Esquerdismo assassino e seus cúmplices
Mídia Sem Máscara
Norma Braga | 28 Fevereiro 2010
Artigos - Movimento Revolucionário
Graças ao Senhor de toda a justiça, a morte de Tamayo está provocando protestos no mundo inteiro. Os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá exigem a libertação de todos os presos políticos em Cuba (duzentos, segundo os dissidentes).
Em artigo para o Boston Globe (http://www.pricewrites.com/articles/2003/03/eric_hobsbawm.php), o jornalista Matthew Price conta que perguntaram para o propalado historiador Eric Hobsbawn, leitura obrigatória nas universidades brasileiras, se a perda de vinte milhões de pessoas no regime comunista da antiga União Soviética havia sido justificável. Sem hesitar diante das câmeras de TV, Hobsbawn respondeu: "Sim."
Há quem diga que o comunismo acabou, mas (que curioso!), mesmo morto, continua matando. Dias depois da publicação do artigo de Price, em março de 2003, houve a chamada Primavera Negra em Cuba, uma onda de prisões de dissidentes do regime castrista. Entre 75 outros cubanos, Orlando Zapata Tamayo foi preso. Seus crimes: "desrespeito, desordem pública e resistência". Sua pena: 36 anos de detenção. No cárcere, vinha sofrendo graves espancamentos, maus-tratos e tortura psicológica. Quase sete anos depois, no dia 3 de dezembro de 2009, Tamayo decidiu que seu martírio não seria em vão: começou uma greve de fome pelo fim da ditadura em Cuba. O chefe da prisão resolveu "dar uma forcinha" para a greve e mandou que negassem água ao preso. Hospitalizado com falência renal, foi posto nu em um quarto com um forte ar-condicionado e contraiu pneumonia. Em seguida, sem tratamento, foi levado de volta para a prisão, largado para morrer. No dia 23 de fevereiro deste ano, depois de 85 dias sem se alimentar, Tamayo falece.
Diante do ocorrido, qual o veredito de Raúl Castro, irmão do ditador? "A culpa é dos Estados Unidos."
Graças ao Senhor de toda a justiça, a morte de Tamayo está provocando protestos no mundo inteiro. Os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá exigem a libertação de todos os presos políticos em Cuba (duzentos, segundo os dissidentes). Na República Checa, o parlamento guardou um minuto de silêncio em homenagem a ele. Lech Walesa, líder que trabalhou pelo fim do comunismo na Polônia, está pressionando o governo cubano a favor dos encarcerados, e a Anistia Internacional se pronunciou sobre a repressão violenta do regime. A movimentação chega tarde demais, porém: desde 1957, a Cuba socialista já matou 17 mil diretamente e 83 mil no mar, tentando deixar a ilha.
E o Brasil, o que fez? Lula estava lá e, representando-nos, calou-se diante de tudo isso.
Conta o jornalista que Hobsbawn, cúmplice ideológico do assassinato de milhões de pessoas, alegrou-se muitíssimo com a eleição de Lula para presidente do Brasil. Compreende-se. Diante das mortes simbólicas e reais do mundo socialista, ambos se irmanam em suas justificações. Price também escreve que hoje poucas figuras da envergadura do historiador mantêm a mesma devoção ao comunismo. Isso certamente não é verdade no Brasil. Se fosse, o barulho em torno da morte de Tamayo seria maior. Bem maior. Haveria uma indignação gigantesca contra o silêncio conivente de Lula. ONGs fariam passeatas, ativistas de direitos humanos bradariam de horror. Entre os cristãos, haveria ainda mais protestos. Na igreja protestante brasileiras, pastores iriam a público pedir perdão a seus fiéis por terem apoiado Fidel e seus seguidores - Chávez, Morales, Lula. É isso que espero dos pastores brasileiros. Há muito tempo, na verdade.
http://normabraga.blogspot.com
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