Que Brasil é este?
Sábado, Janeiro 17, 2009
Coturno Noturno
Se o Cesare Battisti não fosse um terrorista assassino, o senador Stefano Pedica, do Partido Itália dos Valores, iniciaria uma greve de fome em protesto contra a decisão brasileira de conceder refúgio a um bandido condenado à prisão perpétua, como se ele fosse um perseguido político? Franco Frattini, chanceler italiano, manifestaria publicamente a sua total indignação em relação ao fato? O vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato, recomendaria um boicote aos produtos brasileiros, como forma de sensibilizar o governo brasileiro? O senador Sergio Divina, vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, recomendaria evitar o Brasil como destino turístico, como uma retaliação ao desrespeito cometido com o estado italiano? O Ministro da Defesa, Ignazio La Russa, caracterizaria a decisão brasileira como inaceitável? O Ministro da Justiça, Angelino Alfano, solicitaria oficialmente uma revisão do ato brasileiro, com todas as garantias de que o terrorista teve um julgamento justo? O senador e ex-presidente da Itália Francesco Cossiga, afirmaria que o parecer do Brasil é uma cretinice?E, por fim, o atual Presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano, estaria assombrado com a interpretação dada pelo Brasil, manifestando-se oficialmente em carta contundente dirigida ao Presidente do Brasil? De outro lado, que autoridade tem o Ministro da Justiça, Tarso Genro, para contrariar o Conare, o Itamarati, a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e a opinião pública brasileira, tomando uma decisão ideológica que coloca sob suspeita a sua isenção para exercer o cargo. Rende-se, o ministro da Justiça, a qualquer pressão de "companheiros" e usa a prerrogativa do cargo para satisfazer pedidos pessoais, especialmente de um advogado do seu partido, seu correligionário, envolvido em nove de cada dez escândalos da república petista? Que Ministro da Justiça é este? Que Brasil é este, onde terroristas assassinos têm mais prerrogativas que autoridades legalmentes constituídas, tanto aqui quanto em países amigos? A palavra de um terrorista assassino vale mais do que a palavra de um Presidente de uma república amiga, com a qual temos laços de sangue, de amizade, de fraternidade? Onde é que estão os políticos desta nação, que não se unem para exigir que o país recomponha a sua tradição diplomática? Onde estão vocês, deputados e senadores de oposição, que não estão indo para a Itália, em comitiva, pedir desculpas ao governo italiano e se acorrentar na frente da embaixada brasileira, junto com o senador italiano, para protestar contra esta decisão que é simbólica, pois joga o país ao lado do terrorismo, do totalitarismo, do autoritarismo de esquerda que aos poucos volta a ameaçar a democracia? Sejam homens, não sejam vermes. Defendam a verdadeira soberania do seu país, assim como os italianos estão fazendo.
Coronel
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