Ditador Hugo Chávez teme fuga de opositores políticos para o Brasil
Brasil acima de tudo
19 de fevereiro de 2009
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro
Após ter conseguido, na consulta popular nacional do último domingo, a possibilidade de se candidatar por tempo indefinido à Presidência da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez determinou aos seus serviços de inteligência e forças "subterrâneas" de apoio, a intensificação na apuração de cidadãos, empresas e instituições identificados como opositores na sua determinação pessoal de perpetuar-se no poder para a implantação do socialismo do século XXI.
Inteligência estrangeira em operação especial
Serviços secretos estrangeiros, com agentes especiais designados para acompanhar o Fórum Social Mundial em Belém, se deslocaram, após o evento, para a Venezuela a fim de concluir a tarefa de avaliação da conjuntura política e econômica da região, cujas apreciações preocupam e angustiam o presidente.
A baixa qualidade dos serviços públicos, as carências do sistema de abastecimento de alimentos, o desequilíbrio econômico do Estado com a brutal queda do preço do barril de petróleo, o descontentamento velado das Forças Armadas, o avanço da corrupção política, o sentimento de medo nas classes mais esclarecidas, o temor ao serviço de inteligência nas universidades e escolas secundárias, a apreensão popular das mulheres por uma crise econômica, a vigilância nas atividades de intelectuais, jornalistas e correspondentes de imprensa, são alguns dos fatores avaliados no trabalho de "inteligência" de parceiros aliados.
O levantamento da situação da Venezuela, com a declarada obstinação do seu presidente em se perpetuar no poder, configura-o agora como um plenipotenciário ditador que subjuga os poderes legislativo e judiciário, distorce as funções das Forças Armadas e exerce o controle sobre as liberdades democráticas, em uma nação ideologicamente desvirtuada e civicamente fragilizada para o ideário democrático.
Fuga de civis e militares para o Brasil
Segundo informes de serviços de inteligência, o palácio Miraflores determinou plena vigilância nas suas fronteiras terrestres e aeroportos internacionais, a partir do mês de março, numa atitude velada de frustrar quaisquer tentativas de fuga de opositores do governo, civis ou militares, em situação de investigados, perseguidos ou de hipotético embarque para o exterior, a título de asilo político.
Há dias circula a notícia de que o histórico tratado de extradição da Venezuela e Brasil, de 1940, teria sofrido alterações preconizando atender o cenário de possibilidades de venezuelanos procurarem refúgio no país.
A notícia "Venezuela dificulta entrada de carros do Brasil", publicada no ESP de ontem, confirma a presença latente de clima propício para a fuga de perseguidos políticos, com a radicalização de ações do governo venezuelano, temendo desmoralização internacional às vésperas do encontro do companheiro Luiz Inácio da Silva com o presidente Barack Hussein Obama, no próximo dia 17 de março, pedindo-lhe que abra as portas da Casa Branca, após sua arrogância com o já saudoso George W. Bush. (OI/Brasil acima de tudo)
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