O silêncio cúmplice da caterva pró-Farc
Mídia Sem Máscara
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 23 Novembro 2009
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
Há um sério perigo de agressão armada. A explosão de duas pontes em Ragonvalia é a primeira prova fidedigna. Como a resposta colombiana foi diplomática, Chávez e seus comparsas interpretaram o fato como um gesto de debilidade. Nesse sentido, são iguais às FARC. Seu estilo de negociação política gira ao redor do terror, da intimidação e da chantagem.
À justificada crítica do editorial de El Tiempo contra o silêncio cúmplice de Lula, Correa e os demais camaradas da UNASUL, complementado com a consuetudinária atitude ambivalente de Obama e suas Pelosis frente à realidade das constantes agressões de Chávez e sua caterva contra a Colômbia, soma-se a atitude sinistra dos mal chamados "Colombianos pela Paz" que desta vez fizeram vista grossa, enquanto por baixo dos panos alguns deles estão mancomunados com as FARC e outros são estúpidos funcionais dos comunistas chiques que, por estarem dedicados a planejar a queda de Uribe, sacrificam a Colômbia para salvar seu egoísmo.
É provável que a catarata de eventos ao redor do espinhoso tema, também contribua para escurecer ainda mais o panorama e evitar que haja claridade. Não é segredo para ninguém que por trás das palhaçadas de Chávez e da hipocrisia de Correa estão as mãos sinistras de Fidel Castro e em especial de Lula, para quem uma guerra entre a Colômbia e a Venezuela o catapultaria como o providencial salvador e único mediador com capacidade de meter o bedelho a favor das FARC.
Pela enésima vez os acontecimentos internacionais atinentes ao tema se encaixam com os nacionais, e em todos apontam a converter o presidente Uribe no "problema" e ao bandido do Palácio de Miraflores no justiceiro popular.
A descarada apologia às FARC feita por Teodora e seu parceiro de Voz [1] durante o pró-fariano "encontro pelo acordo humanitário" em Cali, corroborado pela carta de Alfonso Cano [2], se articulam com as "bondosas" declarações de Marco Aurélio Garcia com a mediação do Brasil na fronteira colombo-venezuelana, a astúcia de Correa ao reabrir relações diplomáticas, sem oferecer a mais mínima explicação nem comprometimento para combater as FARC no Equador, e a grosseria desmedida de Chávez.
Enquanto isso a camarada Kirchner, o índio cocalero boliviano, o padre "reprodutor" paraguaio e o dissimulado Lula, continuam sem questionar às FARC por terem seqüestrados, não fazem nada para capturar os terroristas que vivem em seus territórios, nem muito menos dizem nada acerca da aleivosa conduta de Chávez. Tanto os camaradas da UNASUL como os da Colômbia, cobrem-se com o mesmo cobertor. Uns e outros são amigos das FARC e do terrorismo comunista como expressão de "luta popular". De forma descarada e linguaruda o ministro da Defesa equatoriano, cujo país tem a presidência pró-tempore da UNASUL, afirma que a pitoresca organização não pode fazer nada frente às agressões de Chávez contra a Colômbia porque tal ente internacional está em gestação até agora.
Em contraste, há poucas semanas este mesmo ente internacional, incapaz de colocar Chávez nos eixos - que na realidade opera como seu mentor -, armou uma tempestade em copo d'água e inclusive tentou armar uma emboscada para Uribe. Típica conduta comunista! São agredidos quando agridem e a única verdade válida é a que lhes convém. Os demais sempre estarão equivocados, enquanto não coincidam com o pensamento dos "camaradas".
Que interessante seria escutar Piedad Córdoba pedindo aos governos democratas do hemisfério que rompam relações com o governo venezuelano, devido a que abriga terroristas em seu território, organiza um complô contra a Colômbia e planeja uma guerra para apoiar o projeto fariano da tomada do poder com o fim de implantar uma ditadura comunista.
Igualmente positivo seria escutar a mesma petição dos camaradas Petro, Navarro, Lozano, ou os estúpidos funcionais que manipulados por sua idiotice anti-uribista, não medem o perigo que se ameaça contra o país e nosso destino histórico, ao servir de joguetes para legitimar as FARC e elevar Chávez como o líder do Socialismo do Século XXI no continente.
Embora a diplomacia colombiana tenha começado tarde a "se mexer", a verdade é que falta muito por fazer. Todos os acomodados embaixadores e cônsules devem sair de seus cômodos gabinetes e denunciar por todos os meios possíveis que a Colômbia está no olho do furacão comunista. Que Lula e Fidel Castro manipulam Chávez e sua caterva de associados. Que a iminência de um ataque militar da Venezuela contra a Colômbia é uma realidade.
Por sua parte, as universidades, os meios de comunicação, as organizações civis, os prefeitos, os governadores, as empresas e em geral todos os líderes nos diferentes campos do poder nacional, devem enfileirar as baterias para a mobilização nacional com fins concretos. Não é um simulacro, nem uma hipótese distante. É uma realidade palpitante.
Há um sério perigo de agressão armada. A explosão de duas pontes em Ragonvalia é a primeira prova fidedigna. Como a resposta colombiana foi diplomática, Chávez e seus comparsas interpretaram o fato como um gesto de debilidade. Nesse sentido, são iguais às FARC. Seu estilo de negociação política gira ao redor do terror, da intimidação e da chantagem.
Está na hora de os magistrados da Corte Suprema de Justiça e os co-juízes do Conselho Eleitoral deixarem para trás a politicagem barata e a inveja corrosiva contra o presidente Uribe. Que pensem na Colômbia (talvez pela primeira vez!). Que lembrem que a Colômbia é o país que os viu nascer e que entendam que esse país está correndo o risco de ser agredido por um déspota sem escrúpulos e com alma de bandido.
Que pensem nos contribuintes que pagamos os impostos para que se sustentem em seus postos burocráticos de juízes e magistrados. Que lembrem do juramento que fizeram perante Deus e a Pátria de cumprir fiel e lealmente os deveres que lhes exige a Constituição, não nos interesse politiqueiros dos grupos aos quais pertencem ou com os quais comungam ideologicamente.
E, claro: está na hora de Teodora e seus comparsas dizerem com clareza ao país de que lado se encontram, ante a iminência de um ataque militar da Venezuela contra a Colômbia, destinado a apoiar a ofensiva final das FARC com o acompanhamento sinistro dos bandidos de colarinho branco, cujas evidências são precisas nos computadores de Raúl Reyes.
Não há mais lugar para as trapaças dos membros do Partido Comunista Clandestino incrustados em "Colombianos pela Paz", quer dizer, dos mesmos que obedecem ao pé da letra as ordens de seu "comandante" Cano, e na aparência buscam um "acordo humanitário". Está na hora do país e o mundo saberem qual é a farsa da boa-vontade em "mediar" para que as FARC libertem a conta-gotas e brinquem com a dor das vítimas e seus familiares.
E também está na hora de o Polo Democrático e suas figuras linguarudas de primeira ordem concretizarem de que lado estão, pois as evidências inclinam a balança para supor ou inferir que sua atuação se ajusta à linha de conduta do Plano Estratégico do Foro de São Paulo contra a Colômbia.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
Notas da Tradutora:
[1] "Voz" é um semanário produzido pelo "Polo Alternativo Democrático", braço político não oficial das FARC.
[2] A esse respeito, ler também Por que Piedad Córdoba protege "Danilo"?
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