As vermelhas jogam e ganham
Mídia Sem Máscara
| 03 Novembro 2009
Internacional - América Latina
Aceitaram o que Zelaya exigia: a decisão sobre sua restituição - em si impensável um mês atrás - será resolvida pelo Congresso e não pela Justiça. Mesmo que o Congresso vote contra a restituição - caso em que as turbas zelaystas colocarão fogo no país - o próprio acordo já é uma derrota da Lei!
No xadrez jogado atualmente no istmo da América Central as tradicionais cores branca e preta são substituídas pelas vermelha - comunista - e azul - cor predominante na maioria das bandeiras da região. Quando escrevi Lance de Grande Mestre eu já previa que Zelaya chegara para ficar como uma peça fortíssima ameaçado permanentemente o Mate e virar o jogo a favor do Foro de São Paulo.
Não deu outra! Depois de uma oferta de empate pelo Governo Constitucional - Micheletti renunciaria se Zelaya fizesse o mesmo, uma espécie de trocas das damas, gambito arriscado - as vermelhas não aceitaram, empurraram um peão para a oitava casa e fizeram outra peça forte. Zelaya sabe que está 'com as costas quentes', protegidas pelo apoio da administração obaminável que mandou sua peça fortíssima, Shannon, para dar o Cheque-Mate nas azuis. (Leiam aqui quem manda na política obaminável para Honduras). Estas ainda tentaram um lance desesperado em Haia que provavelmente não dará em nada - e, se der - será dentro de meses e a história de Honduras já será outra. O acordo Guaymuras é uma tentativa de dissimulação da derrota das azuis e salva a face de Micheletti, da Justiça e das Forças Armadas hondurenhas. Aceitaram o que Zelaya exigia: a decisão sobre sua restituição - em si impensável um mês atrás - será resolvida pelo Congresso e não pela Justiça. Vence a democracia, perde o rule of law! Vence a decisão popular, perde a moral a Corte que o derrubou e mandou zarpar do país. Vence a demagogia - o Partido Nacionalista, virtual vencedor das eleições poderá votar a favor para não perturbá-las e legitimar a nova administração perante a nefasta 'comunidade internacional'.
Mesmo que o Congresso vote contra a restituição - caso em que as turbas zelaystas colocarão fogo no país - o próprio acordo já é uma derrota da Lei!
Na Nicarágua Ortega conseguiu a reeleição perpétua e ninguém se intrometeu. Além dos inevitáveis e formais muxoxos da famigerada ONU o resto do mundo permanece a favor dele - da democracia contra a Lei - ou mostra indiferença. No Brasil setores liberais aplaudem uma fraude montada pelos irmãos Castro e acreditam na autenticidade de uma impostora. Parabéns, Foro de São Paulo!
Fobia ao uso de palavras
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