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sábado, 4 de julho de 2009

UnoAmérica pede a destituição de Insulza

Mídia Sem Máscara

"Durante o mandato de Insulza, a OEA se perverteu e desfigurou, convertendo-se em uma ferramenta para sustentar ditadores e para debilitar os democratas da região, contrariando sua razão de ser e de existir.

Bogotá, 2 de julho - A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, pediu hoje a destituição do Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, por sua "desastrosa gestão à frente desse organismo multilateral".

Em um comunicado enviado hoje aos meios de comunicação, UnoAmérica criticou duramente o comportamento de Insulza durante a crise hondurenha, alegando que se trata de um conflito que podia ter sido evitado, posto que levava mais de três meses de gestação. "Entretanto, Insulza fez caso omisso dos numerosos sinais de alarme".

UnoAmérica, uma plataforma que agrupa ONGs de toda a América Latina, afirma que: "Durante o mandato de Insulza, a OEA se perverteu e desfigurou, convertendo-se em uma ferramenta para sustentar ditadores e para debilitar os democratas da região, contrariando sua razão de ser e de existir. Basta lembrar alguns episódios recentes para se dar conta de que algo muito podre está ocorrendo dentro da OEA", diz o comunicado. Em seguida faz a seguinte retrospectiva:

Em março de 2008, em vez de felicitar coletivamente o presidente Álvaro Uribe por ter dado baixa no pior criminoso do continente americano - Raúl Reyes -, a OEA o repreendeu por haver incursionado em território equatoriano. Posteriormente, Insulza desmereceu a informação contida nos computadores de Reyes, em que pese a perícia realizada pela INTERPOL.

Insulza não se alterou quando Chávez, Morales e Correa modificaram ilegalmente as Constituições de seus respectivos países para permanecer indefinidamente no poder. Tampouco se importou que Chávez e Ortega tenham cometido fraudes eleitorais, em que pese os reclamos bem fundamentados dos democratas da Venezuela e da Nicarágua. Para Insulza, as valises carregadas de petrodólares venezuelanos que financiam campanhas eleitorais em todo o continente não existem.

No ano de 2007, Insulza obstaculizou as tentativas de condenar Chávez depois do inaceitável fechamento do canal de televisão RCTV. Posteriormente, em abril de 2008, em uma audiência ante o Congresso norte-americano, Insulza negou que Chávez tivesse vínculos com grupos terroristas, apesar de seus evidentes nexos com as FARC e com o governo foragido de Ajmadinejad. Nessa oportunidade Chávez elogiou publicamente o Secretário Geral da OEA, por sua "atitude digna".

Insulza nada disse sobre as perseguições que atualmente Evo Morales leva a cabo contra os opositores bolivianos, alegando que todos são "terroristas" e "separatistas", quando a única coisa que buscam é a descentralização administrativa (autonomia). Tampouco se pronunciou sobre a responsabilidade de Morales no massacre de Pando, apesar das inúmeras evidências que demonstram que foi uma agressão planejada e executada pelo Alto Governo.

"Porém, a gota que transborda o copo" - afirma UnaoMérica - "é a recente decisão da OEA que permitiria o regime totalitário cubano se incorporar ao seio da organização. A medida contrasta notavelmente com a enorme pressão que a OEA exerce sobre o povo hondurenho, por ter-se livrado de um presidente golpista. Inexplicavelmente, a OEA não se pronuncia sobre a grosseira ingerência de Chávez nos assuntos internos de Honduras, nem sobre suas ameaças de enviar tropas a essa nação centro-americana".

Segundo UnoAmérica, "A metamorfose que a OEA sofreu se deve a que quinze presidentes latino-americanos pertencem ao Foro de São Paulo, organização criada por Lula da Silva e Fidel Castro em 1990, para reagrupar os setores da esquerda que ficaram órfãos depois da queda do muro de Berlim, e à qual pertencem as FARC e o ELN. Ao menos outros sete países da região - localizados no Caribe - dependem do petróleo que a Venezuela lhes envia. O próprio Insulza pertence ao Partido Socialista do Chile, membro fundador do Foro de São Paulo".

"São tantas e tão graves as atuações condenáveis de Insulza que o mais conveniente para a paz e a estabilidade da região é que seja afastado de seu cargo".

Finalmente, UnoAmérica convidou "todas as personalidades, grêmios, sindicatos, partidos, academias e demais organizações democráticas da América a rechaçar a gestão de Insulza, e a se pronunciar a favor do povo, do Congresso e da Corte Suprema de Justiça de Honduras, por ter salvado a democracia das pretensões totalitárias do ex-presidente Zelaya".


Tradução: Graça Salgueiro

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