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domingo, 29 de agosto de 2010

O roubo de dados da base da Receita

Mídia Sem Máscara

Isso só reforça a convicção de que a eventual vitória de Dilma Rousseff dará à gangue do PT e seus aliados a senha do "pode tudo", acima e além da lei, sobretudo naquilo que julgarem necessário para a manutenção de seu poder. A destruição das oposições será consumada e o país caminhará perigosamente para uma ordem totalitária.

O editorial do Estadão (O crime continuado do PT) de hoje é daquelas peças para se emoldurar e não mais esquecer. Ele tem por tema o roubo dos dados de pessoas importantes da base da Receita Federal. Nem vou discutir aqui a exorbitância estatal de se fazer declaração de rendimentos e de fluxo patrimonial, que é uma outra história, para outro artigo. Na verdade, estamos em pleno vigor de um Estado policialesco, na medida em que as autoridades curvam-se aos interesses menores dos petralhas que tomaram o poder. Nas palavras do editorialista:

"Foi preciso uma decisão judicial, tomada na terça-feira, para que o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, pudesse exercer o direito elementar de acesso ao inquérito instaurado na Corregedoria-Geral da Receita para apurar a devassa nas suas declarações de renda - cópias das quais foram parar em mãos de pessoas ligadas à campanha da candidata petista Dilma Rousseff. E só assim o País ficou sabendo, já tardiamente, que o sigilo fiscal de outros contribuintes também foi quebrado na mesma ocasião, com a mesma sórdida intenção de atingir o candidato tucano ao Planalto, José Serra".

Mais grave ainda que hoje veio a público que dados fiscais da família Klein e da apresentadora Ana Maria Braga também foram violados. No caso desta última é difícil saber a motivação, mas no caso dos Klein, envolvidos recentemente em negociações milionárias com um conhecido apoiador do PT, seus dados podem ter sido valiosos como instrumento de espionagem empresarial. A privatização do Estado ficou assim estampada da pior forma.

Isso só reforça a convicção de que a eventual vitória de Dilma Rousseff dará à gangue do PT e seus aliados a senha do "pode tudo", acima e além da lei, sobretudo naquilo que julgarem necessário para a manutenção de seu poder. A destruição das oposições será consumada e o país caminhará perigosamente para uma ordem totalitária. Insistir nesse ponto é essencial enquanto ainda é tempo para fazer frente ao perigo pelo instrumento eleitoral. Depois das comportas fechadas para o monopólio do poder pelo PT não haverá mais oportunidade de corrigir os rumos de maneira pacífica.

Os paralelos históricos estão aí para serem vistos e devemos olhar muito bem a experiência de Hugo Chávez na Venezuela. Estamos assistindo à destruição daquele país e o seu mergulho no totalitarismo populista mais deletério. O Brasil caminha para repetir essa experiência. O jornal O Estado de São Paulo tornou-se voz solitária a avisar os brasileiros dos grandes perigos. Ainda temos essa voz. É preciso ouvi-la com atenção.

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