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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sete anos após o ataque das FARC ao clube El Nogal

Mídia Sem Máscara

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 08 Fevereiro 2010
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo

Seis dias depois, Raúl Reyes expressou por escrito aos demais membros do Secretariado sua satisfação pelo atentado. Com esta comunicação, não restou nenhuma dúvida acerca da autoria do crime por parte das FARC.

Às 8:15 da noite do dia 7 de fevereiro de 2003, uma célula terrorista da frente Teófilo Forero das FARC detonou no clube El Nogal de Bogotá um carro-bomba, carregado com mais de 200 kilos de explosivos.

No criminoso ataque perderam a vida 36 pessoas e mais de 200 ficaram gravemente feridas. O atentado contra pessoas civis inermes foi planejado por todos os cabeças do Secretariado das FARC, com o macabro propósito de "golpear a burguesia onde mais lhe dói", devido a que "os ricos que vão a esse clube são os que financiam o exército burguês que combate contra nossas forças revolucionárias", assinalou Tirofijo em uma mensagem aos demais cabeças.

Entretanto, por ligeireza do então ministro do Interior, Fernando Londoño, que lançou a hipótese da presumível participação de outros cartéis do narcotráfico distintos ao das FARC, os terroristas aproveitaram a conjuntura para negar com total cinismo e absoluto descaramento, que eles tiveram algo a ver com o fato.

As investigações posteriores demonstraram que os membros de uma família de sobrenome Arellán, proveniente do Tolima e da antiga zona de distensão, foram os encarregados de levar a cabo o sinistro plano e que, inclusive, James "Patamala" ordenou a um de seus sequazes que ativasse o explosivo mediante a chamada de um telefone celular, tendo a certeza de que um dos Arellán, encarregado de entrar com o veículo Megane no estacionamento do clube, ainda estava dentro do carro. A razão: o terrorista morto havia sido "muito indisciplinado nos gastos dos recursos da organização".

Tudo se esclareceu para as autoridades colombianas com a apreensão dos computadores de Raúl Reyes. Em um dos documentos apreendidos, há provas de que um delinqüente identificado com o cognome de "Toledo" e que, segundo as análises, se trataria do jornalista Carlos Lozano, diretor do Semanário Voz, órgão de difusão oficial do Partido Comunista (e por extensão, das FARC), escreveu um e-mail eufórico dirigido a Raúl Reyes:

- O comunicado do [ocorrido no] El Nogal é bom. Abriu às contradições. Agora toma força a hipótese de que foi o cartel do Norte del Valle. No nível internacional resta força à campanha de Uribe Vélez com o terrorismo.

Seis dias depois, Raúl Reyes expressou por escrito aos demais membros do Secretariado sua satisfação pelo atentado. Com esta comunicação, não restou nenhuma dúvida acerca da autoria do crime por parte das FARC.

- Camaradas do Secretariado. Vai minha saudação comunista. Adiciono análise [de] nota recebida de Lozano. Acho acertada nossa análise quanto ao evidente desespero de Uribe e da cúpula militar pela ausência de resultados e das crescentes pressões...

- Considero pertinente de nossa parte estudar a conveniência política de negar responsabilidade na formidável ação sobre o El Nogal, para criar ao Estado, ao governo e aos gringos maiores contradições internas, aproveitando que os serviços de inteligência não foram capazes de deter ninguém, nem possuem outras provas contra as FARC.

Um grupo de cidadãos afetados pelo narco-terrorismo comunista convocou para o dia 7 de fevereiro de 2010 uma concentração pacífica, para recordar à Colômbia e ao mundo que as FARC massacraram 36 colombianos no clube El Nogal, da mesma forma que o fazem diariamente em diferentes pontos da geografia nacional.

É de se supor que o protesto chamará a atenção dos magistrados da Corte Suprema para que deixem de lado a oposição política ao atual governo e atuem diretamente contra os criminosos de colarinho branco vinculados à FARC-política, citados não só nos computadores de Reyes como nos demais computadores encontrados nos acampamentos de Lozada, Martín Caballero, Negro Acacio, John 40, Felipe Rincón, La Pilosa, etc.

Evidentemente, a concentração de vítimas do narco-terrorismo comunista na Colômbia também pretende lembrar aos indiferentes que há 23 militares e policiais seqüestrados há vários anos. Que Alfonso Cano ou o Mono Jojoy não vão libertá-los de boa-vontade, pois contam com o respaldo político de Lula, Chávez, Correa, os Kirchner, Evo, Ortega, Mujica, Lugo e dos partidos comunistas do continente, ansiosos em legitimar as FARC, de outorgar-lhes status de beligerância e apoiar a ofensiva final do terrorismo contra a liberdade na Colômbia.

Porém, além disso, os organizadores do protesto afirmam que este é o grito de milhões de colombianos que não têm acesso aos meios de comunicação, nem à academia, nem às cortes, nem aos estamentos governamentais, nem às embaixadas, para que a amnésia consuetudinária deste país não cubra com o manto do esquecimento o holocausto causado durante cinco décadas, pelo braço armado dos "camaradas" em sua guerra contra a Colômbia.

O momento é oportuno para atuar em diferentes campos da vida nacional e passar das palavras e das boas intenções para os fatos concretos. Seriam muito positivas ações deste matiz:

1. Criação de um museu aberto ao público com sub-sedes em Cali, Barranquilla, Cartagena, Medellín e Bucaramanga, que descreva com detalhes o holocausto produzido pelo terrorismo comunista contra a Colômbia, no qual haja fotografias, vídeos, livros, recortes da imprensa, áudios e testemunhos de todas as vítimas das atrocidades das FARC;

2. Abrir inúmeras investigações por genocídio contra as FARC e o Partido Comunista Colombiano, em instâncias penais nacionais e internacionais. Se alguma instituição séria se dispõe a recoletar e compilar provas concretas, é inegável que existe em todo o território nacional material suficiente para demonstrar que de maneira sistemática as quadrilhas das FARC têm assassinado, torturado e deslocado milhões de camponeses, pessoas humildes, comerciantes, criadores de gado, estudantes, etc., o que em suma constitui cometimento de vários delitos de lesa-humanidade;

3. Incrementar a propaganda tática e estratégica que induza à deserção dos terroristas com armas, munições e os preciosos computadores, ou para que os cabeças das frentes renunciem ao terrorismo fariano, sejam sensatos e se entreguem ante as autoridades com seus subalternos e todo o material que possuam;

4. É hora da justiça colombiana atuar com contundência similar e sem desequilíbrios contra os criminosos da para-política e contra os criminosos de colarinho branco que, disfarçados em ONGs de fachada, servem de legitimadores das FARC;

5. Também é hora de exigir aos candidatos presidenciais que se pronunciem com clareza a respeito, pois até esta data não se vê neles desejo diferente ao de tomar as rédeas do poder para voltar às funestas épocas de Betancour, Barco, Gaviria, Samper e Pastrana;

6. Assim como se gestou a sétima papeleta e neste momento fala-se até a saciedade do referendo re-eleicionista, seria definitivo que ao lado dos cartões das próximas eleições, perguntassem aos colombianos se queremos que as FARC entreguem as armas e se submetam à justiça, e se queremos que entreguem os seqüestrados sem necessidade de que os mal chamados "colombianos pela paz" pretendam legitimá-los em uníssono com o Foro de São Paulo.

Com certeza que seria avassaladora a votação para dizer às FARC que eles não representam o povo colombiano senão aos interesses do Partido Comunista, e que a Colômbia quer os seqüestrados livres, sem a presença manipuladora de Teodora Bolívar, de monsenhores ansiosos por publicidade e de estúpidos que fazem o jogo dos terroristas.

Que o enlutado aniversário dos sete anos do ataque terrorista contra o clube El Nogal seja uma referência para que o país inteiro reaja, para que os cidadãos voltem de maneira massiva às ruas para referendar a decisão popular do 4 de fevereiro de 2008: não mais FARC, não mais terrorismo comunista contra a Colômbia e sim ao desenvolvimento integral, à harmonia e à integração do país ao mundo globalizado e não ao estreito beco sem saída marxista-leninista, em que pese ver a tragédia do povo cubano ou a débâcle venezuelana, continua obstinado em que o totalitarismo é bom e que as FARC são a solução para os mesmos problemas que estes terroristas e os politiqueiros corruptos têm causado à Colômbia.

Tradução: Graça Salgueiro

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