A nova exportação britânica: carnificina islamista
Mídia Sem Máscara
| 09 Agosto 2010
Artigos - Terrorismo
Quanto tempo ainda vai levar até que as autoridades britânicas compreendam que a sua política atual - tentar melhorar as condições materiais dos muçulmanos e ao mesmo tempo aplacar os islamistas - deixa escapar a questão fundamental da ideologia?
A maior e mais demorada investigação sobre terrorismo realizada na Grã-Bretanha terminou no mês passado com a condenação de três muçulmanos britânicos. A conspiração de 2006 envolvia explodir aviões de passageiros com rotas transatlânticas na esperança de matar até 10.000 pessoas. Essa quase catástrofe nos faz lembrar de forma dolorosa do perigo global apresentado pelo Islã radical baseado no Reino Unido.
A Heritage Foundation chama o islamismo britânico de "uma ameaça direta à segurança" dos Estados Unidos e The New Republic considera-o "a maior ameaça à segurança dos Estados Unidos."As autoridades concordam. O secretário do interior britânico compilou um dossiê em 2003 reconhecendo que o seu país proporciona uma "base importante" ao terrorismo. Um estudo da CIA de 2009 concluiu que cidadãos nascidos na Grã-Bretanha de descendência paquistanesa (que podem entrar livremente nos Estados Unidos com base no Programa de Isenção de Visto) constituem a fonte mais provável de terrorismo contra os Estados Unidos.
O London's Centre for Social Cohesion dirigido pelo excelente Douglas Murray verifica, atualiza e documenta esses relatórios, acaba de publicar uma obra com 535 páginas, Islamist Terrorism: The British Connections, escrita por Robin Simcox, Hannah Stuart e Houriya Ahmed. Ela consiste primordialmente de informações biográficas detalhadas de dois tipos de criminosos que ela chama de "crimes relacionados ao islamismo" ou IROs - significando ocorrências em que as evidências apontam a fé islamista como principal motivadora.
Uma listagem contém informações sobre as 127 pessoas dos IROs condenadas ou sobre os suicídios dos IROs na Grã-Bretanha; a outra apresenta biografias sobre 88 pessoas com ligações com a Grã-Bretanha que se engajaram em IROs em qualquer outro lugar do mundo. O estudo cobre os anos 1999-2009.
Terroristas britânicos internos mostram um espantoso padrão de habitualidade. São predominantemente jovens (idade média: 26) do sexo masculino (96 porcento). Cerca da metade deles são provenientes de um ambiente cultural do sul da Ásia. Daqueles que se conhece a formação educacional, a maioria fez a universidade. Daqueles que se conhece a ocupação, a maioria trabalha ou estuda em tempo integral. Dois terços são cidadãos britânicos, dois terços não têm ligações com organizações terroristas proscritas e dois terços nunca estiveram fora do país para participarem de campos de treinamento terrorista.
A maioria dos IROs, em resumo, é perpretada basicamente por muçulmanos comuns cujas mentes sofreram uma lavagem cerebral por meio da consistente e poderosa ideologia do islamismo. Tem-se a esperança de que o número de terroristas esteja limitado a psicopatas, assim o problema seria menos difícil de ser confrontado e eliminado.
O Serviço de Segurança da Grã-Bretanha estima que mais de 2.000 residentes representam hoje uma ameaça terrorista, o que implica não apenas que o "pacto de segurança" que outrora protegia parcialmente o Reino Unido de ataques vindos de seus próprios muçulmanos está extinto há muito tempo, mas que o Reino Unido pode enfrentar a pior ameaça terrorista interna de qualquer país ocidental salvo Israel.
Quanto ao segundo grupo - islamistas que têm ligações com a Grã-Bretanha que se envolvem em ataques fora do país: os autores do relatório declaram modestamente que, pelo fato de suas informações se constituírem de uma amostragem e não de uma lista abrangente, eles não podem apresentar uma análise estatística. Porém a amostragem indica o alcance do fenômeno, assim sendo eu compilei uma lista de países (e o número de perpetradores ligados a britânicos) nos quais ocorreram IROs ligados a britânicos.
A lista inclui o Afeganistão (12), Argélia (3), Austrália (1), Azerbaijão (1), Bélgica (2), Bósnia (4), Canadá (1), França (7), Alemanha (3), Índia (3), Iraque (3), Israel (2), Itália (4), Jordânia (1), Líbano (1), Marrocos (2), Holanda (1), Paquistão (5), Rússia (4), Arábia Saudita (1), Somália (1), Espanha (2), Estados Unidos (14) e Iêmen (10). Eu incluo na lista a Albânia, que sofreu um ataque antes de 1999, Bangladesh e o Quênia, que parecem ter passado despercebidos.
Ao todo, 28 países sofreram ataques de terroristas islamistas baseados na Grã-Bretanha, dando uma ideia da sua ameaça global. Tirando a Índia, os países alvo se dividem em dois grupos distintos, ocidentais e de maioria muçulmana. Um trio bizarro, os Estados Unidos, Afeganistão e o Iêmen terem sofrido com a maioria dos terroristas ligados a britânicos.
Essa documentação sugere várias questões: Primeira, quanto tempo ainda vai levar até que as autoridades britânicas compreendam que a sua política atual - tentar melhorar as condições materiais dos muçulmanos e ao mesmo tempo aplacar os islamistas - deixa escapar a questão fundamental da ideologia? Segundo, as evidências até agora tendem a apontar no cômputo geral que os IROs fortalecem a causa islamista na Grã-Bretanha; será que continuará a ser essa a norma, ainda que a violência persista ou será que os IROs irão no final sofrer um retrocesso?
E por último, o que terá que acontecer em termos de destruição para que os governos (não o do Reino Unido) se concentrem nos procedimentos de entrada em seus países de um ou dois porcento dos britânicos dos quais os criminosos exclusivamente derivam - a população muçulmana? Por mais desagradável que seja esse enfoque, é melhor que ser explodido no ar.
Publicado na National Review Online.
Original em inglês: Britain's New Export: Islamist Carnage
Tradução: Joseph Skilnik
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário