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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DÚVIDAS E EXPECTATIVAS

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Viver de Novo

Por Arlindo Montenegro

Em artigo recente publicado no Diário do Comércio, sob o título "Os Donos do Mundo", o filósofo, autor e professor Olavo de Carvalho, identifica "os que hoje disputam o poder no mundo: "a elite governante da Russia e China", "a elite financeira ocidental...Bilderberg, Council of Foreign Relations e Comissão Trilateral" e finalmente "a Fraternidade Muçulmana, as lideranças religiosas de vários países islâmicos e alguns governos muçulmanos".

Neste momento o regime de Kadafi já matou mais de 400 líbios que protestam em várias cidades pela queda do regime. As últimas notícias documentam que na cidade de Benghazi, já em poder dos que exigem a queda do governo, foram enterrados "onze corpos de soldados que se negaram a disparar contra os civís": os oficiais de Kadafi degolaram os soldados... Dois coronéis recusaram bombardear Benghazi e fugiram com seus aviões para a Costa do Marfim, onde pediram asilo político.

A onda de protestos continua varrendo o Oriente Médio. Pela televisão espanhola, Simon Peres, Primeiro Ministro de Israel, mostrou-se convicto de que os protestos que mobilizam "diversos países do mundo muçulmano, terão um efeito muito positivo no processo de paz do Oriente Médio, porque permitirão a solução...dos Estados democráticos baseados na ciência". Tenho dúvidas!

Uma pesquisa divulgado por Heitor de Paola, deixa bem claro que os muçulmanos não gostam da democracia no modelo ocidental. Em excelente e bem documentada análise, ele questiona a difícil coexistência entre a democracia e o islã; o artigo em 2 partes estã no endereço: http://www.heitordepaola.com/index.asp.

Na minha extrema ignorância e desinformação, tenho extrema curiosidade para saber o que o Professor Olavo e o Dr. Heitor de Paola, teriam a dizer sobre o papel de Israel, que parece sozinho e isolado neste cenário, mas tem o exército mais bem armado da região e o apoio inconteste dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Europa.

Fico imaginando, se entre os donos do mundo, entre os que decidem, os israelenses não se incluem no primeiro escalão. Fico imaginando até onde os serviços secretos destes países, que dominam a economia mundial atuaram na organização e coordenação destes protestos, que certamente vão mudar a correlação de forças no Oriente Médio e mandar para o exílio dourado alguns velhos ditadores.

Estou curioso para saber como os aiatolás que decidem e estão no governo de alguns daqueles países, aplicando impiedosamente a sharia, as leis divinas do islamismo, vão reagir. Aqui se pode sentir o enfrentamento entre duas crenças: a dos povos muçulmanos que definem o islã como única religião para o mundo e a dos sionistas que se autodenominam "povo eleito" por Deus.

É como apreciar uma luta entre titãs! E as consequências vão recair mais cedo ou mais tarde sobre todas as nações, porque, secundando o Prof. Olavo, a disputa pela hegemonia do Governo Mundial em fase final de imposição, está entre China/Russia e por outro lado Estados Unidos e os demais países controladores do mundo ocidental, entre os quais, ouso incluir o Estado de Israel.

As agências de espionagem física e eletrônica, as filiais das empresas globais, os bancos e suas agências, advogados, estrategistas militares e analistas econômicos, buscam informações e analisam as chances. Nós os mortais que buscamos o significado das coisas e nos arvoramos a exigir mais liberdade e respeito, costumamos ser pessimistas, mas sempre sobra uma luz de vela iluminando as potencialidades do homem.

Enquanto Adrian Salbuchi, um analista do Oriente Médio afirma que os "donos do mundo" estão manobrando a onda de protestos que tem todos os ingredientes para vir a ser uma guerra generalisada, nós ficamos com a informação de Luis Daufuar, do IPCO, dando conta da presença cada vez mais agressiva da economia chinesa entre nós.

Em 2010, quase um terço do total de investimentos estrangeiros no Brasil veio da China: têm interesses no petróleo, emprestaram 10 bilhões de dólares à Petrobrás, compraram 40% do campo petrolífero de Peregrino, sete empresas de transmissão de energia e uma mineradora. O fato é que a coalizão entre governos, bancos e mega empresas, deixam as nações cada vez mais endividadas, facilitando as mudanças impositivas na vida e na história.

A rede bancária interncional sempre sai ganhando, com a desgraça imposta às nações, cujos filhos servem de bucha de canhão para coletivistas, democratas, fundamentalistas e todos estes rótulos que desviam a gente do encontro com a sabedoria, do encontro com o Deus que cada um tem no coração, este sim, único! e quando reconhecido, o melhor amigo, condutor dos pensamentos, palavras e ações.

Ref.: http://www.dcomercio.com.br/materia.aspx?id=62747&canal=14

Montenegro

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