Bolívia, o destino de todos nós...

Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

Blog do Clausewitz

Três tribos da Bolívia recorrem à nova Constituição e se declaram autônomas

"Três tribos do parque nacional Isoboro-Secure, situado no centro da Bolívia, entre os departamentos de Cochabamba e Beni, foram as primeiras a se declarar autônomas em aplicação à nova Constituição, informou a imprensa local. Representantes de 64 comunidades de moxeños, yuracarés e chimanes do Parque Nacional e Território Indígena Isiboro-Secure (TIPNIS) entregaram na segunda-feira (9) um estatuto de autonomia às autoridades para que o submetam à consulta popular, como estabelece a nova Carta Magna promulgada no sábado pelo presidente Evo Morales.

Em entrevista à televisão estatal, o secretário de autonomias do TIPNIS, Benigno Noza, confirmou que sua região é a primeira a se declarar "território indígena autônomo" e lembrou a luta de seus irmãos indígenas que, em 1990, fizeram uma "passeata pela terra, território e dignidade". O texto constitucional aprovado pelos bolivianos no referendo de 25 de janeiro reconhece a "autonomia indígena originária do campo" como "o autogoverno como exercício da livre determinação das nações e dos povos" originais.

A nova Carta Magna estabelece que a Bolívia tem 36 tribos indígenas ou originais caracterizadas por compartilhar "território, cultura, história, línguas, e organização ou instituições jurídicas, políticas, sociais e econômicas próprias". Os três povos que declararam autonomia ocupam quatro municípios dos departamentos de Cochabamba, no centro, e de Beni, no nordeste, e são os primeiros a anunciar a aplicação do disposto pela nova Constituição."

Fonte: G1

Um único comentário meu:

► De todo o blá-blá-blá acima, tudo interessa, pois tudo somos nós detro de pouco tempo... rede de TV estatal, várias tribos, autonomias, separatismos, livre determinação das nações e dos povos, etc, etc, etc... só um ser simiesco não consegue estabelecer paralelos entre nossa história e dos vizinhos bolivarianos... e o que fazer nesse quadro tão tenebroso em que estamos nos aproximando vertiginosamente do asteróide chamado separatismo? combatê-lo e a regra número um é dizer não de forma corajosa aos arbítrios dessa gente que quer nos liquidar como nacionalidade... não adianta esperar de político, não adianta esperar de empresário, não adianta esperar de sindicato, não adianta esperar da imprensa ou de qualquer outro pretenso apoio... ou o não começa a ser dito categoricamente na fila do banco, no ambiente de trabalho, na reunião familiar, na inspeção de currículos e tarefas educacionais de filhos e dependentes, ou seja, ou fazemos nossa parte ou em breve estaremos vendo nossa nação ser desintegrada em centenas de tribos, de castas, de classes, de feudos, de comunidades... entendeu, amigo, ou quer experimentar a dor que experimentaram coreanos e alemães, apartados que foram como estão neste exato momento índios e brancos na Bolívia? Clausewitz, autonomia não é separatismo... etimologicamente, autonomia quer dizer auto-estabelecimento de leis e normas, enquanto separatismo quer dizer reivindicação de autonomia perante um ente agregador... resumo? quem pratica a autonomia, separa...

Postado por Clausewitz às 05:42