Jihad repentina ou "estresse desordenado" no Fort Hood?
Mídia Sem Máscara
Daniel Pipes | 11 Novembro 2009
Artigos - Terrorismo
Longe de sermos mistificados por Hasan, nós vemos uma evidência esmagadora das suas intenções jihadi. Ele distribuiu Alcorões aos vizinhos instantes antes de enlouquecer e gritava "Allahu Akbar," o grito da jihadi, enquanto disparava mais de 100 tiros de duas pistolas. Ao que consta seus superiores colocaram-no sob observação por fazer prosélitos de forma inapropriada sobre o Islã.
Quando um muçulmano no Ocidente, sem razão aparente, ataca de forma violenta não muçulmanos, um previsível debate se segue a respeito dos motivos.
O establishment - aplicação da lei, políticos, mídia e a academia - está de um lado neste debate, insistindo que algum tipo de opressão foi a causa do Major Nidal Malik Hasan, 39, matar 13 e ferir 38 no Fort Hood em 5 de novembro. Entretanto, ele discorda nos detalhes, apresentando Hasan alternativamente como vítima de "racismo," "molestamento por ser muçulmano," a sensação de não integração," "Síndrome do Estresse Pré-traumático," "problemas mentais," "problemas emocionais," "um desordenado volume de estresse" ou ser enviado ao Afeganistão como sendo seu "pior pesadelo". Consequentemente, um típico cabeçalho de jornal diz "Mentalidade do Perigoso Major um Mistério".
Ocorrências de violência de muçulmanos em cima de não muçulmanos inspiram a escola da vítima a descobrir desculpas novas e imaginativas. Exemplos pitorescos (inspirados no meu artigo e entrada de blog sobre a negação do terrorismo islâmico) incluem:
- 1990: "Um remédio controlado para... depressão" (para explicar o assassinato do Rabino Meir Kahane)
- 1991: "Um assalto que deu errado" (o homicídio de Makin Morcos em Sydney)
- 1994: "Violência nas ruas" (o assassinato a esmo de um judeu na Brooklyn Bridge)
- 1997: "Muitos, muitos inimigos em sua mente" (o assassinato a tiros no alto do Empire State Building)
- 2000: Um incidente de tráfego (o ataque a um ônibus escolar de crianças judias perto de Paris)
- 2002: "Uma discussão no trabalho" (o duplo assassinato no LAX)
- 2002: Uma "relação [familiar] tempestuosa" (os franco atiradores de Beltway)
- 2003: Um "problema de atitude" (o ataque de Hasan Karim Akbar a companheiros soldados, matando dois)
- 2003: Doença mental (o assassinato por mutilamento de Sebastian Sellam)
- 2004: "Solidão e depressão" (uma explosão na Bréscia, Itália diante de uma lanchonete McDonald's)
- 2005: "Um desentendimento entre o suspeito e outro membro da equipe" (um tumulto em um centro para aposentados na Virginia)
- 2006: "Uma animosidade em relação a mulheres" (um tumulto assassino na Federação Judaica da Grande Seattle)
- 2006: "Seu recente casamento arranjado, pode ter causado o estresse" (assassinato com um veículo utilitário esportivo no norte da Califórnia)
Além disso, quando um admirador árabe americano de Osama bin Laden estraçalhou um avião em um prédio alto em Tampa, a culpa caiu na droga contra acne Accutane.
Como membro fundador da escola de interpretação da jihad, eu rejeito estas explicações como fracas, ofuscantes e escusatórias. A escola jihadi, ainda minoria, entende o ataque de Hasan como um dos muitos esforços muçulmanos em derrotar os infiéis e impor a lei islâmica. Nós lembramos um episódio anterior da síndrome repentina de jihad nas forças armadas dos Estados Unidos, bem como os numerosos casos de conspirações não letais de jihadi no Pentágono e a história de violência muçulmana em solo americano.
Longe de sermos mistificados por Hasan, nós vemos uma evidência esmagadora das suas intenções jihadi. Ele distribuiu Alcorões aos vizinhos instantes antes de enlouquecer e gritava "Allahu Akbar," o grito da jihadi, enquanto disparava mais de 100 tiros de duas pistolas. Ao que consta seus superiores colocaram-no sob observação por fazer prosélitos de forma inapropriada sobre o Islã.
Nós observamos o que ex-companheiros têm a dizer a seu respeito: Primeiro: Val Finnell, lembra Hasan dizendo, "Eu sou primeiro muçulmano depois americano" e recorda Hasan justificando o terrorismo suicida; segundo: coronel Terry Lee, lembra que Hasan "alegava que os muçulmanos tinham o direito de se levantar e atacar os americanos"; terceiro, um psiquiatra que tinha uma ligação muito próxima no trabalho com Hasan, descrevia-o como "quase que beligerante acerca de ser muçulmano."
Finalmente, a escola filosófica da jihad atribui importância à atitude das autoridades islâmicas em incentivar a recusa de soldados americanos muçulmanos em lutar contra seus correligionários, com isso estabelecendo a base para a jihad repentina. Em 2001, por exemplo, em resposta ao ataque dos Estados Unidos contra o Talibã, o mufti do Egito, Ali Gum'a, emitiu uma fatwa declarando que "O soldado muçulmano no exército americano deve se abster [em participar] dessa guerra". O próprio Hasan, ecoando aquela mensagem, aconselhou um jovem discípulo muçulmano, Duane Reasoner Jr., a não ingressar no exército dos Estados Unidos porque "muçulmanos não devem matar muçulmanos".
Se a explicação da jihad é muito mais convincente do que a da vítima, também é muito mais inadequado articular. Todos acham que culpar a violência nas ruas, Accutane ou um casamento arranjado mais fácil do que discutir doutrinas islâmicas. Assim sendo, um prognóstico: O que Ralph Peters chama de "a indesculpável correção política" do exército, irá atribuir oficialmente o ataque de Hasan a sua vitimização e deixar a jihad não mencionada.
E desta forma o exército irá se cegar e não se preparar para o próximo ataque jihadi.
Publicado na FrontPageMagazine.com
Tradução: Joseph Skilnik
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