleições dos últimos 20 anos na Colômbia, a imprensa e os partidos políticos desataram aluviões informativos que se convertem em tempestades passageiras, para dar passagem aos questionados governos e ineficiências administrativas de sempre. E desta vez, depois da tempestade não vem a calma.
O triunfo eleitoral de Gustavo Petro, terrorista desmobilizado do M-19 para a prefeitura de Bogotá, é um ruidoso alerta para as liberdades democráticas na Colômbia, um sério chamado à denominada centro-direita e uma grave advertência aos colombianos sensatos de que o Foro de São Paulo não só continua apoiando as FARC, senão que segue empenhado na farsa de enfiar o paquidérmico comunismo cubano no país.
Neste caso, têm altíssima probabilidade de ser certos os adágios populares tais como “vaca ladrona volta à porteira”, “o que se herda não se furta”, e “o que foi não deixa de ser”. Os comunistas são fundamentalistas e nunca mudam sua obtusa visão da realidade política. A única opção válida é o totalitarismo escravizante, o resto é luta de classes, até quando chegar a vitória comunista e a imposição de uma tirania similar à cubana, à chinesa, à vietnamita ou à norte-coreana. O objetivo é destruir o capitalismo e as democracias liberais.
Durante o primeiro governo de Uribe, Petro desatou uma feroz campanha orientada a buscar a queda do presidente. Por trás dessa veemente agressividade verbal estava seu amigo Hugo Chávez que, por estranha coincidência, agora é o “melhor amigo” de Santos. Qualquer leigo em política presumiria que essa intervenção de Chávez não se limitou só à “solidariedade de classe” senão que pode ter ido mais longe, como se rumorou ao redor da campanha do “movimento progressista”.
É curioso, tragicômico e contraditório que Petro agora pose de conciliador e boa pessoa, em que pese ter encabeçado hordas terroristas, participou de crimes de lesa-humanidade e militou em um grupo criminoso que traficou coca, destruiu a sede da Corte Suprema de Justiça e massacrou vários magistrados.
Porém, como nada sacia o apetite voraz dos comunistas, o terrorista desmobilizado já exteriorizou que desde seu cargo vai fazer política partidista (o que é ilegal para funcionários públicos), e assim estender seus tentáculos para ter candidatos ao Congresso e evidentemente para ser presidente da República como súdito da ditadura cubana.
Chama atenção a ingenuidade da imprensa que não quer ver a dimensão do histórico erro dos eleitores bajuladores e a estultícia dos que acreditaram em seu populismo, somado à vaidade de Peñalosa, Gina e Galán que, em vez de se unir, atuaram egocêntricos e convencidos de que cada um deles é a personificação de Deus no planeta, portanto, nenhum cedia ante a idéia de se unir. É o que a terra dá e não há adubo para melhorar a colheita.
O desafio está lançado. Ou os que têm idéias de tirar a Colômbia do atoleiro se unem ao redor de projetos políticos consistentes e coerentes de benefício para o país, ou virão novas surpresas por parte dos comunistas financiados pelos petrodólares de Chávez e a coca das FARC, assim como pelo respaldo internacional e ingerência nos assuntos colombianos de Dilma, Evo, Correa, Ortega, Chávez e os demais correligionários de Petro.
A baixa votação indica que os colombianos não acreditam nos politiqueiros tradicionais e não querem mais nada deles. Urge o aparecimento de líderes regionais para escolher senadores e representantes à Câmara, que cheguem ao Congresso para defender as liberdades democráticas, combater a corrupção, e fechar a passagem ao narco-terrorismo comunista e seus cúmplices. Evitar o populismo esquerdista que se aproxima mais da miséria cubana do que da excelência política da Suécia ou Noruega, e a construir uma Colômbia projetada para cem anos adiante em infra-estrutura, segurança social, defesa nacional, relações internacionais, educação e iniciativa privada sobre a arcaica visão estatizante da economia.
Os resultados eleitorais do passado 30 de outubro em Bogotá, implicam no aparecimento de líderes novos em todos os níveis da administração pública colombiana, com duas tarefas definidas: erradicar a presença de politiqueiros tradicionais para tirar do cenário político os sobrenomes de sempre e, segundo, para evitar que a Colômbia caia nas garras do totalitarismo comunista, ou na órbita dos peões da ditadura cubana, na qual já gravitam o Brasil, Equador, Bolívia, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Argentina e Nicarágua.
Nunca antes a continuidade da democracia e da liberdade na Colômbia haviam estado tão em suspense. Não há pior cego que aquele que não quer ver o que há por trás da escura nuvem negra.
Tradução: Graça Salgueiro
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