Máfia do Grampo
Quinta-feira, Janeiro 08, 2009
Rapidinhas Políticas
Alerta Total
Por Jorge Serrão
Cinco policiais civis (incluindo um delegado) e um coronel reformado da PM também são investigados há mais de um ano pelo Ministério Público de São Paulo – que já identificou 21 pessoas envolvidas com a venda de informações sigilosas e de escutas ilegais.
Ontem, a Operação Spy 2 da Polícia Civil de São Paulo prendeu nove acusados de integrar quadrilhas formadas por detetives e funcionários de bancos e de empresas de telefonia para fazer e vender escutas ilegais.
Segundo a polícia, o deputado José Aníbal (PSDB-SP) era um dos principais alvos da quadrilha.
O esquema
A apuração dos promotores mostrou que funcionários das operadoras de telefonia repassavam para detetives particulares e policiais informações confidenciais dos clientes.
Para ter acesso a esses dados, em tese, é preciso ter autorização judicial – o que indica que o esquema pode envolver gente boa do Judiciário.
Já se sabe que mais de 100 pessoas tiveram o sigilo telefônico quebrado ilegalmente, entre eles empresários e até políticos.
Divisão
De acordo com os promotores, o esquema é dividido em três grupos.
Do primeiro grupo, participam três policiais civis, que segundo o MP, encaminhavam autorizações judiciais falsas para que as operadoras de telefonia grampeassem os telefones.
Foram identificados também dois comerciantes, que de acordo com a promotoria, forneciam os celulares para os policiais receberem as ligações interceptadas.
Pelo celular
Um outro grupo identificado durante a investigação do Ministério Público é formado por quatro funcionários de uma operadora de celular, um investigador da Polícia Civil, um funcionário de uma empresa de cartão de crédito e de um banco.
Segundo a investigação, eles quebravam o sigilo telefônico e bancário de clientes e vendiam as informações.
Um delegado, um coronel de reserva da Polícia Militar, três detetives particulares, um funcionário da Receita Federal e três funcionários de operadora de telefonia formam outro grupo que, de acordo com os promotores, negociava informações sigilosas.
Alerta Total de Jorge Serrão
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