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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Símbolo na praça Tahrir

Mídia Sem Máscara

Nivaldo Cordeiro | 21 Fevereiro 2011
Media Watch - Folha de S. Paulo

Está em curso uma ação orquestrada pelos radicais islâmicos para derrubar a ordem estabelecida e pôr no seu lugar governantes revolucionários, como os do Irã. Esconder esse fato elementar do grande público é um ato criminoso.

Reiteradas vezes, ao ler a coluna do aloprado Clóvis Rossi, sempre fico na dúvida se devo comentá-la ou não. Custa-me perder meu tempo diante de textos que são puro estrume. Por outro lado, Rossi fornece temas preciosos para que possamos agir contra a revolução da burrice, aquela que Gramsci pôs em marcha e que tem em Clóvis Rossi um seguidor sincero. Radical, porém sincero. Crédulo, porém sincero. Burro, porém sincero. Ele se entrega às suas mendacidades sem qualquer pudor e tudo me leva a crer que seus leitores no Folhão de São Paulo o têm como oráculo. Clóvis Rossi é o retrato da Folha.

No artigo de hoje (19) (A praça Tahrir já não tem limites), no qual ele insiste, em alinhamento com a imprensa esquerdista internacional, que está em curso no mundo árabe uma revolução democrática, que poderia chegar até mesmo à arcaica e terrorista monarquia da Arábia Saudita. A tese delirante esconde o mais fundamental: está em curso uma ação orquestrada pelos radicais islâmicos para derrubar a ordem estabelecida e pôr no seu lugar governantes revolucionários, como os do Irã. Esconder esse fato elementar do grande público é um ato criminoso, uma mentira que esconde outra ainda mais grave: mudança da ordem no mundo árabe é alimentar os inimigos do Ocidente. Sem os militares egípcios no poder, por exemplo, o risco de guerra contra Israel cresce exponencialmente. Um grande paradoxo.

Gente como Clóvis Rossi ignora que o fechamento do Suez equivale a declarar uma nova guerra mundial. E a mudar para sempre o modo de ser ocidental. Não é brincadeira o que está em jogo.

Piormente, esses analistas mal intencionados não apontam a fraqueza e o titubeio da diplomacia obâmica e hilária, que acabou por favorecer a saída de Mubarak, um aliado precioso. Exatamente como foi feito por Jimmy Carter com a saída do Xá e a entrega do poder aos mulás do Irã. Deu no que deu.

Clóvis Rossi está certo. A Praça Tahrir tem um símbolo: a curra impiedosa da jornalista americana, Lara Logan. Pela malta revolucionária. É tudo o que os radicais revolucionários islâmicos querem fazer ao ocidente: um estupro, e não apenas das mulheres. Esse sujeito, Clóvis Rossi, não é sério. Sua coluna é uma coleção de sandices mentirosas.

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