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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O massacre de seqüestrados pelas FARC e a inépcia de Santos

Mídia Sem Máscara

Escrito por Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 28 Novembro 2011
Internacional - América Latina

O comunismo continua matando na América Latina.


Nota da tradutora:

O fato a que o autor se refere foi um massacre ocorrido neste sábado (26.11), em que as FARC fuzilaram três policiais e um sargento do Exército seqüestrados há 13 e 14 anos respectivamente, mandando-os deitar no chão e disparando contra suas cabeças. Um deles foi fuzilado pelas costas tentando fugir. As quatro vítimas levaram quase todos esses anos acorrentados em árvores, e no momento do covarde assassinato estavam acorrentados, pois encontrou-se junto aos corpos as correntes que os prendiam às árvores. O seqüestrado mais antigo em cativeiro, o sargento do Exército José Libio Martínez, completaria 14 anos de cativeiro em 21 de dezembro, e sequer chegou a conhecer seu único filho que nasceu depois do seqüestro.

No vídeo, matéria com o filho de José Libio Martínez.

Em reiteradas ocasiões especificamos que para ganhar a guerra contra o narcoterror comunista que assedia a Colômbia, é necessário conhecer o Plano Estratégico das FARC e, ao mesmo tempo, com infatigável trabalho dos soldados e policiais, fazer face com ações integrais nos campos político, econômico, social, diplomático e de justiça, tanto em nível nacional como internacional.

Em contraste, a soberba, a auto-suficiência e o egocentrismo de quem se imagina similar a Churchill como estadista e superior a Mac Arthur como estrategista militar, conduziram o presidente Santos a anunciar seu eterno desejo de poder, vanglória e culto à sua personalidade. Não importa o caos que há na Colômbia. Importam seus desejos “pastranistas” de figuração dentro e fora do país.

É tal o desconhecimento do governo e dos sucessivos ministros de relações internacionais em seu conjunto acerca do conteúdo estrutural do Plano Estratégico das FARC, que desde há mais de uma década as FARC têm posto como objeto mercantil a vida dos seqüestrados, para que os cúmplices do Foro de São Paulo e os mal chamados “colombianos pela paz” legitimem o grupo terrorista. E por desconhecer a intenção estratégica e objetivo das FARC, sucedem episódios lamentáveis como o de hoje [1] que, diga-se de passagem, não é a primeira vez que ocorre. E por desgraça poderá não ser a última, ao rítimo da ignorância e indiferença político-estratégica dos altos funcionários da administração Santos.

Com contadas e esporádicas ações individuais de algum cônsul, nenhum dos sucessivos governos desde 1982 até esta data, tiveram a intenção estratégica para desarticular ou opor-se à diplomacia paralela das FARC. Parece que ocupar uma embaixada ou um consulado colombiano no exterior equivale a estar no lugar ideal para viver a glória dourada do exílio diplomático de costas para a realidade do narco-terrorismo comunista que padecemos, os que pagamos os impostos para sustentar essas elites intocáveis do outro lado das fronteiras.

Sem que, ao que parece, estes personagens sui generis da política colombiana no exterior se inteirem do que acontece a seu lado, enquanto as FARC e seus alcoviteiros dão conferências nas universidades, têm contatos nos meios de comunicação, participam em foros políticos, distribuem propaganda e projetam a imagem de que são um grupo armado com supostas intenções políticas.

Ao mesmo tempo, sua porta-voz, chamada por eles de “Teodora de Bolívar”, promove a sinistra proposta de fazer um intercâmbio humanitário, enfocado em meio de obscuros artifícios para dar status de beligerância, embaixadas e apoio aberto às FARC por parte dos governos comunistas, na etapa final do ataque totalitarista contra a Colômbia.

É inconcebível, e que sendo do conhecimento de todos que os seqüestrados são a jóia da coroa desse perverso estratagema, a chancelaria e seus funcionários diplomáticos creditados no exterior com empolados títulos, ribombantes cargos e imerecidos salários, não tenham feito nada ou, em sua falta, fizeram muito pouco para que as cortes internacionais julguem Rafael Correa, Hugo Chávez, Daniel Ortega, a ditadura cubana e os demais delinqüentes de colarinho branco que aparecem comprometidos com as FARC nos computadores de Raúl Reyes.

É inaceitável que todos esses brilhantes funcionários que nos representam no exterior, não tenham feito campanhas agressivas para que os governos democráticos, as organizações internacionais, as organizações não-governamentais, os intelectuais, as universidades e os meios de comunicação qualifiquem as FARC e seus padrinhos do Partido Comunista como terroristas. E em conseqüência, para que os persigam e impeçam-lhes, por exemplo, da vagabundagem que têm na Suécia com ANNCOL e outras organizações afins.

Tampouco se entende porque durante o governo Uribe os computadores de Reyes tiveram um manejo midiático excelente e um péssimo manejo jurídico, pois não foram levados às cortes internacionais. Para rematar, uma das salas da questionada Corte Suprema de Justiça proferiu a folclórica e descabida sentença de invalidar estas provas em processos contra os cúmplices das FARC, quando todo mundo sabia, ou pelos menos se a inteligência não lhes chega para isso, são os mesmos que por coincidência manipulam a dor das vítimas seqüestradas e de modo descarado pretendem legitimar as FARC, por meio de um calculado acordo humanitário.

Muito menos se entende o estranho silêncio do governo Santos e da justiça colombiana com os computadores do Mono Jojoy e Tirofijo apreendidos do primeiro. É óbvio que esses arquivos eletrônicos re-confirmam o que continham nos computadores de Raúl Reyes. E, óbvio, os computadores de Cano reafirmam pela segunda vez todo o anterior.

Porém... Qual é o estranho propósito de calar isto? A custa de que os grotescos e desrespeitosos governantes da Venezuela e Equador não se ofendam? Ou para que a camarada Dilma não perca seu status de mediadora em cada montagem de uma “libertação unilateral”?

Para completar, o presidente Santos chama Chávez de seu “novo melhor amigo”, em que pese que as evidências demonstrem que para a Colômbia este sujeito é o “velho pior inimigo”. Ao mesmo tempo, a chanceler Holguín se preocupa de que Chávez não vocifere nada contra Santos, mas parece que não lhe interessa, ou pelo menos não exterioriza, saber que Chávez tem mentalidade delinqüencial e que nunca renunciou a apoiar as FARC, pois fazem parte de seu projeto bolivariano imerso no socialismo do século XXI, e que continuam na Venezuela com escritórios e acampamentos na fronteira bi-nacional dentro do território venezuelano.

Em contraste, e sem fazer grandes coisas para defender a soberania nacional e evitar uma guerra posterior, pois para lá vai o país se não se submete Chávez e Correa à justiça internacional, a chanceler Holguín anda como agente de viagem pelo mundo fazendo ridicularias pagas pelo erário público, tais como alicerçar a paz entre israelenses e palestinos ou fazendo visitas protocolares à rainha da Inglaterra.

Presidente Santos, chanceler Holguín, magistrados das altas cortes, senadores da República, senhora Promotora Geral, meios de comunicação, universidades, o acontecido hoje com o massacre dos policiais e militares seqüestrados, é de suma gravidade e põe em evidência a mediocridade com que tem-se manejado o problema da guerra contra o narcoterror nos campos político e diplomático.

A Colômbia não espera reações insípidas nem frases de efeito, como por exemplo, o indignado reclamo do novato ministro Pinzón, cujas sentidas palavras contrastavam com seus gestos e semblante. A Colômbia necessita de ações judiciais fortes contra os cúmplices das FARC. Além disso, não mais palhaçadas e operas bufa em torno das libertações unilaterais calculadas, em consonância com os duvidosos interesse dos mal chamados “colombianos pela paz”.

E, claro, que a Chanceler suspenda o bate-pernas pelo mundo em busca de protagonismo midiático para Santos, e melhor: que se dedique a resolver primeiro os problemas nacionais, com ênfase em buscar a pressão internacional de condenação e obrigação para que as FARC libertem os seqüestrados sem nenhuma contra-partida, nem compromissos anti-patrióticos de regressar às mesas de conversação.

As FARC constituem um grupo armado composto por terroristas, narcotraficantes, sicários, ladrões, violadores de menores, extorsionistas e bandidos que só representam os interesses do Partido Comunista Colombiano, agrupamento que já está na hora de ser julgado e condenado penalmente por seu conchavo com o terrorismo e, ademais, obrigado a compensar todas as vítimas das atrocidades de seus co-partidários armados.

Tradução: Graça Salgueiro

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