Líder petista quer mudar Lei de Biossegurança para permitir geração de plantas transgênicas estéreis no País
Alerta Total
Por Jorge Serrão
O esquema petista dá mais uma colaboração decisiva para deixar o agronegócio cada vez mais refém de esquemas transnacionais monopolistas. A nova armação pretende alterar a Lei de Biossegurança, editada em 2005. Um projeto de lei do líder petista na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), quer facilitar a tecnologia genética de restrição do uso.
A tecnologia que o petista deseja aprovar permite a geração de plantas transgênicas estéreis e a manipulação genética de ativação e desativação de genes ligados à fertilidade. Se o projeto passar, os produtores ficam impedidos de plantar grãos reservados de colheitas anteriores. Ficarão reféns do uso de sementes transgênicas "comuns". Quem controla tal mercado é a Monsanto.
O projeto de Vaccarezza também pretende eliminar a rotulagem de produtos transgênicos por meio de símbolos ou expressões que induzam a "juízo de valor". A eliminação do "T", de transgênico, das embalagens contraria radicalmente a indústrias nacional de alimentos. As mudanças propostas na Lei de Biossegurança, curiosamente, cria problemas ideológicos para o próprio PT – que sempre se apresentou como aliado de ONGs contrárias ao uso de transgênicos no País.
Para tentar diminuir a polêmica política interna,na verdade uma pela de teatro do João Minhoca, o deputado federal Cândido Vaccarezza vem com uma conversinha do Boi Tatá. Alega que apresentou o texto do projeto de lei em "caráter pessoal", e não como líder do PT. Vaccarezza lembra ter defendido a adoção da biotecnologia em um longo artigo na revista petista "Teoria e Debate", ainda em 2003. "É uma posição pessoal minha. Não tem nada a ver com o partido. Sou favorável à tecnologia desde que surgiu essa discussão. É mais seguro que outros métodos".
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