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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Se eu fosse esquerdista…

Mídia Sem Máscara

Dezenas de presos soltos do corredor da morte saíram para matar novamente. Ninguém sabe exatamente quantos, mas é muito maior do que o número de inocentes que foram executados nos Estados Unidos (o que, pelo menos desde 1950, é zero).


Se eu fosse esquerdista, teria passado a última semana em choque depois que espectadores democratas em Flint, Michigan, ovacionaram o vice-presidente Joe Biden ao descrever o assassinato de um policial. E se eu fosse uma esquerdista desesperada para manter meu emprego na MSNBC, eu diria que os democratas têm “orgasmos” ao saber de policiais mortos (como afirmou Chris Matthews a respeito de espectadores republicanos que aclamaram a pena de morte).

Os espectadores de Biden vibraram e aplaudiram em Flint na semana passada quando ele afirmou que, sem a lei do emprego de Obama, a polícia ficaria “mais armada e mais numerosa”. Forte aplauso!

Acredito que os esquerdistas diriam que estavam aplaudindo porque acreditam que a lei do emprego iria prevenir esses assassinatos. O que me faz lembrar: Os republicanos também acreditam que a pena de morte previne assassinatos!

Qual crença está mais próxima da realidade?

Caso eu ainda não tenha mencionado, Kenneth McDuff foi solto do corredor da morte depois que a Suprema Corte revogou a sua pena em 1972, e logo em seguida ele matou mais de uma dúzia de pessoas.

William Jordan e Anthony Prevatte foram sentenciados à morte em 1974 por terem sequestrado e matado um professor e levado seu carro. Eles levantaram suspeita porque foram vistos arremessando a arma do crime para fora do carro enquanto fugiam da polícia em alta velocidade, e porque estavam com a carteira, a pasta e o relógio da vítima.

A Suprema Corte da Georgia revogou a pena máxima graças ao voto do juiz Robert H. Hall, nomeado pelo então governador Jimmy Carter.

Hall afirmou que as penas de morte não eram válidas, sob o argumento imbecil de que o júri havia escutado o promotor dizer que o juiz e o tribunal teriam a oportunidade de rever a pena de morte, o que os teria feito não levar o seu papel tão a sério.

Então, se tivesse sido o contrário, o tribunal teria revogado as penas de morte com o argumento de que o júri não havia se levado a sério porque entendeu erroneamente que não haveria apelação da sentença.

Prevatte mais tarde foi liberado da “prisão perpétua” e assassinou a namorada. Jordan fugiu e nunca mais foi visto.

Enquanto presidente, Carter nomeou Hall juiz federal.

Darryl Kemp foi condenado à morte na Califórnia em 1960 pelo estupro e assassinato de Marjorie Hipperson, além do estupro de duas outras mulheres. Mas ele ficou no corredor na morte por tempo suficiente (12 anos) para que a pena de morte fosse declarada inconstitucional. Kemp ganhou condicional cinco anos depois e, após quatro meses, estuprou e assassinou Armida Wiltsey, mãe e esposa de 40 anos.

Ele não foi capturado na época, e passou os 25 anos seguintes estuprando (e provavelmente assassinando) inúmeras mulheres. Em 2002, seu DNA foi identificado no sangue encontrado nas unhas do corpo de Wiltsey. Embora Kemp estivesse cumprindo “prisão perpétua” por estupro em uma prisão no Texas, estava há meses de ganhar liberdade condicional quando foi trazido de volta à Califórnia pelo assassinato de Wiltsey.

Seu advogado argumentou que ele estava velho demais para a pena de morte. O argumento não foi aceito, e em 2009 Kemp foi mais uma vez condenado à pena máxima. Agora ele está no corredor da morte, e talvez fique tempo o suficiente para que sua pena seja mais uma vez declarada inconstitucional, e seja solto novamente para cometer mais estupros e assassinatos.

Dezenas de presos soltos do corredor da morte saíram para matar novamente. Ninguém sabe exatamente quantos, mas é muito maior do que o número de inocentes que foram executados nos Estados Unidos (o que, pelo menos desde 1950, é zero).

E qual é a prova dos esquerdistas de que haverá mais estupros e assassinatos se a lei do emprego de Obama não passar? Biden afirma que, sem ela, não haverá policiais suficientes para impedir uma mulher de ser estuprada em sua própria casa (o que seria uma enorme demonstração de trabalho e talento psíquico da polícia, se tivesse acontecido). É por isso, esquerdistas, que os americanos gostam de armas. A lei do emprego enfrenta o problema dos estupros e assassinatos dando aos estados US$ 30 bilhões... para professores de escolas públicas.

Apenas US$ 5 bilhões se destinam à polícia, mas tudo o que escutamos a respeito dos estupros e assassinatos é que os democratas são totalmente contra (se ser “contra” estupros e assassinatos significar dar dinheiro a professores de escolas públicas e não prender nem executar estupradores e assassinos).

E finalmente, será que a cidade de Flint usou um pouquinho dos fundos liberados pela lei de estímulo de Obama (de US$ 1 trilhão) para contratar mais policiais e prevenir estupros e assassinatos? Não. Flint gastou US$ 2,2 milhões da última lei de estímulo para comprar dois ônibus elétricos.

Mesmo se o que Flint precisasse fossem ônibus, e não policiais, com US$ 2,2 milhões a cidade poderia ter comprado sete novos ônibus a diesel e ainda tinha sobrado US$ 100 mil para a iluminação pública.

Em vez de reduzir as taxas de estupros e assassinatos, gastar dinheiro com ônibus “ecológicos” pode até aumentar a criminalidade, uma vez que os cidadãos terão que esperar muito mais tempo nos pontos por esses dois ônibus.

Será uma longa espera: os ônibus “ecológicos” nunca foram entregues porque a empresa faliu, apesar do empréstimo de US$ 1,6 milhões do contribuinte americano.

Mas se eu fosse esquerdista, não iria admitir esses fatos, e nenhum outro. Iria fechar meus olhos, tapar os ouvidos, exigir que a MSNBC demitisse Pat Buchanan e que a Comissão Federal de Telecomunicações fechasse a Fox News; iria fingir acreditar que projetos “ambientais” financiados com dinheiro público e as contratações de professores de escolas públicas são as únicas coisas que nos separam do Armagedom.


Tradução: Luis Gustavo Gentil

Título Original: If I were a liberal…

Fonte em português: www.juliosevero.com

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