SEGUINDO A PRAXE, MAIS UMA BOFETADA E MAIS UM VIGOROSO PONTAPÉ
Ternuma-Bsb
Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
A primeira refere-se à recente e contundente declaração do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que os crimes da ditadura militar não poderão ficar impunes (doa a quem doer), ao mesmo tempo em que sacramentava mais uma polpuda bolsa-anistia para um inocente terrorista.
Não importa para aqueles justiceiros que um mar de lama inunde a deplorável e irrecuperável Nação. O que interessa de fato...
Quanto às indenizações, apesar dos milhares de processos na fila da bolsa-anistia, o País é rico, e será impossível, que cada perseguido e seus descendentes, não recebam a sua justa recompensa.
Lamentavelmente, na imundice nacional, ainda sobrevivem (veja-se o substancial corte de 40% no orçamento deste ano e a redução de 50% na incorporação), sabe Deus como, sua última pária-os inocentes militares das Forças Armadas. Mas não por muito tempo...
Não faz o menor sentido atestarmos, cotidianamente, que vive-se num País podre de cima abaixo, de norte a sul, de leste a oeste. Conscientemente, nada e ninguém se salva, os noticiosos que nos desmintam. A começar pela própria "justiça" que poderia ser nomeada de canalhamente "injusta", por sua proverbial incúria e pífia, quando não parcial, atuação. Contudo, os magistrados, rútilos de cínico patriotismo, demonstrando distorcido amor à verdade, tomados de inaudita indignação, exigem que os militares, que cumpriam sua missão legal de combater o terrorismo sejam caçados e punidos.
Tiradentes, por afrontar o governo imperial foi esquartejado e teve suas partes espalhadas aos quatro ventos, no mínimo, esperam que os indigitados militares tenham igual ou pior destino. Embora, saibamos que sua intenção real, é a de atingir o Exército Brasileiro, e torná-lo tão pequeno, tão indefeso e inerme, que não possa, mesmo que queira esboçar, uma mínima reação.
É coisa para não recuperar a dignidade nos próximos cem anos. Haja vista, a notícia a seguir, que confirma o triste vaticínio.
O segundo refere-se à busca dos corpos dos desaparecidos na guerrilha do Araguaia. Ano após ano, depois do fim dos governos militares, foram e são organizadas e divulgadas à larga pela grande imprensa, as medidas para o resgate das pretensas ossadas dos inocentes heróis guerrilheiros. Com estardalhaço, anualmente, são formadas Comissões e copiosos grupos que lançam-se, sem quartel, na tétrica empreitada. Felizmente, com o advento do exame de DNA as buscas tem sido infrutíferas. Não houvesse o exame, sabe-se lá quantas ossadas já não teriam sido desenterradas, atendendo aos nobres anseios de seus interesseiros agentes.
Assim, a boa-nova é a de que o Exército deverá procurar e desenterrar as ossadas dos mortos pela tirania militar durante o "massacre" do Araguaia. Alguns, os pessimistas, poderão tachar a missão (Subsidiária? Humanitária?), de maquiavélica; outros, de inocente, por julgarem que somente uma Instituição respeitável seria capaz de comer no mesmo prato em que outros cuspiram, sem o menor tremor.
Meus amigos, nós ainda ouviremos um clamor, exigindo que sejam desenterrados os ossos dos ex-presidentes militares da "dita branda" para as devidas punições, pois, para os seus acusadores é preciso resgatar a justiça, para isso, mesmo os mortos têm dívidas a pagar.
Ante as últimas demonstrações de inigualável empáfia protagonizadas por obra e graça dos nossos magistrados e da magistral (Esperta? Desmoralizante? Sarcástica?) decisão de colocar o Exército Brasileiro de quatro cavoucando buracos na região do Araguaia, sem qualquer reação visível por parte das autoridades militares, poucas esperanças nos restam na justiça dos homens aos serviços do desgoverno.
Quanto à busca das ossadas, esperamos que os Pelotões de Sepultamento estejam à altura da missão e desenterrem, também, a nossa dignidade, provavelmente, semi-sepulta em cova rasa naquela região.
Por derradeiro, e exalando o último suspiro, admitamos, este é, sem sombra de dúvida, um País sério. Não importa que alguns insistam em afirmar o contrário.
Brasília, DF, 07 de maio de 2009
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